quarta-feira, 2 de abril de 2008

LARGO DO RATO [ II ]

Largo do Rato, 2 - (200_) Fotógrafo não identificado (Palácio Marquês da Praia actual sede do PS) in www.f-saomamede.pt
Largo do Rato - (200-) Fotógrafo não identificado ( Papelaria Fernandes-1891/Alteração 1917-Beneficiação século XXI) in http://www.f-saomamede.pt/
Largo do Rato - (1970) Foto Arnaldo Madureira (Palácio Marquês da Praia e Monforte) in AFML
Largo do Rato - (1970) Foto Arnaldo Madureira (Palácio Marquês da Praia e Monforte) in AFML

Largo do Rato - (195-) Foto Horácio Novais (Palácio do Marquês da Praia e Monforte) in Arquivo Fotográfico Municipal de Lisboa




(CONTINUAÇÃO)
PALÁCIO DO MARQUÊS DA PRAIA
No LARGO DO RATO existia a famosa Fábrica de Loiça do Rato e foi sobre os seus terrenos, que em 1784, um funcionário superior da Coroa, Luís José de Brito, contador do Erário Real, mandou edificar um Palácio, ao gosto neoclássico e de linhas simples.
Trata-se de um belo Palácio, com rés-do-chão e dois andares. No segundo andar apresenta uma magnifica fiada de portas envidraçadas com varandas de ferro forjado e no primeiro várias janelas. A entrada principal faz-se pelo grande portal de madeira ladeado de duas portas também de madeira.


Falecido o primeiro proprietário, sua viúva alugou a casa, que veio, mais tarde, a ser comprada pelo Barão de Quintela, aquele fidalgo fabulosamente rico que foi dono do Palacete na Rua do Alecrim e de edifícios sumptuosos nas Laranjeiras.
Por herança, foi o Palacete do Rato parar às mãos do Marquês de Viana, dado que este foi casado com uma neta do referido Barão de Quintela. Foi nessa época (final do segundo quartel do século XIX e primeiros anos do seguinte) que aquela casa passou pela sua fase de maior esplendor.
Estavam então em moda, as grandes festas em Lisboa. Os Marqueses de Viana não deixaram os seus créditos por mãos alheias e, por seu convite, passaram pelo Rato verdadeiras paradas da aristocracia, com a inerente opulência e, muitas vezes, bom gosto. Em 1855, um baile de máscaras contou mesmo com a presença dos príncipes D. Pedro e D. Luís (que viriam a ser Reis anos depois) e de seus irmãos.
Em 1876, o palácio era vendido ao visconde de Monforte e deste passou para a uma sua sobrinha, que veio a casar com o Marquês da Praia, António Borges de Medeiros Dias da Câmara e Sousa.
Manteve-se a casa, até há relativamente poucos anos, na posse destes Marqueses, dos quais era descendente directo o Dr. Duarte Borges Coutinho, que foi nos anos 70 do século XX, presidente do Sport Lisboa e Benfica.


Para qualquer observador atento não passará desapercebido o edifício, que actualmente é a Sede do Partido Socialista no número 2 do Largo do Rato, entre a Rua das Amoreiras e a Calçada Bento da Rocha Cabral, mais conhecido no século passado como o Palácio do Marquês da Praia.



(CONTINUA) (Próximo Convento das Trinas do Rato)

Sem comentários: