quinta-feira, 22 de maio de 2008

LARGO DO CONDE BARÃO [ I ]

Largo do Conde Barão - (2007) Fotógrafo não identificado (Palácio - degradado - dos Barões do Alvito) in http://alvito-baixoalentejo.blogspot.com
Largo do Conde Barão - (C. 1952) Foto Salvador de Almeida Fernandes (Palácio Alvito) in AFML

Largo do Conde Barão - (1909-12) Foto de Joshua Benoliel (Palácio Alvito) in AFML


Largo do Conde Barão - (Início do século XX) Foto Joshua Benoliel (Casa Figueiredo & Cª. (Sobrinho)-Loja de ferragens e de loiça de esmalte) in Arquivo Fotográfico Municipal de Lisboa



«LOCALIZAÇÃO DO CONDE BARÃO SÍTIO»
O «LARGO DO CONDE BARÃO» pertence à freguesia de S. Paulo. Encontra-se entre as ruas: da BOAVISTA, das GAIVOTAS, dos MASTROS, do SILVA, do MERCATUDO, do BOQUEIRÃO DO DURO, da Calçada MARQUÊS DE ABRANTES e da Travessa do CAIS DO TOJO.
No século XVI, junto à praia na BOA VISTA foram construídos dois palácios: O Palácio «ALVITO», construído em finais de Quinhentos e o palácio «ALMADA-CARVALHAIS», construído cerca do ano 1545.
Sucessivos aterros foram conquistando terrenos ao Tejo, onde se instalaram actividades diversas ligadas à faina marítima.
No dizer de Norberto de Araújo: «o Conde-Barão - sítio - é hoje incaracterístico; o seu pitoresco está nas ruas e ruelas que dele nascem para o lado Norte, e que levam à Rua do Poço dos Negros e a Santa Catarina».
Na parte frontal ao conjunto formado pelos dois palácios veio a formar-se um Largo irregular que recebeu a designação de «LARGO DO CONDE-BARÃO».
No inicio do século XX são instaladas diversas unidades fabris, que se haviam de consolidar no lado Sul.
É no «ITINERÁRIO LISBONENSE» de 1804, que pela primeira vez vem mencionada a designação de «LARGO DO CONDE-BARÃO». Anteriormente aquela artéria era conhecida pela «RUA DA PRAIA DA BICA DUARTE BELO» ou «OUTEIRO DA BOA VISTA».
À consolidação dos dois palácios durante o século XVI vieram juntar-se arruamentos, onde se fixou uma população ligada às actividades marítimas e comerciais, bem patentes na toponímia local, tendo como limite Norte o arruamento que estruturou urbanisticamente o lado ocidental da cidade.
O topónimo «CONDE-BARÃO» cedo extravasou os limites do largo vindo a designar este conjunto de ruas sem nunca, contudo, ter formado um bairro propriamente dito.
Continuando a jornada pelo Largo, deparamos logo a seguir com o palácio, dos «ALMADA-CARVALHAIS». Está ocupado e não apresenta, por isso, o ar de decadência que iremos encontrar a seguir.


(CONTINUA) - (Próximo - «AINDA O SÍTIO DO CONDE-BARÃO»


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