domingo, 24 de maio de 2009

PRAÇA LUÍS DE CAMÕES [ II ]

Praça Luís de Camões - (2008) Foto de APS (A Praça vista entre a Rua das Gaveas e a Rua da Misericórdia) Arquivo/APS
Praça Luís de Camões - (s/d) - Fotógrafo não identificado ( O Largo de Camões, talvez no primeiro quartel do século XX) in Jornal «A CAPITAL»

Praça Luís de Camões - (19__) Fotógrafo não identificado (Praça e Monumento a Camões) in AFML


Praça Luís de Camões - (19__) foto de Paulo Guedes (A Praça no início do século XX) in AFML
(CONTINUAÇÃO)
PRAÇA LUÍS DE CAMÕES [ II ]
«A PRAÇA »
Era designado por «Largo do Loreto» a parte de fora da(s) «PORTA(S) DE SANTA CATARINA», lugar construído na Cêrca de D. Fernando entre 1373 e 1375.
A parte de dentro das «PORTAS» foi conhecida por duas designações: «LARGO DA CORDOARIA DE DENTRO» devido à existência da Rua da Cordoaria (que ficava junto à face nascente da Igreja da Encarnação); e por «LARGO DAS CAVALARIAS», designação atribuída em virtude da vizinhança das Cocheiras de Casa de Bragança.
Em 1707, as portas (ou porta) de SANTA CATARINA seriam demolidas.
Com a construção da Igreja da Encarnação (inaugurada em 1708) e a Igreja do Loreto (ou dos Italianos) este Largo foi também conhecido durante longos anos pelo nome de «LARGO DAS DUAS IGREJAS», (hoje Largo do Chiado) fronteiro ao «LARGO DE CAMÕES».
Existia neste local um grande quarteirão de prédios, que compreendia entre a Rua do Conde, e chegava à esquina do Loreto. A Rua Direita do Loreto, a Rua da Horta Seca e a Rua dos Gatos, troço de ligação entre estas duas últimas, onde nesse espaço frontal para a Praça, no topo do quarteirão de hoje, encontramos o Consulado do Brasil e tem na esquina com a Rua da Horta Seca uma estação dos CTT.
A Praça Luís de Camões foi construída sobre o chão terraplanado (num quarteirão onde foram as casas e Palácio seiscentista, arruinados pelo Terramoto) o solo corrigido, empedrada a área da Praça, começa a prepara-se o levantamento do Monumento.
A Praça teve o seu encanto, pelas Tílias que nela foram plantadas e pela quantidade de pássaros que ali se acolhiam e faziam tremenda chilreada (1).
Mestre Abel Manta pintou, em diferentes épocas, a Praça Luís de Camões, dela fazendo algumas das suas mais conhecidas a apreciadas obras.
Ao olharmos o Largo no seu enfiamento do Chiado, achamos-lhe uma graça alfacinha ingénua, e uma ponta de beleza. O seu pitoresco de outrora dos «QUIOSQUES DE CAPILÉ» (ouvi dizer que vão voltar) às barracas de venda de presentes na época de NATAL, o Natal do Sinaleiro, sempre junto a este Largo.
Na Praça Luís de Camões com esquina para a Rua do Norte, nos finais dos anos 50 principio dos anos 60 do século passado, estava instalada a firma «GENERAL ELECTRIC PORTUGUESA». Existiu também, nesta rua com entrada pelo número três de 1907 a 1923 o jornal «A CAPITAL», fundado por um grupo de jornalistas.
(1) - Chamados «Os pardais do Camões», que em revoadas chegavam dos campos, num espectáculo bem curioso de uma ternura de cidade romântica.
(CONTINUA) - (PRÓXIMO) - «PRAÇA LUÍS DE CAMÕES III - (O LARGO DE CAMÕES)»




3 comentários:

Duende disse...

Já funcionam os quiosques em vários locais de Lisboa!

APS disse...

Obrigado pela informação!

popelina disse...

Adoro ver ali o Camões e aquelas paisagens (urbanas) tão (minhas) conhecidas.
Obrigada!!!