domingo, 17 de maio de 2009

RUA GUALDIM PAIS [VIII]

Rua Gualdim Pais - (2007) - Fotógrafo não identificado (Vitral de D. Gualdim Pais) in FLICKR
Rua Gualdim Pais - (2008) Foto de Carlos Silva (Gualdim Pais Templário em Azulejo) in AZUL DESEJO.

Rua Gualdim Pais - 1989 - Foto de APS (A Rua Gualdim Pais à esquerda o Balneário à direita o Mercado) Arquivo/APS
(CONTINUAÇÃO)
RUA GUALDIM PAIS
«O TEMPLÁRIO GUALDIM PAIS (2)»
Todo o amuralhamento defensivo de um espaço que acompanhava esforços conducentes ao respectivo repovoamento e valorização económica, como o provam as cartas de foral (1) concedidas pelo mestre a «FERREIRA-(1156)», «REDINHA-(1159)», «TOMAR-(1162)» e «POMBAL-(1174)».
Esta organização militar e esta implantação económica, por sua vez, ajudaram e incentivaram a repetir as incursões almóadas de 1184 e 1190, tendo os Templários, na segunda das datas mencionadas, suportado heroicamente um cerco ao Castelo de Tomar, acontecimento julgado digno de figurar numa inscrição lapidar, mandada colocar pelo Mestre nas respectivas muralhas.
A acção militar dos freires do Templo era assim exaltada, confundindo-se o seu valor colectivo com a fama e valor do seu Mestre, ideia subjacente a outra lápide comemorativa onde se evocava o percurso bélico-espiritual de «GUALDIM PAIS»: teria permanecido, antes de ser Mestre, cinco anos em Jerusalém no combate com os infiéis, passando depois por Antioquia antes de regressar ao Reino.
Os Templários portugueses, pelo seu mestre, comungavam deste modo das proezas que a Cristandade empreendia nas diversas frentes da cruzada.
Como Templário fez grande número de incursões pelas terras maometanas. Cercado pelo Rei Muçulmano Yacube (2) no Castelo de Tomar em (1190), forçou-o a retirar, após seis dias de assaltos consecutivos, adquirindo glória imortal apesar de ser septuagenário. Foi ainda figura saliente na grande luta nos primeiros anos da monarquia contra os Mouros.
A estátua de «GUALDIM PAIS» inaugurada em 9 de Julho de 1940, encontra-se ma Praça da República na cidade de Tomar e como pano de fundo, em lugar mais elevado, o Castelo que ele fundou para os Templários. Os seus restos mortais repousam numa das capelas de «SANTA MARIA DOS OLIVAIS» em TOMAR.
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(1) - Foral, ou carta de Foral é um diploma concedido pelo Rei ou por um senhorio laico ou eclesiástico a determinada terra contendo normas que disciplinam as relações dos seus povoados ou habitantes entre si e destes com a entidade outorgante.
(2)- Lello Universal - 1976 páginas 433 e 434.
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(PRÓXIMO) - «PRAÇA LUÍS DE CAMÕES [I] - O SÍTIO DOS CASEBRES DO LORETO»


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