quarta-feira, 3 de junho de 2009

PRAÇA LUÍS DE CAMÕES [VI]

Praça Luís de Camões - (2008) Foto de APS (Parte da Praça e Monumento a Camões, ao fundo a Rua do Loreto) ARQUIVO/APS
Praça Luís de Camões - ( s/d) Postal Francesco Ruchini (Ao fundo Igreja do Loreto e da Encarnação, local das antigas Portas de Santa Catarina) in AFML

Praça Luís de Camões - (S/D) - Fotógrafo não identificado (Luís Vaz de Camões) in REGUEIFADOIRAO


Praça Luís de Camões - (s/d) Fotógrafo não identificado (Luís Vaz de Camões) in WIKIPEDIA
(CONTINUAÇÃO)
PRAÇA LUÍS DE CAMÕES [VI]
«LUÍS VAZ DE CAMÕES - BIOGRAFIA»
Poeta errante e na vida desafortunado, Luís Vaz de Camões deixou para a história uma das mais importantes obras jamais escritas em língua portuguesa: «OS LUSÍADAS».
Luís Vaz de Camões nasceu por volta de 1524 (ou 1525, provavelmente em Lisboa) (1), filho de Simão Vaz de Camões e Ana de Sá e Macedo.
De acordo com os dados disponíveis, pertencia à pequena nobreza. Mas essa situação não era, de forma alguma, garantida de desafogo económico.
Na melhor das hipóteses é crível que tenha frequentado estudos superiores. Uma longa estada nas margens do Mondego, onde na altura um parente de Camões, D. Bento, ocupava os cargos de prior do Mosteiro de Santa Cruz de Coimbra e cancelário da Universidade, atestam essa tese.
Entre 1550 e 1553 viveu na cidade de Lisboa, embora seja nesse período que perdeu uma vista, numa expedição a «CEUTA», no Norte de África.
Na capital do Império, dedicou-se a uma vida boémia e com intensa actividade literária. Um auto da sua autoria, «EL-REI SELEUCO», foi representado na Corte por essa altura.
A vida boémia explica, talvez, o desacato em que se envolveu. e que foi motivo da sua partida para a Índia. (ver aqui) - «CADEIA DO TRONCO»
Foi soldado durante três anos e esteve em Macau. Nos confins do Império a nau em que seguia naufragou e o poeta perdeu tudo aquilo que tinha amealhado. Rezam as crónicas (ou lendas) que, a nado, apenas conseguiu salvar-se e salvar o original de «OS LUSÍADAS». Para cumulo, voltou a ser preso à chegada a Goa. Rumou depois a Moçambique, voltando a perder a liberdade por dívidas.
Foram os amigos que lhe pagaram a viagem de regresso a Lisboa, onde chegou em 1569.
Três anos depois conseguia publicar a sua obra maior (das poucas que editou em vida), que alcançou grande êxito.
A renda anual de 15 mil Reis que lhe foi atribuída pelo Rei D. Sebastião, não o afastou de novos sobressaltos relacionados com dívidas. Morreu na miséria no dia 10 de Junho de 1580.
(1) - Existem cinco localidades que, tradicionalmente, disputam o berço do épico, como se ele não fosse de toda a Nação! - (LISBOA), (COIMBRA), (SANTARÉM), (ALENQUER) e (ÉVORA). Gostaríamos de dizer que «LUÍS DE CAMÕES» nasceu em Lisboa, mas não podemos.
(CONTINUA) - (PRÓXIMO) - «PRAÇA LUÍS DE CAMÕES [VII] - O TÚMULO DE CAMÕES»



3 comentários:

Popelina disse...

Querido APS,
mais no Camões, que bom!!!
bem, e onde viveu ele?

APS disse...

Cara Popelina

O CAMÔES viveu em vários locais, muito embora regressasse sempre a LISBOA.
Por ser muito amoroso e impulsivo, de vez em quando estava "guardado".
Apesar desses contratempos ele foi um bom observador da nossa história, contando-a como ninguém.
bjs
Um bom fim de semana!

popelina disse...

APS,
Agradeço a resposta detalhada.
Sem dúvida, um excelente contador e escritor. Alguém escreveu, que se fosse hoje, ninguém o editaria...dadas as escolhas do "mercado" da edição.
beijinhos e bom fim-de-semana