quarta-feira, 30 de setembro de 2009

CAMPO DOS MÁRTIRES DA PÁTRIA [ VI ]

Campo dos Mártires da Pátria ( s/d ) (Pintura - inglesa - de autor não identificado) (William Carr Beresford) in WIKIMEDIA COMMONS
Campo dos Mártires da Pátria - (1968) Foto de Armando Serôdio - (Patriarcado de Lisboa, edifício datado do segundo quartel do século XVII) in AFML

Campo dos Mártires da Pátria - (1768-1854) Fotógrafo não identificado ( O Marechal Beresford) in ARQNET
(CONTINUAÇÃO)
CAMPO DOS MÁRTIRES DA PÁTRIA [ VI ]
«O INÍCIO DA CONSPIRAÇÃO »
Nesta contexto favorável, vários oficiais começaram a encontrar-se em Lisboa e a conspirar.
Não sem certa ingenuidade e romantismo, como depois se verá, os conspiradores vão estabelecendo contactos com outros quartéis de Lisboa e do País, compram uma imprensa, redigem proclamações, definem como objectivos acabar com a presença inglesa e, sobretudo, com o domínio do Marechal, convocar cortes e fazer uma conspiração.
Todavia, tornava-se necessário que um oficial general prestigiado encabeçasse o movimento.
Os olhos dos militares que conspiravam viram-se para o tenente-general «GOMES FREIRE DE ANDRADE» (ver sua biografia aqui) afastado do serviço activo desde o seu regresso de França em 1815, ao serviço da qual se batera integrado na «LEGIÃO PORTUGUESA», que «JUNOT» formara com as melhores tropas portuguesas.
«GOMES FREIRE DE ANDRADE», Grão-Mestre da «MAÇONARIA» desde 1816, era um militar prestigiado e um homem culto, aberto às ideias liberais. Apesar de manter algumas reservas e um compreensível distanciamento, não demove os conspiradores e vai acompanhando o evoluir dos acontecimentos.
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Mas «BERESFORD» (ver sua biografia aqui) é posto ao corrente do que se passa e infiltra no movimento portugueses ao seu serviço, dois jovens oficiais ambiciosos e um bacharel, todos imagine-se, maçons, mas que não recusaram missão tão vergonhosa. «BERESFORD», uma vez com a situação sob controlo, informa os governadores do Reino do que se passava e explica o susto que tal perspectiva de revolta neles provoca, para atalhar sem piedade o que se tramava.
Às primeiras horas do dia 25 de Maio de 1817 principiam as prisões em Lisboa e noutros locais.
Há quem consiga fugir, o que não é o caso de «GOMES FREIRE DE ANDRADE», preso em casa e logo levado para o «FORTE DE SÃO JULIÃO DA BARRA»na região de Oeiras.
(CONTINUA) - (PRÓXIMA) - «CAMPO DOS MÁRTIRES DA PÁTRIA [VII] - A EXECUÇÃO NO CAMPO DE SANTANA»


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