sábado, 26 de junho de 2010

RUA DO POÇO DOS NEGROS [ III ]

Rua do Poço dos Negros - (Depois de 1973) Fotógrafo não identificado (O Palácio Flor da Murta com mais um piso) in SENHORES DE ALCONCHEL
Rua dos Poço dos Negros - (1959) - (Armando Serôdio) (Pedra de armas colocada no cunhal do Palácio Flor da Murta, na Rua do Poço dos Negros esquina com a Rua de S. Bento) in AFML

Rua do Poço dos Negros - (1958) Foto de Armando Serôdio (Palácio Flor da Murta na Rua do Poço dos Negros esquina com a Rua de S. Bento) in AFML


Rua do Poço dos Negros - (194_) Foto de Horácio Novaes (Palácio Flor da Murta do século XVII) in AFML

Rua do Poço dos Negros - (entre 1898 e 1908) - Fotógrafo não identificado (Palácio Flor da Murta) in AFML
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(CONTINUAÇÃO)
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RUA DO POÇO DOS NEGROS [ III ]
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«PALÁCIO FLOR DA MURTA ( 1 )»
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O «PALÁCIO FLOR DA MURTA» situa-se na «RUA DO POÇO DOS NEGROS» fazendo esquina com a «RUA DE SÃO BENTO».
A origem deste nome poderá ter começado na casa nobre que no século XVI pertencia aos «PEREIRA FARIA», senhores de «ALCONCHEL». Pelo casamento «D. GUIOMAR DE FARIA» com «D. JORGE DE MENESES» estes passaram a representar a Casa Flor da Murta.
Noutra versão essa primitiva casa nobre terá sido integrada no século XVII no Morgado da Terrugem, instituído em 1681 por «PEDRO JACQUES DE MAGALHÃES», 1º Visconde da Fonte Arcada, que casou em segundas núpcias com «D. MARIA VICÊNCIA DE VILHENA» e dela teve «D. MADALENA DE VILHENA». Esta, casando por sua vez com «D. ANTÓNIO DE MENESES DE SOTTO MAYOR», Morgado de SOUSA, terá trazido para os «MENESES» (de Cantanhede) o Palácio que habitavam no século XVIII, época em que parece ter sido colocado no sólido cunhal do ângulo do edifício a pedra de armas dos «PEREIRA FARIA», de «ALCONCHEL», que ainda se lá existe.
No cunhal do Palácio a Sudoeste existe uma pedra de armas dos «PEREIRA FARIA» de «ALCONCHEL»: centrada pelo brasão dos «SOUSAS DO PRADO» (leões rampantes de CASTELA e quinas de PORTUGAL) esquartelado pelos brasões dos «PEREIRAS» (cruz de prata florenciada), CASTROS (6 arruelas de ouro), BARBOSAS (3 crescentes em orla entre 2 leões) e FARIAS (castelo de 5 flores-de-lis).
O edifício, reedificado no século XVI, sofreu restauros no século seguinte e foi pouco afectado pelo Terramoto de 1755.
Possuía jardins com uma fonte monumental de espaldar e nela uma carranca de BACO. Em 1890, tendo o Palácio sido tomado de arrendamento pela firma «STREET & Cª.», que lá permaneceu até 1920, esta construiu no espaço dos jardins, oficinas, depois substituídas por uma garagem.
Este Palácio possuía também uma capela de invocação a «NOSSA SENHORA DE MONSERRATE», forrada a azulejos setecentista, encerrada ao culto em 1914 e despojada dos seus pertences.
De um só andar, o Palácio tinha, na fachada poente voltada para a «RUA DE S. BENTO» (que nesse troço se chegou a chamar "RUA FLOR DA MURTA"), seis janelas de sacada com varões e o portal da extinta capela de cantaria com tímpano aberto.
Na fachada Sul do «PALÁCIO FLOR DA MURTA» voltada para a «RUA DO POÇO DOS NEGROS», que foi prolongada no início do século XIX para nascente, tinha 15 janelas de sacada e, no corpo central, mais elevado, a entrada nobre com moldura de cantaria e cinco janelas de peitoril.
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(CONTINUA) - (PRÓXIMO) «RUA DO POÇO DOS NEGROS [ IV ] - PALÁCIO FLOR DA MURTA ( 2 )».




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