quarta-feira, 13 de agosto de 2014

RUAS DE LISBOA COM NOMES DE ACTRIZES E ACTORES [ XV ]

RUA JOSÉ VIANA ( 1 )
 Rua José Viana - (2014) - (A entrada Norte para a RUA JOSÉ VIANA, entre os dois blocos a rua central pertence a outro actor "Arnaldo Assis Pacheco")  in GOOGLE EARTH
 Rua José Viana - (2007) - (Panorama da antiga freguesia da "AMEIXOEIRA" onde se insere a "RUA JOSÉ VIANA")  in  GOOGLE EARTH
 Rua José Viana - (2014) (Um troço da "RUA JOSÉ VIANA" de Sul para Norte) in  GOOGLE EARTH
 Rua José Viana - (1962) - Foto da colecção de APS (Uma das cenas da opereta de cariz popular apresentada na RTP - "ROMANCE NA SERRA" de José de Oliveira Cosme, com musica do maestro Alves Coelho (Filho). Neste quadro "JOSÉ VIANA" cantava um fado, estando acompanhado pelo actor LUÍS CERQUEIRA, HORTENSE LUZ e alguns elementos  do Coro da ex-FNAT, que também faziam  figuração)  in  ARQUIVO/APS
 Rua José Viana - (1969) (Uma caricatura alusiva à revista "MÃOS-À-OBRA" de Aníbal Nazaré, Eugénio Salvador, e JOSÉ VIANA, musica de José Nobre e C. Dias, com estreia no Teatro Maria Vitória. Um quadro  "CLÍNICA GERAL", em que JOSÉ VIANA personificou o "ZÉ POVINHO" sendo o "médico" o actor Mariano Franco) in HISTÓRIA DO TEATRO DE REVISTA
Rua José Viana - (Ano setenta do séc. XX) - (Um dos retratos de JOSÉ VIANA nos anos setenta do século passado) in  DIGITAL BLUERÁDIO

(CONTINUAÇÃO)-RUAS DE LISBOA COM NOMES DE ACTRIZES E ACTORES [ XV ]

«RUA JOSÉ VIANA ( 1 )»

A «RUA JOSÉ VIANA» pertencia à freguesia da "AMEIXOEIRA", com a REFORMA ADMINISTRATIVA DE LISBOA DE 2013, e juntamente com a antiga freguesia da "CHARNECA", passou a denominar-se freguesia de «SANTA CLARA». Começa na RUA DO ALTO DO CHAPELEIRO e finaliza nessa rua com o mesmo topónimo. Tem como convergente no seu lado esquerdo a RUA ARNALDO ASSIS PACHECO, também um actor de nomeada. 
Por Edital de 14 de Julho de 2004, foi dado o nome a uma das artérias do novo BAIRRO MUNICIPAL DA AMEIXOEIRA, num novo Polo de BAIRRO DOS ACTORES, no extremo da cidade de LISBOA, fronteira com o Concelho de ODIVELAS.

"JOSÉ MARIA VIANA DIONÍSIO" nasceu em LISBOA e 6 de Dezembro de 1922 e faleceu também em LISBOA a 8 de Janeiro de 2003.
JOSÉ VIANA actor, artista plástico, era um homem de múltiplos interesses e amores.
A sua vida terá girado à volta do teatro, cenografia, pintura, da escrita e cinema.
Nasceu numa família de recursos modestos e terá sido educado por sua mãe e por sua avó materna, "Monárquica, Salazarista e, profundamente devota". Quem nos diz é "LUARO ANTÓNIO" (Realizador  e Crítico Cinematográfico), aquando dos 50 anos de actividade artística deste actor. Frequentou a ESCOLA INDUSTRIAL MACHADO CASTRO, no Curso de Serralheiro Mecânico, que não chegou a concluir, por "alegada falta de queda para os números e limagem dos metais".
Após ter aprendido a desenhar melhor, começou aos 13 anos, a fornecer desenhos para o Jornal O SENHOR DOUTOR, para o suplemento de "O SÉCULO", "PIM PAM PUM", e fazer capas para o "O PAPAGAIO". Terá conseguido o seu primeiro emprego graças ao seu enorme jeito para o desenho, tornando-se retocador de gravuras, na casa "BERTRAND & IRMÃOS" na TRAVESSA CONDESSA DO RIO, 27 perto da "CALÇADA DO COMBRO".
Começa a interessar-se pela música e descobre a política, lendo às escondidas o AVANTE. Inicia a vida de cantor em conjuntos que animam as sociedades de recreio (da época), passando mais tarde a cantar em "Cabarés" (ARCÁDIA), enquanto vai subindo na carreira de desenhador-tipógrafo, passando a publicista de cinema, na SONORO/FILMES. Chega ao TEATRO como cenógrafo na "SOCIEDADE DE INSTRUÇÃO GUILHERME COSSOUL". Nesta colectividade encontra: JACINTO RAMOS; VARELA SILVA; RAUL SOLNADO e JOSÉ VIANA começa a pintar os seus primeiros cenários e estreia-se como actor amador, (substituindo um colega doente), em obras de GIL VICENTE, ALVES REDOL e RAUL BRANDÃO. Conhece a actriz brasileira "JUJÚ BAPTISTA" de quem tem uma filha de nome MARIA.
JOSÉ VIANA regressa de África em 1957, quando a RTP faz as suas primeiras emissões experimentais na FEIRA POPULAR. Estreia-se num programa infantil da RTP "RISCOS E GATAFUNHOS" e mais tarde em MELODIAS DE SEMPRE do maestro ALVES COELHO (Filho), são etapas de consolidação da carreira.
Ainda na sua passagem pela RTP no ano de 1962 tivemos um trabalho relacionado com uma opereta de cariz popular "ROMANCE NA SERRA" escrita por JOSÉ DE OLIVEIRA COSME e musicada pelo maestro ALVES COELHO (Filho). Como protagonistas (um casal romântico) ALICE AMARO e PAULO ALEXANDRE, o resto do elenco era rico em actores e em vozes: JOSÉ VIANA (interpretava o papel de BARBEIRO), LUÍS CERQUEIRA (O FARMACEUTICO), HORTENSE LUZ (a mãe da noiva), ALBERTO GHIRA (o MAESTRO DA BANDA), ANTÓNIO SACRAMENTO (o PADRE), ÓSCAR ACÚRCIO ( o embriagado), ARTUR GARCIA (o FOGUETEIRO), EMA PAUL (a VEDETA), MIGUEL SIMÕES (o SURDO) e MARIA FERNANDA SOARES, com as estreantes NATALINA JOSÉ e VERÓNICA. Davam a sua colaboração a esta opereta em quatro actos, alguns elementos do ex-coro da FNAT (hoje INATEL) (onde estavam integrados) e que simultâneamente faziam os coros e figuração em "MELODIAS DE SEMPRE". A realização deste trabalho esteve a cargo do saudoso FERNANDO FRAZÃO, e foi para o ar pela 1ª vez na RTP em 24 e 31 de Agosto e 7 e 14 de Setembro de 1962. "JOSÉ VIANA", neste trabalho foi uma figura bastante destacada, emprestando o seu talento e experiência à opereta, para que tudo corresse na perfeição.
JOSÉ VIANA iniciou um novo período de recolhimento, durante o qual voltou a dedicar-se à pintura.
Na década de 60 volta a casar-se, desta vez com a actriz "DORA LEAL" de quem teve duas filhas (Maria Raquel e Madalena Leal).
No cinema. JOSÉ VIANA tem uma carreira longa, mas pouco intensa. Começou em pequenos papeis como em "O CERRO DOS ENFORCADOS"(1953) de Fernando Garcia, "PERDEU-SE UM MARIDO"(1956) de Henrique Campos, "O RECADO"(1972) de José Fonseca e Costa, "A FUGA"(1977) de Luís Rocha, "A NOITE E A MADRUGADA"(1985), "MASCARA DE AÇO CONTRA ABISMO AZUL"(1988), "A ILHA"(1990) de Joaquim Leitão, "AQUI D'EL-REI"(1992) de António Pedro de Vasconcelos, "ENTRE MORTOS E VIVOS"(1992), "VIUVEZ SECRETA"(1992), "O FIM DO MUNDO"(1993) de João Mário Grilo, "MORTE MACACA"(1997) e "SENHOR JERÓNIMO"(1998) de Inês de Medeiros (curta metragem).

(CONTINUA)-(PRÓXIMO)«RUAS DE LISBOA COM NOMES DE ACTRIZES E ACTORES [XVI]- RUA JOSÉ VIANA ( 2 )».

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