quarta-feira, 8 de outubro de 2014

TERREIRO DO PAÇO [ IX ]

A PRAÇA DO COMÉRCIO ( 3 )
 Terreiro do Paço - (Anos cinquenta do século vinte) Fotógrafo não identificado (A "PRAÇA DO COMÉRCIO" no século XX  - durante um longo período de anos - era um espaço para estacionamento de carros) in  SKYSCRAPERCITY

 Terreiro do Paço - (ant. 1932) (LISBOA vista de Aeroplano - Esta vista permite apreciar em toda a sua grandeza e perfeita harmonia de proporções a soberba "PRAÇA DO COMÉRCIO". Nesta época ainda com o seu arvoredo, e as obras da Estação Sul e Sueste (à direita baixa da foto) que teve a sua inauguração em 28 de Maio de 1932) in  ENCICLOPÉDIA PELA IMAGEM-LELLO & IRMÃO

 Terreiro do Paço - (1900) (Um postal da graciosa "PRAÇA DO COMÉRCIO" que naquela época existia nas suas laterais um conjunto de árvores, que acabou por volta de 1911. A tradicional "CANOA DO TEJO" não ofusca a grande Praça) in  JORNAL A CAPITAL

Terreiro do Paço - (entre 1900 e 1944) Gravura fotografada por José Artur Bárcia em suporte negativo de prata e vidro) (Postal Ilustrado do ARCO DO TRIUNFO da "RUA AUGUSTA na "PRAÇA DO COMÉRCIO" no século XIX) in AML

(CONTINUAÇÃO - TERREIRO DO PAÇO [ IX ]

«A PRAÇA DO COMÉRCIO ( 3 )»

Nestes  Torreões da "PRAÇA DO COMÉRCIO" não existe qualquer ligação arquitectónica continuada com os corpos laterais desta Praça, facto que para nós constitui um mistério em presença da qualidade e do rigor usado neste tipo de Arquitectura.
A PRAÇA DO COMÉRCIO encontra-se na linha das Praças que se construíram então no continente Europeu e que , na sua grande maioria, partiam para uma solução inovadora no desenho deste típico lugar das grandes cidades; a Praça deixara de ser fechada para se abrir numa ou mais faces, onde talvez a "PRAÇA DE S. PEDRO (1624)", de BERNINI, tenha funcionado como ponto de partida.
A "PRAÇA DO COMÉRCIO" tem uma característica relativamente às restantes; abre-se completamente numa das suas faces sobre a paisagem e o estuário imenso de um rio - que passa a constituir a sua quarta fachada - motivação que lhe é transmitida na linha do mais antigo "TERREIRO DO PAÇO", destruído pelo Terramoto de 1 de Novembro de 1755, característica que os arquitectos de POMBAL souberam habilmente captar e renovar.

A "PRAÇA DO COMÉRCIO" é um paralelogramo de 722:100 palmos quadrados; a saber: os lados Norte e do Sul medem 830 palmos; os Nascente e Ponte, 870 palmos.
Área da Arcada do Norte: 20:416 palmos quadrados.
Área da Arcada do Nascente: 14:300.
Área da Arcada do Poente: 14:300.
Área do vão de cada arco 90 palmos quadrados; número de arcos nos 3 lados da Praça: 86; Área total do vão de todos os arcos (exceptuando o da RUA AUGUSTA), 7:740 palmos quadrados.
Área da planta do monumento central, que é elíptica: 4:116 palmos quadrados.
Nos extremos das duas alas, do Nascente e do Poente e os dois Torreões, um do Ministério da Guerra e o outro da Alfândega, que avançam sobre a Praça; a planta dessa porção saliente é para cada Torreão um paralelogramo, cuja área é de 4:440 palmos quadrados; total da área absorvida pelos dois Torreões: 8:880 palmos quadrados.
Deduzindo da área total da Praça esse espaço dos Torreões e o do monumento, ficam livres 780:668 palmos quadrados.
Dando a uma pessoa 9 palmos quadrados, calcula-se que na área da Praça e sua arcadas podem caber 86:740 pessoas ( 1 ).
O Torreão da Alfandega foi o primeiro a ser construído, indica a "fonte" que em 1772 já estava levantado, (numa foto de 1866 referente a um incêndio na Câmara Municipal de Lisboa em 1863, mostrava que o Torreão da Alfândega, ainda lhe faltava a balaustrada na cimalha). A construção do Torreão do lado Poente, demorou mais 67 anos.

( 1 ) - Parte deste curioso estudo é retirado de um artigo intitulado:"Cálculo demonstrativo da área da Praça do Comércio de Lisboa", e do número de pessoas que pode conter. Vem na "MNEMOSINE LUSITANA" de 1817, Nº XVIII, e é assinado por J.C.Silva, que julgo ser o talentoso gravador "JOAQUIM CARNEIRO DA SILVA". 

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