quarta-feira, 25 de janeiro de 2017

RUA DA PALMA [ I ]

 «A RUA DA PALMA E SEU ENVOLVIMENTO»
 Rua da Palma - (2017) - Desenho adaptado à "RUA DA PALMA" e seu envolvente sem escala - APS - LEGENDA - 1)RUA DA PALMA - 2)IGREJA DO SOCORRO (demolida) - 3)TEATRO APOLO (demolido) - 4)REAL COLISEU DE LISBOA (demolido) - 5)GARAGEM LIZ - 6)PARAÍSO DE LISBOA (demolido) - 7)CINEMA REX (acabou) - 8)TEATRO LAURA ALVES (fechou) - 9)HOTEL MUNDIAL - 10)TEATRO ADOQUE (demolido) - 11)PALÁCIO FOLGOSA (parcialmente demolido) - X )A TORRE DO JOGO DA PÉLA está entre a TRAV. DA PALMA e a CALÇ. DO JOGO DA PÉLA - A RUA DO BENFORMOSO (a vermelho) Já foi tratada)  in   ARQUIVO/APS
 Rua da Palma - (2016) - (Panorâmica geral da RUA DA PALMA em todo o seu percurso)  in   GOOGLE EARTH
 Rua da Palma (1950-09) Foto de Eduardo Portugal - (A "RUA DA PALMA" no seu início, antes do alargamento) (ABRE EM TAMANHO GRANDE)  in   AML 
Rua da Palma - (inicio dos anos 50 do século) (Praça Martim Moniz depois das demolições) (ABRE EM TAMANHO GRANDE)  in   AML  
 Rua da Palma - ( C. 1952) - Foto de Firmino Marques da Costa - ("RUA DA PALMA" e Praça Martim Moniz depois das demolições) (ABRE EM TAMANHO GRANDE)  in   AML 
Rua da Palma - (1966) - (Estudo Topográfico da RUA DA PALMA. Conjunto de plantas referentes a estudos topográficos do troço da RUA DO BENFORMOSO e RUA DA MOURARIA, perfis transversais, planta com as galerias do metropolitano, Praça da Figueira e SOCORRO, com a localização da RUA DA PALMA, POÇO DO BORRATÉM, RUA DO ARCO DO MARQUÊS DO ALEGRETE, RUA DO SOCORRO, LARGO MARTIM MONIZ, RUA DA MOURARIA, RUA DE S. LÁZARO, BECO E RUA DO BENFORMOSO e CALÇADA DA MOURARIA, planta das galerias do METRO DO SOCORRO e INTENDENTE, perfis longitudinais das referidas galerias e planta de esgotos da zona referida, desde o POÇO DO BORRATÉM e HOTEL MUNDIAL até à AVENIDA ALMIRANTE REIS na zona do DESTERRO e LARGO DO INTENDENTE)  in  AML


(INÍCIO) - RUA DA PALMA [ I ]

«A RUA DA PALMA E SEU ENVOLVENTE»

A "RUA DA PALMA" pertencia às freguesias dos ANJOS e SANTA JUSTA, hoje com a REFORMA ADMINISTRATIVA DE LISBOA DE 2012, passou a pertencer às freguesias de  «ARROIOS» e «SANTA MARIA MAIOR».
Começa na "RUA BARROS QUEIROZ" no número 2 e termina na "AVENIDA ALMIRANTE REIS", junto do "LARGO DO INTENDENTE PINA MANIQUE". São convergentes do lado direito as artérias: TRAVESSA DO ARCO DA GRAÇA, TRAVESSA DA PALMA, CALÇADA DO JOGO DA PÉLA, RUA DO PINHEIRO FURTADO, RUA TOMÉ PIRES, RUA DE S. LÁZARO, CALÇADA DO DESTERRO e RUA NOVA DO DESTERRO. No lado esquerdo o LARGO MARTIM MONIZ. RUA FERNANDES DA FONSECA e TRAVESSA DO BENFORMOSO.

Diz-nos o olisipógrafo NORBERTO DE ARAÚJO na década de 40 do século vinte que: "Esta RUA, desafogada, hoje constituída uma única artéria, das traseiras da IGREJA DE SÃO DOMINGOS ao INTENDENTE, divide-se em dois troços. O primeiro chegava só à GUIA e é muito antigo, havendo sido nos séculos velhos arruamento dos comerciantes alemães que cultivavam religiosamente a lenda da PALMA que floria na sepultura do CAVALEIRO CRUZADO HENRIQUE DE BONA, sacrificado na Tomada de LISBOA, em 1147; foi RUA sempre estreita, muito mais que hoje é, bastante mercantil, caracterizada pelos negócios de ourives e prateiros. Existiu aqui, até há alguns anos, na esquina de S. Vicente à GUIA, uma assinalada "Ourivesaria do Cunha", que desapareceu para demolição do extremo do troço que encosta ao decrépito (e já desaparecido) PALÁCIO DO MARQUÊS DO ALEGRETE.
O segundo troço, da RUA NOVA DA PALMA", data de 1862, e chegava até ao SOCORRO, começando gradualmente a prolongar-se até ao INTENDENTE; a CÂMARA começara a comprar terrenos de hortas e campos, que por aqui existiam, desde o ano de 1776".

LUÍS PASTOR DE MACADO em "LISBOA DE LÉS-a-LÉS", Volume III refere-se também a este arruamento dizendo: " Por força do Decreto de 9 de Maio de 1776 que determinou a expropriação de 16 propriedades do lado Norte da RUA, ela ficou com a largura que hoje, envergonhada. nos oferece ainda.(...) Mas a cidade continua a alargar-se e os seus BAIRROS excêntricos a povoarem-se (...) e assim, a CÂMARA não teve mais que fazer se não mandar elaborar a planta do prolongamento da "RUA DA PALMA" até ao INTENDENTE. Foi isto em 1857 ou princípios de 1858. (...) Pois o projecto do prolongamento estava concluído em Setembro de 1858 e foi aprovado na sessão Camarária efectuada no dia 30 daquele mês, mas, na verdade, esse projecto foi aprovado não como o do prolongamento da antiga RUA DA PALMA, mas sim como o de uma artéria independente e que portanto necessitava de ter um nome". 
Passaram-se meses, o Governador Civil, que andava cogitando em acabar com o transtorno que provinha de existirem nomes iguais em várias RUAS, e em suprimir os nomes de algumas que pareciam ser prolongamento de outras, um dia encheu-se de coragem e mandou fazer um EDITAL onde os topónimos citadinos parecia dançarem uma quadrilha interminável. Uns iam para a direita, outros para a esquerda, uns avançavam, outros recuavam, muitos desapareciam na grande confusão. Um deles foi o da  jovem RUA DA IMPRENSA, que viu o seu território ficar sob a denominação de "RUA NOVA DA PALMA".

(CONTINUA)-(PRÓXIMO)«RUA DA PALMA [ II ] A RUA DA PALMA ( 1 )» 

1 comentário:

Unknown disse...

Nas plantas cartográficas não se deve referir "esquerda" ou "direita", pois depende da posição da planta em relação a quem refere.
É preferível dizer "a norte", "a sul", "a nascente" ou "a poente".
Gostei deste artigo.
Manuel de Sousa Rêgo (arquiteto)