sábado, 10 de junho de 2017

RUA ALFREDO DA SILVA [ III ]

«OS PRIMÓRDIOS DE ALFREDO DA SILVA»
 Rua Alfredo da Silva - (1902)  -  (Foto de "ALFREDO DA SILVA" com 31 anos de idade, após ter passado a dirigir os destinos da CUF)   in  RESTOS DE COLECÇÃO
 Rua Alfredo da Silva - (1971)  -  (Placa em homenagem a "ALFREDO DA SILVA" na RUA DA PRATA, 185 1.º - LISBOA, dizendo:  "NESTA CASA NASCEU NO DIA 30 DE JUNHO DE 1871 O INDUSTRIAL - ALFREDO DA SILVA - CRIADOR DO GRUPO CUF")  in  O GRUPO DA CUF 
 Rua Alfredo da Silva - (1973)  - Foto de autor não identificado  -  ("Cooperativa AJUDENSE" na "RUA ALFREDO DA SILVA")   in    AML 
 Rua Alfredo da Silva - (2016)  -  (A "RUA ALFREDO DA SILVA" no sentido nascente, ainda no seu final sem saída, na freguesia da "AJUDA")   in    GOOGLE EARTH
Rua Alfredo da Silva - (início de 1898)  -  (Os três logótipos da CUF ao longo da sua vida Industrial e Comercial)  in   RESTOS DE COLECÇÃO


(CONTINUAÇÃO) - RUA ALFREDO DA SILVA [ III ]

«OS PRIMÓRDIOS DE ALFREDO DA SILVA»

«ALFREDO DA SILVA» nasceu em LISBOA a 30 de Junho de 1871, no edifício da "RUA BELA DA RAINHA" (hoje "RUA DA PRATA"), com o número 185 (Identificado por uma placa colocada no 1.º andar em 1971 por ocasião do CENTENÁRIO DO SEU NASCIMENTO, enaltecendo o grande INDUSTRIAL "ALFREDO DA SILVA" e criador do grupo CUF).
Seu pai "CAETANO ISIDORO DA SILVA" casado com "EMÍLIA AUGUSTA LAYMÉE FERREIRA", com apenas 17 anos de idade, casamento celebrado na freguesia de SANTA ENGRÁCIA ( hoje SÃO VICENTE), a 23 de Junho de 1870.
«ALFREDO DA SILVA» era, apenas mais uma criança embora já com a vantagem então socialmente muito considerada, de ser um primogénito (depois surgindo uma irmão e dois irmãos). O passar do tempo viria, no entanto, a provar que algo o haveria de diferenciar.

Seu pai, nascido a 22 de Maio de 1830, e baptizado oito dias depois, era filho de "DOMINGOS ANTÓNIO DA SILVA - um pequeno comerciante da praça lisboeta - e de MARIA ALEXANDRINA DA SILVA, casado em 1807, na freguesia de SÃO NICOLAU (hoje SANTA MARIA MAIOR) e moradores em LISBOA, na RUA DOS CORREEIROS. A vida, e talvez a profissão, fizeram dele um quarentão «metódico e sereno a quem a prosperidade dos negócios não causava soberba, mas dava um orgulho confiante e optimista». A mãe, nascida a 3 de Março de 1853, baptizada a 15 de Abril, na freguesia da "PENA" (hoje ARROIOS), era filha de "ANTÓNIO FERREIRA" e de MATILDE LAYMÉE FERREIRA, casados a 4 de Maio de 1842, na IGREJA DE SANTA MARIA MADALENA na freguesia da MADALENA (hoje SANTA MARIA MAIOR), tinha ascendência francesa por parte dos avós maternos e era órfã de pai.

Estamos em pleno reinado de "D. LUIS I", e com a "TUTELAGEM" de "FONTES PEREIRA DE MELO", PORTUGAL de 1871 atravessava um período de pleno desenvolvimento capitalista e material. A ascensão de uma "banca" com cerca de 51 estabelecimentos, ou ainda no apogeu de uma BOLSA DE VALORES na qual pontificavam investidores como o "TODO-PODEROSO" financeiro "HENRIQUE BURNAY" (o homem mais rico de PORTUGAL), banqueiro por excelência, detentor de numerosos interesses na Industria, Comércio, nos CAMINHOS-DE-FERRO, nas COMPANHIAS DE NAVEGAÇÃO,  nos JORNAIS, etc., o qual na década seguinte se afirmaria como o maior financeiro Nacional, negociando com o ESTADO, partidos, políticos e influente como nenhum  outro. No que respeita à INDUSTRIA, e sendo este o século quer da REVOLUÇÃO INDUSTRIAL, quer do desenvolvimento chamado "CAPITALISMO ECONÓMICO", o panorama começava a ser igualmente prometedor. Muito embora dominassem ainda as pequenas unidades, com um número muito reduzido de operários por estabelecimento fabril, começavam também a surgir as primeiras grandes fábricas, fruto de um processo de acumulação de capital, por sua vez proporcionado por uma acentuada especulação financeira.


(CONTINUA)-(PRÓXIMO)«RUA ALFREDO DA SILVA [ IV ]-DOS PRIMÓRDIOS À INSTRUÇÃO E MORTE DE SEU PAI».


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