sábado, 22 de julho de 2017

RUA ALFREDO DA SILVA [ XV ]

«A C.U.F. NO BARREIRO ( 3 )
 Rua Alfredo da Silva -(07.11.2014)  -  ("ALFREDO DA SILVA -"1871.1942"-150 ANOS no D,N,- Foi um Industrial ímpar em Portugal fundador da CUF, tendo criado um Império que empregava milhares de pessoas)   in   DIÁRIO DE NOTÍCIAS 
 Rua Alfredo da Silva - (1919) -  (Reportagem da "ILUSTRAÇÃO PORTUGUESA" sobre o atentado falhado contra "ALFREDO DA SILVA", em Novembro de 1919 no "ALTO DE SANTA CATARINA" em LISBOA)   in   FOTOBIOGRAFIAS SÉCULO XX
 Rua Alfredo da Silva -  ( 1953 )  -  (ANÚNCIO da frota de barcos da "SOCIEDADE GERAL DE COMÉRCIO,  INDUSTRIA E TRANSPORTES - SG", nos anos 50 do séc. XX. Sua tonelagem, além das carreiras que fornecia de LISBOA para:)  in   RESTOS DE COLECÇÃO
 Rua Alfredo da Silva - (Década de 60/70 do século XX)  -  (Vista aérea do complexo Industrial da CUF no BARREIRO  ainda no seu apogeu)  in   AMIZADE DE INFÂNCIA -FACEBOOK
 Rua Alfredo da Silva - (Década de 60 início de 70 do séc, XX)  - (Vista aérea do Complexo da CUF, para Norte dos Silos, ao fundo a FISIPE e o LAVRADIO com a sua praia, na lado esquerdo ainda se pode ver um pouco a Ilha do Rato) in  AMIZADE DE INFÂNCIA-FACEBOOK
 Rua Alfredo da Silva -  ( 1963 )   -   (Aspecto nocturno da Sede Administrativa da C.U.F. nos anos sessenta do século passado, na Avenida 24 de Julho)  in  DA FÁBRICA QUE SE DESVANECE À BAÍA DO TEJO
Rua Alfredo da Silva - (1961) - Foto de Armando Serôdio  -  (Edifício Sede da CUF visto do lado nascente, na Avenida 24 de Julho em LISBOA)   in    AML 

(CONTINUAÇÃO) - RUA ALFREDO DA SILVA [ XV ]

«A C.U.F. NO BARREIRO ( 3 )»


A crise do país em 1919, tempos de instabilidade política, "ALFREDO DA SILVA" sofre um atentado.
Uma reportagem fotográfica da "ILUSTRAÇÃO PORTUGUESA" sobre o atentado falhado contra "ALFREDO DA SILVA" em Novembro de 1919, junto a sua casa no ALTO DE SANTA CATARINA, um dos vários em que tentaram liquidá-lo.

Diz assim a publicação: "O senhor "ALFREDO DA SILVA", o conhecido Industrial que LISBOA tão bem conhece, foi ultimamente vítima de um atentado que só o não vitimou por um acaso providencial. "ARTUR PINHO" com outros que se evadiram esperaram aquele senhor quando ele, à saída do seu Palacete do "ALTO DE SANTA CATARINA", onde se deu o incidente, ia para se meter no automóvel, e alvejaram-no à pistola e à bomba.  A pistola não se disparou por se ter encravado, mas os estilhaços da bomba deixaram ferido o "chauffer"  "RAÚL DE SOUSA", que está  no hospital onde foi fotografado para a "ILUSTRAÇÃO PORTUGUESA".
O estucador "ARTUR PINHO" também está bastante ferido, como a nossa gravura mostra, por o povo o ter agredido, escapando ele com dificuldade às iras populares, devido à intervenção da polícia.  Geralmente os populares não são bolchevistas nem compreendem o crime como um ideal".

Ainda nesse ano a crise do país não obrigaria  "ALFREDO DA SILVA" a "arrepiar-caminho". Este dado é fundamental e relevante. A concentração vertical e horizontal da empresa dá então passos largos.  Em 1919, cria a primeira empresa associada, a "SOCIEDADE GERAL DO COMÉRCIO, INDUSTRIA E TRANSPORTES, LDA." (que ficará na história apenas conhecida por «SOCIEDADE GERAL» ou "SG", mais tarde servirá ainda para representar uma das mais conhecidas marcas de tabaco português o "SG"), com um capital social fixado em 2 000 contos-ouro. E no seu estatuto pode ler-se:  "É objectivo da sociedade o exercício de qualquer comércio, à excepção do bancário.  Em especial é seu objectivo contribuir para o capital ou aumento de quaisquer empresas industriais ou de transportes". A «SOCIEDADE GERAL» inicia desde logo actividade na área do COMÉRCIO COLONIAL.  Desde o arranque do BARREIRO, em 1908, o grupo começou a interessar-se mais de perto pela actividade COLONIAL e por todos os ramos de comércio de produtos subtropicais.

Chegou então o tempo e a oportunidade de "ALFREDO DA SILVA" entrar no Mundo bancário; quando em Março de 1921 é modificada a constituição e elevada o capital da "CASA HENRIQUE TOTTA & Cª.", que passa a denominar-se «JOSÉ HENRIQUE TOTTA, LDA".  Neste aumento de capital participa a SOCIEDADE GERAL, com uma quota de Cinco Mil e Cinquenta contos. A C.U.F. tinha iniciado mais uma actividade, a bancária. Este processo de integração de capitais Industriais  e bancários tinha porém uma característica: não subordinar a Industria à Banca.
Ainda em Agosto de 1921 a sede da C.U.F. é transferida da "AVENIDA  24 DE JULHO" para a "RUA DO COMÉRCIO".

(CONTINUA)-(PRÓXIMO)«RUA ALFREDO DA SILVA [ XVI ]-A CUF NO BARREIRO ( 4 )»

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