quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

RUAS COM NOMES DE JORNALISTAS [ IV ]

 Rua Angelina Vidal - (2009) (Autor CTT de Portugal)  (Selo com a figura da jornalista "Angelina Vidal" emitido pelos CTT, dedicado às "Mulheres da República") in BE/CRE MARIA VELADA
 Rua Angelina Vidal - (2007) (Panorama da "Rua Angelina Vidal" antigo "Caminho do Forno do Tijolo" que vem juntar-se à "Rua da Graça", "Rua da Penha de França" e "Rua dos Sapadores. Nos finais do século XIX ao Largo irregular formado pelo cruzamento de quatro caminhos, era chamado de "CRUZ DOS QUATRO CAMINHOS") in GOOGLE EARTH
 Rua Angelina Vidal - (2012) (O início da "RUA ANGELINA VIDAL" na freguesia da "Graça" (hoje S. VICENTE) desde 1924) in GOOGLE EARTH
 Rua Angelina Vidal - (2012) - (A "RUA ANGELINA VIDAL" na parte descendente) in GOOGLE EARTH
Rua Angelina Vidal - (2012) - (A "RUA ANGELINA VIDAL" na convergência com a "Rua da Graça", local do antigo largo da "Cruz dos Quatros Caminhos") in GOOGLE EARTH

(CONTINUAÇÃO) - RUAS COM NOMES DE JORNALISTAS [ IV ]

«RUA ANGELINA VIDAL (1)»

A «RUA ANGELINA VIDAL» pertencia a três freguesias: «ANJOS», «GRAÇA» e «PENHA DE FRANÇA», depois da "Reorganização Administrativa de Lisboa" passou para as freguesias de: «ARROIOS», «PENHA DE FRANÇA» e «SÃO VICENTE».
Com início na «RUA DA GRAÇA»,  termina na «RUA DO FORNO DO TIJOLO», tem no seu lado direito a «RUA HELIODORO SALGADO» e na parte esquerda a «RUA MARIA DA FONTE».
Esta artéria era o antigo "Caminho do Forno do Tijolo", em toda a sua extensão, sendo uma das vias que convergia para o chamado "CRUZ DOS QUATRO CAMINHOS». O topónimo da «RUA ANGELINA VIDAL» foi atribuído por deliberação camarária de 04.12.1922 e respectivo Edital de 17.10.1924.
Nesta rua urbanizada em 1908, consagrou-se "ANGELINA VIDAL" nascida em 11 de Março de 1853 e falecida a 1 de Agosto de 1917 quase na miséria, no número 41 da "Rua de S. Gens" (antiga freguesia da GRAÇA, hoje "SÃO VICENTE"), já que o Estado lhe negou a pensão a que tinha direito devido aos seus ideais políticos.
A «RUA ANGELINA VIDAL» uma artéria íngreme, entre os "ANJOS" e a "GRAÇA", percorrida diariamente por centenas de veículos e cheia de tradições alfacinhas, tem o nome de uma mulher que foi revolucionária no seu tempo e ainda hoje por certo o seria.
O antigo "Caminho do Forno do Tijolo", um nome velho, como é bom de ver, provinha da existência da oficina e dos fornos de telha e tijolos que ali existiam. Desde o século XVIII, aliás, que aqueles caminhos foram conhecidos pelas actividades circundantes.
Antes disso - garante o mestre "Pastor de Macedo", baseando-se em estudos do arqueólogo "Sommer Ribeiro - a denominação do sírio era mais vaga, dizendo-se simplesmente que eram "terras ao "ALMOCAVAR" ou ao pé da "Senhora do Monte". "ALMOCAVAR" é uma palavra árabe que significa cemitério. E, na verdade era o campo onde os mouros enterravam os seus mortos, não muito distante da "MOURARIA". A instalação dos fornos - que teve por base, obviamente, a riqueza dos terrenos em argila - deu, porém, um cariz especial a toda a zona que vai da «TRAVESSA DO MALDONADO" a «SAPADORES», com reflexos na toponímia: o "FORNO DO TIJOLO" até foi padrinho de um mercado. De qualquer forma, a actual «RUA ANGELINA VIDAL» ainda passou por outro nome: em finais do século XVIII, chamava-lhe o povo "RUA DE S. VICENTE FERREIRA», sendo este apelido uma corruptela de "FERRER". De facto, ali existiu a ermida de «S. VICENTE FERRER», com umas casas anexas, que parecem ter servido para recolhimento de órfãs. Tudo isto foi vendido em princípios do século XIX e não restam vestígios. 

A «ANGELINA DO CARMO VIDAL» nada parecia prever uma jovem lisboeta, filha de um maestro querido na corte, para tão agitadas tarefas que teve durante a vida.
Na verdade, «ANGELINA» tinha por pai o maestro «JOAQUIM CASIMIRO JUNIOR» dedicado servidor de el-Rei como organista da Real  Capela da Bemposta e, mais tarde, mestre da Sé Patriarcal de Lisboa. Seu pai terá falecido quando «ANGELINA» tinha a idade de nove anos.  Casou na idade própria, com um oficial médico da Armada, «LUÍS DE CAMPOS VIDAL» que viria a falecer em 1894.
Estaria, pois, destinada a uma "vidinha" de dona de casa e educadora de filhos. Em vez disso, saiu política, republicana, professora, poetisa, pouco ou nada bem querida das pessoas.
Muito cedo começou a dar nas vistas pelo seu talento evidenciado nos seus escritos.

(CONTINUA)-(PRÓXIMO)-RUAS COM NOMES DE JORNALISTAS[ V ]-RUA ANGELINA VIDAL (2)»   

sábado, 26 de janeiro de 2013

RUAS COM NOMES DE JORNALISTAS [ III ]

 Rua Acácio de Paiva - (2012) - (O início da "RUA ACÁCIO DE PAIVA" junto à "Avenida da Igreja", era a antiga "Rua 21" do "Bairro de Alvalade" in GOOGLE EARTH
 Rua Acácio de Paiva - (2012) - (Um troço da "RUA ACÁCIO DE PAIVA" perto do cruzamento com a "Rua Luís Augusto Palmeirim") in GOOGLE EARTH
 Rua Acácio de Paiva - (2012) - (A "Rua Acácio de Paiva" vista da parte Norte na "Rua João Saraiva") in GOOGLE EARTH 
 Rua Acácio de Paiva - (1968) Foto de João H. Goulart (A "Rua Acácio de Paiva" na antiga freguesia de "S. João de Brito" hoje freguesia de "Alvalade" in AFML
 Rua Acácio de Paiva - (1960) Foto de Arnaldo Madureira (O edifício da CML na "Rua Acácio de Paiva" no "Bairro de Alvalade") in AFML
Rua Acácio de Paiva - (1961) - Foto de Artur Goulart ( A Igreja Adventista do Sétimo dia na "Rua Acácio de Paiva") in AFML


(CONTINUAÇÃO) -RUAS COM NOMES DE JORNALISTAS [ III ]

«RUA ACÁCIO DE PAIVA»

Prosseguimos nestas voluntárias andanças pelas ruas desta cidade de Lisboa, nas quais figuram nomes de jornalistas.
Hoje será a vez do escritor e poeta «ACÁCIO DE PAIVA» que também foi jornalista, tendo deixado milhares de escritos espalhados por variadíssimas publicações.

A «RUA ACÁCIO DE PAIVA» pertencia à freguesia de "São João de Brito" que se juntou ao "Campo Grande" e à freguesia de "Alvalade" que, segundo a Reorganização Administrativa de Lisboa, passam a chamar-se freguesia de «ALVALADE».
Começa na «AVENIDA DA IGREJA» e termina na «RUA JOÃO SARAIVA». É atravessada pela «RUA LUÍS AUGUSTO PALMEIRIM» e tem convergente no seu lado direito (de Sul para Norte) a «RUA DO CENTRO CULTURAL». O topónimo desta rua do «Bairro de Alvalade», foi atribuído pela CÂMARA MUNICIPAL DE LISBOA, por Edital datado de 25 de Janeiro de 1950, à antiga "Rua 21" deste Bairro.

Começou por trabalhar numa redacção de um jornal portuense, que na época, se chamava «A ACTUALIDADE».
Leiriense, nascido a 14 de Abril de 1863, «ACÁCIO SAMPAIO TELES DE PAIVA» veio para LISBOA onde fez os estudos preparatórios de Medicina, que continuou depois no PORTO. Mas precisava de ganhar a vida, e ingressou no jornalismo.
De novo em LISBOA, conseguiu lugar na função pública, mais exactamente na «ALFANDEGA» em 1888. Tal carreira não lhe fez adormecer, contudo a vocação para a escrita, pelo que logrou conciliar a burocracia e o jornalismo.
Foi colaborador assíduo de vários jornais lisboetas, destacando-se sobretudo com trabalhos em verso, que muitas vezes assinava com o pseudónimo de "BELMIRO".

Estavam então em voga as gazetilhas, nas quais um jornalista com dotes poéticos comentava factos da actualidade com textos rimados e ritmados.
«ACÁCIO DE PAIVA» deixou larga colaboração no jornal "O SÉCULO", na "ILUSTRAÇÃO PORTUGUESA", no jornal "O MUNDO", num suplemento humorístico de "O SÉCULO" (que dirigiu), no "DIÁRIO DE NOTÍCIAS", onde assinou durante anos uma coluna denominada «A FITA DA SEMANA». Escreveu ainda para o teatro peças ligeiras entre as quais, «DE CAPOTE E LENÇO» e publicou, «FÁBULAS E HISTORIETAS».
«ACÁCIO DE PAIVA» faleceu em 29 de Novembro de 1944, com 81 anos de idade, na sua "Casa das Conchas, na freguesia do OLIVAL em «OURÉM».
A rua com seu nome fica em «ALVALADE», perpendicular à «AVENIDA DA IGREJA». Assim, outro homem dos jornais entrava então na toponímia de LISBOA.

(CONTINUA)-(PRÓXIMO)-«RUAS COM NOMES DE JORNALISTAS [ IV ]-RUA ANGELINA VIDAL (1)».

quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

RUAS COM NOMES DE JORNALISTAS [ II ]

 Rua Abel Botelho - (2010) Placa toponímica da "RUA ABEL BOTELHO" nas comemorações Municipais do Centenário da República) in CML-CENTENÁRIO DA REPÚBLICA
 Rua Abel Botelho - (2010) Foto de autor não identificado (A "Rua Abel Botelho" nas comemorações do Centenário da República") in CML-CENTENÁRIO DA REPÚBLICA
 Rua Abel Botelho - (ant. 1917) Foto de José Artur Leitão Bárcia ( O Escritor e Jornalista "Abel Botelho" no seu escritório)  in AFML  (Abre em tamanho grande)  
 Rua Abel Botelho - (1961) Foto de Artur Goulart (A "Rua Abel Botelho", 44 na freguesia de "São Domingos de Benfica) in AFML 
Rua Abel Botelho - (entre 1900 e 1945) Foto de José Artur Leitão Bárcia ( (Retrato de "Abel Botelho" original da  autoria de António Ramalho em 1889) in AFML


(CONTINUAÇÃO) - RUAS COM NOMES DE JORNALISTAS [ II ]

«RUA ABEL BOTELHO (2)»

Há pouco mais de cento e vinte anos, LISBOA era sacudida pelos escândalos provocados nas obras (para Teatro e para livro) de um oficial do Estado-Maior do Exército. Chamava-se «ABEL ACÁCIO DE ALMEIDA BOTELHO», viera muito novo da sua terra natal «TABUAÇO», para ingressar no «COLÉGIO MILITAR» em 1867.

De facto, em 1889, foi representada no «TEATRO GINÁSIO» a peça em três actos, de seu nome "JUCUNDA", na qual se apresentava em cena uma personagem feminina vestida com trajes considerados demasiado leves na época.
O escândalo rebentou e, em nome da decência vigente, a peça recolheu a  bastidores.

Oito anos depois, no "TEATRO NACIONAL DONA MARIA II", nova peça, desta vez "A IMACULÁVEL", provocava manifestações hostis na plateia e acabaria por redundar em cenas de pugilato. Entre estas duas obras, subiu ainda à cena, no «TEATRO GINÁSIO», uma outra obra, denominada «VENCIDOS DA VIDA», na qual era feito um retrato tão realista e cruel de diversas personalidades vivas e conhecidas que a proibição não se fez esperar muito.

No "TEATRO DO PRÍNCIPE PERFEITO" (depois chamado de "APOLO") que ficava na MOURARIA no local onde hoje está a estação de Metro do "Martim Moniz", foi ainda representada a «CLAUDINA» (1890), que, mesmo não sendo retirada, provocou grande polémica por fazer o retrato de uma mulher inteiramente desequilibrada, papel em que brilhou a actriz «LUCINDA SIMÕES».

O autor cujos trabalhos provocaram todo este burburinho era «ABEL BOTELHO». Por temperamento e vivência, conhecia os meios mais abjectos da cidade. Passava para as suas peças tudo quanto via, não omitindo cenas canalhas nem caracteres revoltantes.

Os seus começos literários prendem-se com a imprensa: estreou-se na «REVISTA LITERÁRIA DO PORTO», com um soneto. Mais tarde, veio trabalhar em «O DIA», na revista «O OCIDENTE», nos «SERÕES», na «A ILUSTRAÇÃO», no «DIÁRIO DE NOTÍCIAS» (onde publicou em folhetins, o mais conhecido do seus livros, «MULHERES DA BEIRA» (1898). Colaborou ainda no «CORREIO PORTUGUÊS», nas «NOVIDADE» e foi até director de um jornal chamado «REPÓRTER».

«ABEL BOTELHO» nasceu em «TABUAÇO» em 23 de Setembro de 1856 e faleceu em «BUENOS AIRES» no dia 24 de Abril de 1917.
Embora JORNALISTA, terá ficado mais conhecido como ESCRITOR.

(CONTINUA)-(PRÓXIMO)-«RUAS COM NOMES DE JORNALISTAS [ III ]-RUA ACÁCIO PAIVA».

sábado, 19 de janeiro de 2013

RUAS COM NOMES DE JORNALISTAS [ I ]

 Rua Abel Botelho - (1889) (Autor António Ramalho) (Retrato de "Abel Acácio Botelho" com aproximadamente 33 anos de idade) in WIKIPÉDIA
 Rua Abel Botelho - (19__) Foto de autor não identificado (Retrato de "Abel Botelho" no início do século XX) in MEMÓRIA DA REPÚBLICA
 Rua Abel Botelho, 19 a 23 - (1961) Foto de Artur Goulart (A "Rua Abel Botelho" antiga "Rua Particular Nº 2) in AFML
 Rua Abel Botelho - (1961) Foto de Artur Inácio Bastos (O Topónimo da "Rua Abel Botelho" foi atribuído em 1932) in AFML
Rua Abel Botelho - (2007) - (Panorama da "Rua Abel Botelho" assinalado com X de cor branca) in GOOGLE EARTH

RUAS COM NOMES DE JORNALISTAS [ I ]

«RUA ABEL BOTELHO ( 1 )»

A toponímia da cidade fica mais enriquecida com os nomes daqueles que LISBOA acha suficientemente importantes para se perpetuarem nos letreiros, independentemente das profissões que exerceram, das actividades em que saíram da mediana.
Existem escritores, médicos, políticos, técnicos, beneméritos, desportistas... Já são em grande quantidade, que se tornou possível catalogá-los pelos ramos em que mais se distinguiram.
Vamos ocupar desta feita com os "ESCRITORES E JORNALISTAS" que a cidade distinguiu, atribuindo os seus nomes a outros tantos arruamentos.  A tarefa não é, porém, tão linear como a que levou a reunir em compilação outros profissionais.
Na verdade, enquanto um médico não pode deixar de ser um diplomado com o respectivo curso, jornalista tem sido, neste país a que pertencemos, todo aquele que encarreira duas linhas com um mínimo de lógica e de gramática.
Os cursos de comunicação são, entre nós, muito recentes - e o necessidade de preencher laudas para compor jornais, já conta com largos anos.
Daí que o caro leitor vá deparar com nomes de jornalistas que parecerão, aqui e ali, um tanto forçados na enumeração.
Mencionou-se, em conversa passada, o nome de «EÇA DE QUEIRÓS», a quem toda a gente venera como escritor, mas cujo trabalho jornalístico não é lembrado com a mesma frequência.
E muitos mais aparecerão: para  ser engenheiro, cedo se exige uma especialização; para fazer jornalismo, nada mais foi necessário durante longo tempo, do que ter caneta e, se possível, opinião.
O paradoxo está em que, apesar dessa lacuna teórica, ganharam evidência como jornalistas muitos que pareciam destinados a voos de objectivos bem diferentes.

A «RUA ABEL BOTELHO» pertence à freguesia de «SÃO DOMINGOS DE BENFICA» (uma das nove freguesias que não foi afectada pela nova "Reorganização Administrativa de Lisboa"). Com início na «RUA CIDADE DE RABAT» e finaliza na «RUA ANTÓNIO FEIJÓ». Era a "Rua particular número 2, do projecto aprovado em sessão de 19.04.1928.
O topónimo foi atribuído pela Câmara Municipal de Lisboa, através de deliberação de 25.02.1932 e Edital de 12.03.1932.

(CONTINUA)-(PRÓXIMO)-«RUAS COM NOMES DE JORNALISTAS [ II ] -RUA ABEL BOTELHO (2)»

quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

RUA ALEXANDRE BRAGA [ III ]

 Rua Alexandre Braga - (Anos 50 do séc. XX) Foto de autor não identificado ("Amadeu Gaudencio" o construtor nazareno que deixou obra por todo o país) in JORNAL REGIÃO DA NAZARÉ
 Rua Alexandre Braga - (1953-Abril) (Frente à entrada da firma "SOCIEDADE DE CONSTRUÇÕES AMADEU GAUDENCIO", algum pessoal mais jovem  deixava-se fotografar, para um colega levar como recordação para a África Portuguesa. in ARQUIVO/APS
 Rua Alexandre Braga - (1953 - Abril) (No "JARDIM CONSTANTINO" alguns colegas juntavam-se à foto de despedida no mesmo colega, que nesse ano embarcava para MOÇAMBIQUE) in ARQUIVO/APS
 Rua Alexandre Braga - (1953 - Abril) (Na parte interior das instalações fabris, mais pessoal da secção de Carpintaria e Marcenaria, envolvida pela quantidade de aprendizes de tenra idade) in ARQUIVO/APS
 Rua Alexandre Braga - (1953 - Abril) (Alguns dos principais artífices de carpintaria e marcenaria após almoço, junto à entrada (interior) das instalações fabris da "Soc. de Construções Amadeu Gaudencio" na "Rua Alexandre Braga") in ARQUIVO/APS
 Rua Alexandre Braga - (1969) - Foto de João H. Goulart (A "Rua Alexandre Braga", podemos observar a entrada da sede social, oficinas e escritórios da "Soc. de Construções Amadeu Gaudencio") in AFML 
 Rua Alexandre Braga - (Década de Sessenta do século XX) Foto de Artur Goulart (A entrada das oficinas e escritórios da "Soc. de Construções Amadeu Gaudencio" na "Rua Alexandre Braga" número 4-A) in AFML
 Rua Alexandre Braga - (1953) (Frontispício de uma carta da "Soc. de Construções Amadeu Gaudencio dos anos cinquenta do séc. XX) in ARQUIVO/APS
 Rua Alexandre Braga - (2007) - (Panorama das antigas instalações fabris da "Soc. de Construções Amadeu Gaudencio". O telhado apresentado a branco representava - de sul para norte - os Escritórios, seguindo-se as oficinas de Carpintaria e Marcenaria no 1º piso, no r/c funcionava a Serração Mecânica ao fundo a secção de pintura. Em todo o comprimento do edifício existia uma cave, onde se armazenava as madeiras, uma estufa para secagem de madeiras, igualmente ao fundo um pouco mais para a esquerda, um edifício mais baixo, era o refeitório e o vestiário do pessoal). in GOOGLE EARTH 
Rua Alexandre Braga - (2012) - (Antiga entrada para as instalações fabris de "Soc. de Construções Amadeu Gaudencio" na "Rua Alexandre Braga") in GOOGLE EARTH

(CONTINUAÇÃO) - RUA ALEXANDRE BRAGA [ III ]

«A SOCIEDADE DE CONSTRUÇÕES AMADEU GAUDENCIO, LDA.»

A «SOCIEDADE DE CONSTRUÇÕES AMADEU GAUDENCIO, LDA.» tinha a sua sede social, oficinas e escritórios na «RUA ALEXANDRE BRAGA», 4-A, que no início dos anos cinquenta do século XX, onde tive a honra de prestar a minha colaboração, durante aproximadamente dois anos e meio, da qual guardo agradáveis recordações desse tempo da minha juventude.
Mas vamos falar um pouco do seu mentor, sua biografia e enaltecendo a empresa que deixando obra por todo o país, chegando a ser considerada uma grande firma na área da «construção civil».
«AMADEU GAUDENCIO» nasceu a 4 de Abril de 1889 na "PEDERNEIRA" (Nazaré), onde viveu até aos  18 anos de idade. No entanto, nessa altura foi para LISBOA, para melhorar de vida. Apesar de ter partido somente com a instrução primária, a 4ª classe na época, continuou os estudos à noite, já na Capital matriculou-se na «ESCOLA INDUSTRIAL MACHADO CASTRO». Tendo chegado a Lisboa como pedreiro, conseguiu por mérito próprio obter o diploma de construtor civil.
Dedicou toda a sua vida à construção civil, começando por trabalhar em nome individual, mas em 1935, fundou a «SOC. DE CONSTRUÇÕES AMADEU GAUDENCIO».No percurso profissional e social procurou sempre evoluir e também ajudar os outros, nomeadamente os seus colaboradores e familiares, através do acesso à instrução escolar e formação profissional.
A sua empresa foi responsável por algumas construções simbólicas no nosso país, como escolas, hospitais, instalações fabris, museus, salas de espectáculos, instalações religiosas e edifícios urbanos, tais como: "CASA DA MOEDA"; "HOSPITAL DE SANTA MARIA"; "HOSPITAL DE SÃO JOÃO"; a Sede do "BANCO NACIONAL ULTRAMARINO" (na Rua Augusta); "LICEU CHARLES LEPIERRE"; "CAIXA GERAL DE DEPÓSITOS" (no PORTO), e dois Conventos em FÁTIMA, os «PAVILHÕES DE MADEIRA» das OURIVESARIAS (no Martim Moniz); o "MERCADO DE ARROIOS"; "CAFÉ PORTUGAL"; "SOCIEDADE NACIONAL DE SABÕES" (em Marvila) e o "AEROPORTO DE LISBOA" de 1942 a 1949, entre outros.
Apesar de ter deixado a sua terra natal, sempre adorou a NAZARÉ, e por esse motivo, manteve uma casa no "SÍTIO", onde passava férias. 
Existe uma escola baptizada com seu nome na NAZARÉ. O "MUSEU ETNOGRÁFICO E ARQUEOLÓGICO DR. JOAQUIM MANSO" (Escritor, Jornalista e fundador do jornal "DIÁRIO DE LISBOA"), aberto ao público em 1976. O Museu está instalado na "RUA´D.  FUAS ROUPINHO", Sítio - Nazaré, desde 1972, numa moradia dos princípios do século XX, doada ao Estado em 1968 para esse fim, pelo benemérito nazareno "AMADEU GAUDENCIO".
"AMADEU GAUDENCIO" era ateu e pertencia à Maçonaria. Segundo informação disponível, "Amadeu Gaudencio" "foi iniciado na loja lisbonense, Cândido dos Reis, em 1930, com o nome simbólico de "MAGALHÃES LIMA" que, posteriormente trocou por "GOMES FREIRE".
Era um "republicano activo", um homem de ideias republicanas e valores socialistas, que demonstrava grandes preocupações a nível social, não só com a sociedade em geral, como também com os seus trabalhadores e familiares.
Faleceu no dia 13 de Outubro de 1980 com 91 anos, mas manteve-se no activo até aos 85 anos e liderou, até essa altura, a empresa que criou com cerca de 1500 trabalhadores.
Como curiosidade, assinalamos um dos mais directos colaboradores dos últimos anos da "SOCIEDADE DE CONSTRUÇÕES  AMADEU GAUDENCIO, LDA". Trata-se do Eng.º «MANUEL BRAVO» que ingressou na firma quase em simultâneo com a sua vida académica, tendo chegado em 1955 a ser um dos sócios gerentes.
Por imposição legal, em 1975 a firma passou a ter natureza de "Sociedade Anónima", tendo o Eng.º MANUEL BRAVO passado a ocupar o lugar de "Vice-Presidente do Concelho de Administração (1975-1977). Passou a "Presidente do Concelho de Administração" de (1977-1987), depois de "AMADEU GAUDENCIO" deixar o cargo por doença. O cargo foi ainda ocupado pelo Eng.º ALMEIDA HENRIQUES de (1987-1992).
 [ FINAL ]

BIBLIOGRAFIA
INTERNET

(CONTINUA)-(PRÓXIMO)-«RUAS COM NOMES DE JORNALISTAS [ I ] - RUA ABEL BOTELHO (1)» 

sábado, 12 de janeiro de 2013

RUA ALEXANDRE BRAGA [ II ]

 Rua Alexandre Braga - (1900) (O "Dr. Alexandre Braga(filho)", jornalista, advogado e político português) in WIKIPÉDIA
 Rua Alexandre Braga - (Início do séc. XX) Foto de Joshua Benoliel (O "Dr. Alexandre Braga" na "Rua Garrett", com dois companheiros de partido) in AFML
 Rua Alexandre Braga - (1969) Foto de João H. Goulart (A "Rua Alexandre Braga" na parte Norte, junto da "Rua da Estefânia") in AFML
 Rua Alexandre Braga - (1969) Foto de João H. Goulart (Um troço da "Rua Alexandre Braga" nos números 18 e 18c perto da "Travessa Escola Araújo") in AFML
 Rua Alexandre Braga - (2012) (A "Rua Alexandre Braga" no seu início na parte Sul, vendo-se ao fundo um pouco do "Jardim Constantino") in GOOGLE EARTH
 Rua Alexandre Braga - (2012) - (A "Rua Alexandre Braga" na parte Norte, próximo da "Rua da Estefânia") in GOOGLE EARTH
Rua Alexandre Braga - (2012) - (Um troço da "Rua Alexandre Braga" no sentido de norte para sul) in GOOGLE EARTH

(CONTINUAÇÃO) - RUA ALEXANDRE BRAGA [ II ]

«ALEXANDRE BRAGA ( Filho)»

«ALEXANDRE BRAGA» este portuense nasceu a 10 de Novembro de 1871 e faleceu em Lisboa no dia 7 de Abril de 1921.
Conhecido pelo ardor com que defendeu a «REPÚBLICA» e pelos seus dotes oratórios (tal como seu pai), tem uma rua com seu nome em LISBOA, na nova freguesia de «ARROIOS».
Chegou a este autor bem cedo o vício da escrita pata a imprensa. De facto ainda estudante em Coimbra, fundou um jornal de combate denominado «PORTUGAL», destinado à defesa ardorosa do ideal republicano. E diz-se "de combate" porque a publicação proporcionou a «ALEXANDRE BRAGA» múltiplos conflitos e polémicas com quantos professavam ideologias opostas.
No "PORTO", o combativo escritor colaborou assiduamente em «O PRIMEIRO DE JANEIRO» e ainda no «JORNAL DE NOTÍCIAS» e «JORNAL DA MANHû.
Em LISBOA, dispersou as suas prosas e os seus versos por quase todos os diários existentes na época. Não resistiu, entretanto, a ter de novo um jornal seu. Fundou, por isso, «A CRÓNICA», periódico literário e artístico que não teve longo tempo de vida.
Parlamentar em várias legislaturas, ficou conhecido pela fogosidade da sua palavra. Tinha a resposta sempre pronta.
Num dia em que seguia de comboio para o "PORTO", as paragens em cada estação eram de tal maneira longas que "ALEXANDRE BRAGA" fez notar o caso ao revisor. Este, sujeito mal disposto e que possivelmente não conhecia o político, resmungou: "Porque não vai a pé?". Levou logo o troco: "Já me lembrei disso, mas as pessoas não me esperam antes da chegada deste comboio...".
E não era homem para se atrapalhar perante as próprias "gaffes".
Contava «LUÍS DE OLIVEIRA GUIMARÃES» que, numa vez em que «ALEXANDRE BRAGA» defendia certa causa em tribunal, invocou, no calor da oratória, o artigo 2735 do CÓDIGO CIVIL. Objectou-lhe o Juiz que, o velho Código do "VISCONDE DE SEABRA" só comportava 2538 artigos, pelo que " a disposição invocada não existe". O causídico não se desmanchou, dizendo: "Pois é tão justa que, se não existe, devia existir...".
Desempenhou as funções de "Ministro do Interior", em 1915, num Governo chefiado por "VÍTOR HUGO DE AZEVEDO COUTINHO". 
Faleceu com escassos cinquenta anos, mas o seu talento tinha-se espalhado também por cá como por todo o país, LISBOA quis homenageá-lo com uma RUA.
«ALEXANDRE BRAGA (Filho)» - (1871-1921) - Advogado, Jornalista e Político Português, tem igualmente uma RUA com seu nome no PORTO e em VILA NOVA DE GAIA

(CONTINUA)-(PRÓXIMO)_«RUA ALEXANDRE BRAGA [ III ] -SOC. CONST. AMADEU GAUDÊNCIO»

quarta-feira, 9 de janeiro de 2013

RUA ALEXANDRE BRAGA [ I ]

 Rua Alexandre Braga - (2012) (O início da "RUA ALEXANDRE BRAGA" junto do "Jardim Constantino" na antiga freguesia de "S. Jorge de Arroios", hoje "ARROIOS"). in GOOGLE EARTH 
 Rua Alexandre Braga - (2007) - (Panorama da "Rua Alexandre Braga" na parte Sul encontra-se o "Jardim Constantino") in GOOGLE EARTH
 Rua Alexandre Braga - (2012) - (Um troço da "Rua Alexandre Braga" no sentido Sul para Norte) in GOOGLE EARTH
 Rua Alexandre Braga - (anos 60 do século XX) Foto de João H. Goulart (Conjunto de quatro armazéns ornamentados, na "Rua Alexandre Braga") in AFML 
 Rua Alexandre Braga - (2012) - (Um troço da "Rua Alexandre Braga" no sentido Sul, vendo-se a antiga entrada da "Sociedade de Construções Amadeu Guadêncio") in GOOGLE EARTH
 Rua Alexandre Braga - (2012) - (A "Rua Alexandre Braga" no sentido Norte/sul, ficando mais próximo da "Rua Dona Estefânia"). in GOOGLE EARTH
Rua Alexandre Braga - (1900) Foto de autor não identificado (Um foto do "Dr. ALEXANDRE BRAGA" possivelmente do início do século vinte) in CONVERSAR EM PENICHE

RUA ALEXANDRE BRAGA [ I ]

«A RUA ALEXANDRE BRAGA E O JORNALISTA PORTUENSE»

A «RUA ALEXANDRE BRAGA» pertencia à antiga freguesia de «SÃO JORGE DE ARROIOS», agora incorporada nas freguesias da «PENA» e «ANJOS» com a denominação de «ARROIOS», em consequência da Reforma Administrativa de Lisboa, iniciada este ano.
Começa na «RUA JOSÉ ESTÊVÃO» no número 117, (junto ao Jardim Constantino) e termina na «RUA DONA ESTEFÂNIA», no número 30. Converge com esta artéria no lado esquerdo a «TRAVESSA ESCOLA ARAÚJO», aproximo do número 20 desta Rua.
O topónimo da «RUA ALEXANDRE BRAGA» foi atribuído pela "Câmara Municipal de Lisboa" , através do Edital datado de 14 de Setembro de 1926, à antiga «RUA DE SANTA MARTA». Em reunião de 13.04.1951 e conforme parecer da "Comissão Consultiva Municipal de Toponímia", foi suprimida a partícula "de" no topónimo.
Meia dúzia , se tanto, de toscos ambiciosos, pategos ou parolos conforme sejam do Sul ou do Norte, têm feito questão de inventar um arreganhar de dentes entre as duas maiores urbes portuguesas, como se fosse demasiado ter Portugal ao menos duas grandes cidades e uma tivesse forçosamente de amesquinhar a outra. O futebol - onde a superioridade nortenha, pelo menos nestes últimos tempos, tem custado a engolir cá por baixo - terá responsabilidade neste pretenso acender de raivas regionalistas. Mas a vida não é só feita de bola e, por isso, no seu íntimo, os sábios povos do PORTO e de LISBOA estão-se de um modo geral, nas tintas para questiúnculas que não têm razão de ser.
Afinal não são muitos os "sulistas" que não tenham família no Norte nem os "nortenhos" que não encontrem parentes cá por baixo. E vem de lá o alfacinha mais empedernido jurar que não se sente confortável na solidez do velho burgo portuense ou o tripeiro mais bairrista garantir que não o invade uma pontinha de euforia ao passar pela sala de visitas do nosso «TERREIRO DO PAÇO» ou pelos horizontes largos de «BELÉM».
Artistas e homens de letras são bem o exemplo da saudável migração de dois sentidos (afinal são escassos 300 quilómetros a percorrer...) que caracteriza a vida lusitana desde que nos conhecemos como nação.
«CAMILO», um dos nossos génios literários, nasceu em LISBOA, mas a sua obra pouco tem a ver com a terra que o viu nascer  (todo ele é NORTE, o PORTO é a sua Capital). "EÇA" e "RAMALHO" nasceram na PÓVOA, respectivamente. No entanto, sobretudo o primeiro, fizeram de LISBOA o fulcro da  sua obra.
Ora, na sequência de uma pequena ronda que vamos iniciar pelas "RUAS DE LISBOA" de gente que passou pelos jornais, e viu o seu nome consagrado numa rua de LISBOA, vamos falar de um portuense, que a capital, justamente lhe atribuiu uma rua, na antiga freguesia de «SÃO JORGE DE ARROIOS» (hoje "ARROIOS").

(CONTINUA)-(PRÓXIMO)-«RUA ALEXANDRE BRAGA [ II ] - ALEXANDRE BRAGA (FILHO)»  

sábado, 5 de janeiro de 2013

NUMERAÇÃO DE PORTAS DOS PRÉDIOS

Numeração de Portas dos prédios - (2013) -(Fotos retiradas da Internet de várias procedências) Postura Camarária, possivelmente já com algumas alterações no presente momento  in LISBOA ROTEIRO PROFISSIONAL

NUMERAÇÃO DE PORTAS DOS PRÉDIOS

Artigo 1º - A numeração das portas dos prédios em novos arruamentos ou nos actuais que o não tenham ou que se verifique irregularidades ou insuficiência de numeração, obedecerão às regras seguintes:

a) - Nos arruamentos com a direcção Norte Sul ou aproximadamente, começará de Sul para Norte; nos arruamentos com direcção nascente para poente, sendo designada por números pares à direita de quem segue para Norte ou Poente e por números ímpares à esquerda. 

b) - Nos LARGOS ou PRAÇAS será designada pela série de números inteiros no sentido do movimento dos ponteiros de um relógio a partir do prédio do gaveto poente do arruamento situado a SUL, preferindo no caso de dois  ou mais arruamentos nas mesmas circunstâncias o que estiver localizado mais a SUL.

c) - BECOS ou recantos será designada a série de números inteiros no sentido do movimento dos ponteiros do relógio a partir da entrada.

d) - Nas portas de gavetos a numeração será a que lhe competir no arruamento mais importante ou, quando o arruamento forem de igual importância, no que for designado pela Câmara.

&) - Único - Admite-se critério diferente do estabelecido na alínea a) deste artigo sempre que:

a) - Um arruamento seja fechado no lado em que deveria ser indicada a sua numeração.

b) - A abertura e urbanização de um arruamento seja pelo lado contrário ao acima estabelecido e sem que o seu prolongamento seja de difícil previsão sem tempo e traçado.

As presentes excepções devem constar da proposta de designação toponímica para que possam ser aplicadas.

Artigo 2º. - A cada prédio e por cada arruamento será atribuído um só número.

& 1º - Quando o prédio tenha mais de uma frente para o mesmo arruamento, todas as demais, além da que tem a designação da numeração predial, serão enumeradas com o referido número acrescido das letras seguindo a ordem do alfabeto.

& 2º - Nos arruamentos com terrenos susceptíveis de construção ou reconstrução de prédios, em que não haja possibilidade de prever o número a que se refere o paragrafo anterior, segue-se o critério de reservar um número para cada doze metros de arruamento.

Artigo 3º - A numeração predial abrange as portas confinantes com a via pública e que dêem acesso a prédios urbanos ou seus logradouros, construídos em arruamentos sob jurisdição Municipal.

Artigo 4º - Ao ser entregue na Câmara a licença de construção de um novo prédio ou de qualquer obra que origine a abertura de novas portas, deve o proprietário requerer simultâneamente a atribuição do número de polícia.

& 1º - Em relação aos prédios já construídos ou em curso de construção à data da publicação da presente postura, devem os proprietários requerer à Câmara a competente, numeração no prazo de trinta dias, indicando sempre que possível os números dos respectivos processos da obra e da licença de utilização.

& 2º - Não são dispensados de atribuição de números de polícia os edifícios oficiais e municipais.

Artigo 5º - Os proprietários ou seus representantes são obrigados a mandar colocar os números que lhe forem atribuídos antes da vistoria para efeitos de licença de utilização.

& 1º - Para o caso de prédios já construídos a que se refere o & 1º do Artigo 4º, os proprietários ou seus representantes, são obrigados a mandar colocar os números que lhe forem designados, no prazo de dezoito dias da data da notificação.

Artigo 6º - Os números da numeração predial, não poderão ter menos de dez centímetros, nem mais de quinze centímetros, serão de relevo sobre placas ou metal recortado, ou ainda pintados sobre as bandeiras das portas quando estas sejam em vidro. 

Artigo 7º - Os números serão colocados nos centros das vergas ou das bandeiras das portas e quando estas não tenham vergas, na primeira ombreira seguindo a ordem da manutenção.

& 1º - Os números das portas dos estabelecimentos comerciais ou industriais deverão harmonizar-se com os projectos arquitectónicos das fachadas aprovadas pela Câmara, sem prejuízo do disposto no Artigo 6º.

& 2º - Durante o período de construção dum prédio, as placas de números de polícia, previstas no Artigo 6º, embora bem explicitas, poderão ter carácter provisório de execução.

& 3º - Durante o período de construção, o número deverá ser colocado no centro do lote e na própria construção, andaime ou tapume, mas sempre em local bem visível, sendo contudo dispensada a colocação dos números a que se refere o & 1º do Artigo 2º.

Artigo 8º - Os proprietários dos prédios deverão conservar sempre em bom estado a numeração das portas, não sendo permitido colocar, retirar de qualquer modo alterar a numeração predial sem autorização da Câmara.

Artigo 9º - As infracções ao disposto nesta postura serão punidas com multa.

Artigo 10º - Esta postura entra em vigor quinze dias após a sua afixação nos lugares do costume de todas as freguesias do Concelho.

NOTAS FINAIS DE APS
(Esta postura poderá eventualmente já ter sido alterada ou modificada em algumas alíneas. Ela serve fundamentalmente para nos dar uma pálida ideia, quanto à orientação (linha mestra) de como se aplica um número de polícia num arruamento, e a orientação quanto à sua distribuição)

(PRÓXIMO - «RUA ALEXANDRE BRAGA [ I ] - A RUA ALEXANDRE BRAGA E O JORNALISTA PORTUENSE».