Largo de Andaluz - (1997) - Foto de Jorge Ribeiro - (O Viaduto sob a "AVENIDA FONTES PEREIRA DE MELO" , com outro viaduto dentro do ARCO, adaptado para a passagem do METRO) in ARCOS DE LISBOA
Largo de Andaluz - (195_) - (Foto de Judah Benoliel) - (O "VIADUTO DA AVENIDA FONTES PEREIRA DE MELO", com o BRASÃO da Cidade de LISBOA - no centro superior do ARCO -, vista da "RUA DE SÃO SEBASTIÃO DA PEDREIRA") in AML
Largo de Andaluz - (1947) - (Foto de Fernando Martinez Pozal) - (ARCO visto da "RUA DE SÃO SEBASTIÃO DA PEDREIRA" para o "LARGO DE ANDALUZ". Viaduto da "AVENIDA FONTES PEREIRA DE MELO", Arco encimado pelo BRASÃO do Município de LISBOA) (ABRE EM TAMANHO GRANDE) in AML
Largo de Andaluz - (191_?) (Foto de Alberto Carlos Lima) - (ARCO do VIADUTO da "AVENIDA FONTES PEREIRA DE MELO", que liga a "RUA DE SÃO SEBASTIÃO DA PEDREIRA" ao "LARGO DE ANDALUZ") (ABRE EM TAMANHO GRANDE) in AML
(CONTINUAÇÃO) - LARGO DE ANDALUZ [ V ]
«O VIADUTO DO "LARGO DE ANDALUZ"»
No VIADUTO sob a «AVENIDA FONTES PEREIRA DE MELO» ( 1 ) existe o "ARCO DE ANDALUZ" que se situa na junção da "RUA DE SÃO SEBASTIÃO DA PEDREIRA" e o "LARGO DE ANDALUZ".
Uma vez no "LARGO", convirá - por questão de homenagem aos antigos construtores de LISBOA - observar o VIADUTO que se abre sob a referida Avenida, dando para a "RUA DE SÃO SEBASTIÃO DA PEDREIRA e o "LARGO DE ANDALUZ".
O "fenómeno" é este: a obra tem hoje 118 (cento e dezoito anos), foi construído em 1898, e ninguém se lembra hoje de "HENRIQUE SABINO DOS SANTOS", funcionário da "CÂMARA MUNICIPAL DE LISBOA", principal responsável pelos trabalhos. Pois este viaduto, teoricamente construído para suportar carruagens e gente a pé, apanhou em cima com eléctricos, autocarros, automóveis, transito em doses maciças; por último, abriram-no para por lá passar o METROPOLITANO. E ali está - aparentemente sem esboroar, sem se queixar, sem fazer notar a sua idade... Dá vontade de comparar com obras recentes, mal inauguradas e já a meter água, enfim...
Trata-se de um ARCO de passagem de dimensão acima do habitual, que começou a ser construído em 1898 e concluído no ano de 1900, por iniciativa da "CÂMARA MUNICIPAL DE LISBOA".
Desenhou-o e executou-o o condutor de obras públicas dos serviços Municipais já referido, mas nunca é demais relembrá-lo "HENRIQUE SABINO DOS SANTOS".
Desde que o METROPOLITANO foi criado, este ARCO passou a ter uma particularidade ímpar, entre os vários Arcos existentes em LISBOA, ou seja de ser atravessado no "intradorso" pela via daquele novo meio de transportes público.
A instalação deste viaduto no interior do ARCO dá uma ideia da sua dimensão: e dizemos «uma ideia» porque não se consegue obter dos serviços da CML um corte da dita construção, a partir do qual nos tivesse sido possível colher a indicação acerca da altura. Quanto a medidas ao nível do solo - já acessíveis à nossas verificação directa - constatámos serem as seguintes: um "VÃO" de nove metros e meio e comprimento de "TÚNEL" quarenta metros. Retomando a questão da altura ela é suficientemente grande - como já assinalámos - por ter permitido o já citado lançamento do viaduto do METROPOLITANO através de duas aberturas praticamente nas faces laterais do "intradorso" do ARCO. Tivemos ocasião de ser informados pelo prestimoso e amável senhor Engº. BRAZÃO FARINHA - um dos responsáveis pela execução dos trabalhos levados a cabo nessa época pelo "METROPOLITANO E.P." - ter havido a preocupação de preservar o mais possível as obras realizadas, o que tanto quanto nos foi afirmado, se conseguiu plenamente. [ FINAL ]
- ( 1 ) - Arruamento de 1900 que homenageia o chefe do PARTIDO REGENERADOR. «ANTÓNIO MARIA FONTES PEREIRA DE MELO (1819-1887)», que presidiu o CONSELHO DE MINISTROS de 1876 a 1886, período que ficou conhecido pelo "FRONTISMO".
Esta artéria que faz a ligação da "PRAÇA MARQUÊS DE POMBAL" à "PRAÇA DO DUQUE DE SALDANHA", integra o projecto das AVENIDAS NOVAS, do ENGENHEIRO RESSANO GARCIA, aprovado em 1888 pela C.M.L.. Para permitir a abertura desta AVENIDA entre 1895 e 1900, foi necessário expropriar terrenos nas PICOAS e construir o "VIADUTO DE ANDALUZ", que regularizou a topografia acidentada do local.
BIBLIOGRAFIA
- 1 - ACTAS DA COM.MUNICIPAL DE TOPONÍMIA DE LISBOA - Ed. C.M.L.-2000-LISBOA.
- 2 - ARAÚJO, Norberto de - PEREGRINAÇÕES EM LISBOA-Liv. XIV-1993-LISBOA.
- 3 - ARCOS DE LISBOA-Texto JOSÉ SÁ E SILVA-Fotos JORGE RIBEIRO-INAPA-1997-LISBOA.
- 4 - AS FREGUESIAS DE LISBOA -Augusto Vieira da Silva-Ed. C.M.L.-1943-LISBOA.
- 5 - ATLAS DA CARTA TOPOGRÁFICA DE LISBOA - FILIPE FOLQUE-C.M.L.-2000-LX.
- 6 - DICIONÁRIO DA HISTÓRIA DE LISBOA-Dir. Francisco Santana e Eduardo Sucena-C.M.L. - 1994-LISBOA.
- 7 - FLORES, Alexandre M. -Chafarizes de Lisboa - INAPA-1999-LISBOA.
- 8 - LISBOA-Revista Municipal -Ed. C.M.L.-ANO XLV 2ª. Série Nº. 7-1º Trimestre-1984-LISBOA.
- 9 - LISBOA-REVISTA MUNICIPAL-Ed. CML-ANO XLIX-2ª. Série Nº. 24-2º Trimestre 1988-LISBOA.
- 10 - VIDAL, Angelina-LISBOA ANTIGA e LISBOA MODERNA-Ed. Vega-1994-LISBOA.
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