Rua dos Arameiros - (Rua de Alfandega,112-114) - (2000) Fotógrafo não identificado (Igreja Conceição Velha) in wikimaria.org.pt
Rua dos Arameiros - (s.d.) Foto Artur Pastor (Igreja Conceição Velha - Portal) in AFML
Rua dos Arameiros - (s.d.) Foto Artur Pastor (Igreja Conceição Velha - Portal) in AFML
Rua dos Arameiros - (1940-05) Foto Eduardo Portugal (Terreirinho das Farinhas antes da demolição, visto da Rua dos Arameiros) in AFML
Rua dos Arameiros - (1940) Foto Eduardo Portugal (Antiga Pensão doe Bicos) in AFML
Rua dos Arameiros - (entre 1898 e 1908) Fotógrafo não identificado (Esquina som a curiosa NAU) in AFML
A RUA DOS ARAMEIROS (Antiga Travessa dos Arameiros à Ribeira Velha), pertence à freguesia da MADALENA, tem início na Rua da Alfândega no número 92 e termina na Rua dos Bacalhoeiros no número 93.
Esta artéria liga a Rua dos Bacalhoeiros à Rua de Alfândega. Numa das esquinas da rua estavam talhadas na pedra "curiosas Naus", nas casas (hoje demolidas) que na altura serviam de comércio.
A designação de «ARAMEIROS» não temos qualquer elemento confirmativo, mas segundo nos propomos adiantar, devia tratar-se de um rua onde estavam instalados pessoas e lojas que negociavam artigos fabricados com arame.
Rua dos Arameiros - (entre 1898 e 1908) Fotografo não identificado in Arquivo Fotográfico Municipal de Lisboa
A RUA DOS ARAMEIROS (Antiga Travessa dos Arameiros à Ribeira Velha), pertence à freguesia da MADALENA, tem início na Rua da Alfândega no número 92 e termina na Rua dos Bacalhoeiros no número 93.
Esta artéria liga a Rua dos Bacalhoeiros à Rua de Alfândega. Numa das esquinas da rua estavam talhadas na pedra "curiosas Naus", nas casas (hoje demolidas) que na altura serviam de comércio.
Nos anos 40 do século XX, começou a demolição destes armazéns, casas de comércio e algumas habitações, denominado «Terreiro das Farinhas», para criar espaços na parte da frente da famosa «CASA DOS BICOS», embora só nas últimas décadas do século passado, tivesse a sua conclusão.
Neste espaço aberto, depois das demolições dos edifícios, foi projectado e realizado um terminal de Eléctricos, que tinham como carreira o «Nº 9A - RUA DE ALFÂNDEGA-POÇO DO BISPO». Lembro-me de algumas vezes ter ali apanhado esse transporte para Xabregas.
A designação de «ARAMEIROS» não temos qualquer elemento confirmativo, mas segundo nos propomos adiantar, devia tratar-se de um rua onde estavam instalados pessoas e lojas que negociavam artigos fabricados com arame.
Sabemos que no número 11, viveu e morreu João Pinto de Carvalho (TINOP), jornalista, escritor, olisipógrafo, (estudioso e interessado pelos temas sobre Lisboa) e colaborador do Grupo «AMIGOS DE LISBOA».
Em 12 de Março de 1944 foi colocado uma placa em sua homenagem nesta Rua dos Arameiros.
Próximo da Rua dos Arameiros, mas já na Rua de Alfândega, no número 112, existiu um templo chamado de Igreja da Misericórdia, datado do século XVI.
A Igreja da Misericórdia, foi mandada construir por D. Manuel, irmão da Rainha D. Leonor viúva de D.João II.
Este templo ocupava os chãos de vários edifícios públicos como: o Paço do Trigo, a Portagem, o Paço da Madeira, e, nesse local, foi erigido a casa para a Misericórdia, obra querida de sua irmã, inspirada por freire Miguel Contreiras.
A Igreja sofreu muitos danos com o terramoto de 1755, salvou-se o pórtico lateral da Igreja, (ainda de Nossa Senhora da Misericórdia) que foi promovida a fachada principal do novo templo, com a designação de Igreja da Conceição Velha, acrescentada com um frontão triangular.
O Pórtico com assinaláveis semelhanças ao do Mosteiro dos Jerónimos, é exemplo da transição do período Manuelino para o Renascimento.
Sabemos que o seu Portal e Janelão, de grande riqueza decorativa, integram elementos Barroco e Manuelino, reaproveitamentos da antiga Igreja e todo o seu interior é da época Pombalina.
(Sem podermos confirmar estas informações, consta que esta primitiva Igreja foi edificada após a extinção da Judiaria Grande e a sua Sinagoga foi incorporada e transformada para culto cristão em 1496).
"Numa das esquinas da rua estavam talhadas na pedra "curiosas Naus", nas casas (hoje demolidas) que na altura serviam de comércio."
ResponderEliminarEm algumas ruas da zona portuária existem ainda placas em mármore com imagens de navios à vela gravadas em baixo relevo. Entre 1985 e 1989, li um artigo, provavelmente no DN, sobre essas placas e sua função, mas não consigo mais localizá-lo. Poderia dar-me alguma informação sobre esse assunto? Muito obrigado.
Caro Anónimo
ResponderEliminarEfectivamente as naus existiram como se pode ver numa foto aqui publicada e existiram em variados sítios. Estou a lembrar-me do baixo-relevo do chafariz de Andaluz(1336), no chafariz de Arroios(1360)(que já publiquei) no chafariz de Xabregas(1955) ainda lá se encontrava, e muitos mais locais.
Quanto à função, deve estar ligado ao simbolismo religioso do início de Lisboa, nomeadamente com a chegada à capital das relíquias do mártir S. Vicente. Sabe-se que durante o percurso da nau esta tinha sido acompanhada por dois corvos, que nos aparece sempre nas embarcações de baixo-relevo, adoptado depois como representação das armas da cidade de LISBOA.
Possivelmente a sua colocação em lugares destacados na época, seria para determinar o território que pertencia a LISBOA, e o carisma da sua religiosidade.
Despeço-me com amizade
APS