Rua do Arsenal - (1986) Fotógrafo não identificado (Painel de azulejos do século XVIII) in Revista Municipal CML
(CONTINUAÇÃO)
Em 1913 a Irmandade passa a ser simplesmente uma Associação de Socorros Mútuos, perdendo o seu carácter religioso.
(CONTINUA) (Próximo- «O REGICÍDIO»
Rua do Arsenal - (1986) Fotógrafo não identificado (Tecto em abóbada, à esquerda a meio um cordeiro e sobre este uma coroa) in Revista Municipal CML
(CONTINUAÇÃO)
RUA DO ARSENAL
«A CAPELA DE S. ROQUE DO ARSENAL DA MARINHA»
As paredes são revestidas de seis painéis de azulejos do século XVIII (três em cada lado), a azul e branco, com cercaduras de flores amarelo e rosa, representando várias passagens da vida de S. Roque, assim descritas:
1-«NASCIMENTO DE S.ROQUE, NO QUAL SE VIU UMA CRUZ VERMELHA NO PEITO DO SANTO MENINO»;
2-«S.ROQUE SAÍDO DA SUA TERRA ENTROU NUM HOSPITAL, NO QUAL FEZ MARAVILHAS»;
3-«S.ROQUE FAZ O SINAL DA CRUZ NA TESTA DE UM CARDEAL, ESTE FERIDO SE PÔS BEM»;
4-«O SANTO VENDO QUE TODOS SE ESCUSAM A DAR-LHE ACOLHIMENTO SE RETIRA PARA UM BOSQUE»;
5-«ENTROU EM MONTEPELIER EM MISERÁVEL ESTADO, DE SORTE QUE DESCONFIARAM DELE E O PRENDERAM»;
6-«AQUI SE VÊ MORTO S. ROQUE DENTRO DA PRISÃO, ONDE O TIO O RECONHECE COMO SENDO SEU SOBRINHO».
Junto à Igreja fica a sacristia, onde esteve instalada a Caixa de Pensões dos Operários do Arsenal. No meio do tecto, estão pintadas as armas da Irmandade dos Carpinteiros Navais.
O pavimento é de boa madeira de duas cores. Na parte central, embutidas, uma elipse e uma estrela de madeira preta e crema (Ébano e Espinheiro).
Por cima da sacristia ficava a Casa do Despacho da Irmandade dos Carpinteiros Navais, local onde hoje funciona a chefia do Serviço de Assistência Religiosa.
O sino da Capela, na parte exterior, com ramagens lavradas, constitui uma peça interessante. No rebordo interior tem a seguinte inscrição: «Feito no Arsenal da Marinha no ano de 1822».
Em 1913 a Irmandade passa a ser simplesmente uma Associação de Socorros Mútuos, perdendo o seu carácter religioso.
De 1928 a 1955 neste espaço esteve instalado o Cofre da Providência dos Artistas Arsenalistas(1), sendo então recuperado para o culto e passado a funcionar nos anexos à Chefia do Serviço de Assistência Religiosa da Armada.
No anos de 1955, a Capela foi recuperada para o culto, recebendo, de novo a Cruz do século XVIII, o Santo Cristo de metal dourado com cruz e embutidos em madre pérola e um pano com as armas da Irmandade de S. Roque que se encontra na sacristia.
Assim, a Capela de S. Roque do Arsenal da Marinha, constitui no seu todo uma peça de arte notável do final do século XVIII, e é por assim dizer, com o "DIQUE" (que se encontra entulhado) e a fachada exterior do grande edifício da Marinha, o que resta do "Velho" Arsenal que ali funcionou até 1939.
(1)- ARSENALISTAS-Designação pela qual ficaram conhecidos os elementos mais radicais do Setembrismo.
BIBLIOGRAFIA
Revista Municipal CML Nº 16-2º trimestre de 1986
Samuel da Silva Lourenço
Pa. Manuel da Costa Amorim.
(CONTINUA) (Próximo- «O REGICÍDIO»
Caro amigo,
ResponderEliminarLi com atenção tudo qt escreveu sobre a Capela de S. Roque do Arsenal.
Venho dizer-lhe que os seus escritos estão desactualizados. Escontrará toda a informação sobre esta Capela e todas as Artes Decorativas nela presentes no livro "A Capela de S. Roque do Real Arsenal da Ribeira das Naus", Maria Luísa de Oliveira Guimarães, Lisboa, Comissão Cultural da Marinha, 2006.
Ao seu dispor para qualquer informação:
mloguimaraes@gmail.com
Saudações,
Luísag
Cara Luisa
ResponderEliminarEnviei hoje por e-mail a minha justificação.
Cumpts
APS
Caro Amigo Agostinho,
ResponderEliminarObrigada pelo seu contacto. Também já lhe respondi.
Estamos aqui para partilhar o que se vai descobrindo e assim fazer avançar o conhecimento.
Parabéns pelo blog. Visitei-o com toda a atenção. Gostei muito dos seus temas, das suas escolhas e das suas abordagens.
Saudações,
Luísa