Praça Duque da Terceira, 16 e 17 - (Início do século XX) Foto de Joshua Benoliel (Restaurante Café ROYAL) in AFML
Praça Duque da Terceira - (1949) foto de Mário Novais (Antiga Praça dos Remolares) in Arquivo Fotográfico Municipal de Lisboa
Praça Duque da Terceira - (1913?) Fotógrafo não identificado (Estátua do Duque e Grand Hotel Central à direita) in A Capital
Aqui as memórias são mais vagas e as referências subentendidas.
(CONTINUA) - (Próximo - O DESNIVELAMENTO DA RUA DO ALECRIM)
(CONTINUAÇÃO)
PRAÇA DUQUE DA TERCEIRA
«ZONA PORTUÁRIA»
«CATA-QUE-FARÁS» e «REMOLARES» como local central da zona portuária lisboeta, era natural que fosse também o sítio privilegiado de Lisboa para as mais famosas hospedarias, casas de pasto e tabacarias. Já outro estrangeiro, agora francês, autor da Descrição de Lisboa em 1730, refere-se a Remolares escrevendo: « as boas hospedarias, quase todas francesas, inglesas e holandesas são caríssimas. Na melhor, que é francesa, situada à beira do Tejo, num pequeno largo chamado Remolares, levam 6 francos por dia».
«CATA-QUE-FARÁS» e «REMOLARES» como local central da zona portuária lisboeta, era natural que fosse também o sítio privilegiado de Lisboa para as mais famosas hospedarias, casas de pasto e tabacarias. Já outro estrangeiro, agora francês, autor da Descrição de Lisboa em 1730, refere-se a Remolares escrevendo: « as boas hospedarias, quase todas francesas, inglesas e holandesas são caríssimas. Na melhor, que é francesa, situada à beira do Tejo, num pequeno largo chamado Remolares, levam 6 francos por dia».
O emaranhado de Ruas estreitas, juntas às margens do Tejo, lugar de marinheiros e gente das mais variadas nacionalidades e origens, era natural que o lugar fosse conhecido também por seus maus costumes.
Aqui as memórias são mais vagas e as referências subentendidas.
No século XVI Baltazar Teles fala de vários frequentadores do bairro de marinheiros, marítimos e outros. Quem seria os outros? Em 1668 o príncipe regente D. Pedro mandou tapar os becos da zona a fim de evitar que por ali se praticassem descaminhos de direitos. Já no século XIX a Câmara Municipal de Lisboa vê-se obrigada a tomar providências pois a falta de pudor transbordava a lugares de prestigio como o Terreiro do Paço, onde «mulheres das últimas classes pouco afeitas ao feio do pudor, e rapazes em completo estado de nudez, iam banhar-se em pleno dia no cais».
(CONTINUA) - (Próximo - O DESNIVELAMENTO DA RUA DO ALECRIM)
Permita-me uma correcção. D. Pedro II mandou entaipar os becos com «paredes de pedra e cal» por se obstar ao contrabando. Gomes de Brito dá conta disso e dá também conta de que a Câmara procurou contrariar a ordem pelo muito que prejudicava os moradores dos becos, muitos deles mercadores ou trabalhadores ligados à faina marítima do lugar e que asim ficavam com acesso vedado à praia. E asim ficaram.
ResponderEliminarCumpts. :)
Caro Bic Laranja
ResponderEliminarÉ sempre um prazer da minha parte receber um comentário seu, sobre as "Ruas de Lisboa". Só que desta vez não entendi a correcção.
Será que me poderia explicar melhor?
Despeço-me com amizade
APS
Pois é.
ResponderEliminar« Em 1668 o príncipe regente D. Pedro mandou tapar os becos da zona a fim de evitar que por ali se praticassem descaminhos de direitos.»
Estava lá perfeitamente claro e devo ter treslido e entendido já não sei o quê. Salva-se o complemento de a Câmara ter argumentado contra o Regente.
Abraço.