Praça D. Pedro IV (ROSSIO) - (2008) foto de APS (Estátua de D. Pedro IV no centro do ROSSIO e seu tapete ondulado) ARQUIVO/APS
Praça D. Pedro IV (ROSSIO) - (1862) - Fotógrafo não identificado (O ROSSIO no dia do casamento do rei D. Luís com D. Maria Pia, tendo sido colocada ao centro uma coluna evocativa) in AFML
Praça D. Pedro IV (ROSSIO) - (1858) - (Albumina de Amédée Lemaire de Ternante. Colecção Alcídia e Luís Viegas Belchior - (CPF/ANTT/MC) (Praça do Rossio ao fundo o Teatro D. Maria II e o "GALHETEIRO") in LXREVISITED
(CONTINUAÇÃO)
PRAÇA D. PEDRO IV (ROSSIO) [X]
«A ESTÁTUA A D. PEDRO IV - (1)»
Cedo quis o regime liberal auto glorificar-se com um monumento e, certamente por ser considerado o mais significativo espaço citadino, foi no «ROSSIO» que em 15.09.1821 foi lançada a primeira pedra a tal monumento.
Todavia a ideia não foi avante e, décadas volvidas em 17.07.1852, foi de novo lançada a pedra fundamental de outro monumento, agora em honra de D. Pedro (registe-se que a homenagem passou a dar nome à Praça em 1836), objecto de contundentes críticas, crismado popularmente do chamado «GALHETEIRO», não chegou a ser concluído e, depois de ter servido de base a coluna comemorativa do casamento de D. Pedro V com D. Estefânia em 1858, ainda foi utilizado para os festejos de outro casamento em 1862, entre o Rei D. Luís e D. Maria Pia.
As quatro estátuas que ornavam o pedestal, representando a «ÁFRICA», a «EUROPA», a «ÁSIA» e a «OCEÂNIA», encontram-se no Palácio de Queluz, em redor da estátua de «D. MARIA I», depois de terem passado pela «AVENIDA DA LIBERDADE». Finalmente o resto do conjunto foi mandado demolir em 25.02.1864.
A actual estátua de «D. PEDRO IV» e pedestal, escolhidos entre 87 projectos, foi inaugurada em 29.04.1870.
A concepção é dos franceses «ELIAS ROBERT» (escultor) e «JEAN DAVIOUD» (arquitecto), que venceram o concurso aberto a todos os pontos da Europa, mas a sua construção é de «GERMANO JOSÉ SALES».
Diz-nos o mestre «NORBERTO DE ARAÚJO»: "o pedestal é de mármore dos Montes Claros, e a Coluna Coríntia, canelada, foi arrancada de «PERO PINHEIRO», a base é de granito dos arredores do «PORTO».
Essas figuras nos ângulos da base do pedestal representam a «JUSTIÇA», a «PRUDÊNCIA», a «MODERAÇÃO», A «FORTALEZA»; quatro figuras, em baixo relevo, adornam a parte superior do fuste. O segundo envasamento é ornamentado com os escudos de dezasseis cidades do país.
E lá em cima, a 18 metros de altura, no bronze «eterno», «D. PEDRO IV», em general, coberto os ombros pelo «Régio manto», cabeça coroada de louros"(1).
(1) - Peregrinações em Lisboa, Volume XII página 68.
(CONTINUA) - (PRÓXIMO) - «PRAÇA D. PEDRO IV (ROSSIO) [XI] -A ESTÁTUA A D. PEDRO IV (2)»
Praça D. Pedro IV (ROSSIO) - (1858) - (Albumina de Amédée Lemaire de Ternante. Colecção Alcídia e Luís Viegas Belchior - (CPF/ANTT/MC) (Praça do Rossio ao fundo o Teatro D. Maria II e o "GALHETEIRO") in LXREVISITED
(CONTINUAÇÃO)
PRAÇA D. PEDRO IV (ROSSIO) [X]
«A ESTÁTUA A D. PEDRO IV - (1)»
Cedo quis o regime liberal auto glorificar-se com um monumento e, certamente por ser considerado o mais significativo espaço citadino, foi no «ROSSIO» que em 15.09.1821 foi lançada a primeira pedra a tal monumento.
Todavia a ideia não foi avante e, décadas volvidas em 17.07.1852, foi de novo lançada a pedra fundamental de outro monumento, agora em honra de D. Pedro (registe-se que a homenagem passou a dar nome à Praça em 1836), objecto de contundentes críticas, crismado popularmente do chamado «GALHETEIRO», não chegou a ser concluído e, depois de ter servido de base a coluna comemorativa do casamento de D. Pedro V com D. Estefânia em 1858, ainda foi utilizado para os festejos de outro casamento em 1862, entre o Rei D. Luís e D. Maria Pia.
As quatro estátuas que ornavam o pedestal, representando a «ÁFRICA», a «EUROPA», a «ÁSIA» e a «OCEÂNIA», encontram-se no Palácio de Queluz, em redor da estátua de «D. MARIA I», depois de terem passado pela «AVENIDA DA LIBERDADE». Finalmente o resto do conjunto foi mandado demolir em 25.02.1864.
A actual estátua de «D. PEDRO IV» e pedestal, escolhidos entre 87 projectos, foi inaugurada em 29.04.1870.
A concepção é dos franceses «ELIAS ROBERT» (escultor) e «JEAN DAVIOUD» (arquitecto), que venceram o concurso aberto a todos os pontos da Europa, mas a sua construção é de «GERMANO JOSÉ SALES».
Diz-nos o mestre «NORBERTO DE ARAÚJO»: "o pedestal é de mármore dos Montes Claros, e a Coluna Coríntia, canelada, foi arrancada de «PERO PINHEIRO», a base é de granito dos arredores do «PORTO».
Essas figuras nos ângulos da base do pedestal representam a «JUSTIÇA», a «PRUDÊNCIA», a «MODERAÇÃO», A «FORTALEZA»; quatro figuras, em baixo relevo, adornam a parte superior do fuste. O segundo envasamento é ornamentado com os escudos de dezasseis cidades do país.
E lá em cima, a 18 metros de altura, no bronze «eterno», «D. PEDRO IV», em general, coberto os ombros pelo «Régio manto», cabeça coroada de louros"(1).
(1) - Peregrinações em Lisboa, Volume XII página 68.
(CONTINUA) - (PRÓXIMO) - «PRAÇA D. PEDRO IV (ROSSIO) [XI] -A ESTÁTUA A D. PEDRO IV (2)»
O 'anedotário' lisboeta diz que a estátua de D.Pedro IV não será a do Rei português, mas a do Imperador mexicano Maximiliano, acabado de ser fuzilado no seu país, e que, na altura, passava em efígie e em trânsito pelo porto de Lisboa.
ResponderEliminarRazões economicistas e de desenrascanço terão aproveitado o facto e a estátua,... pois ninguém "notaria" a substituição!
O "ADN" do bronze pouco importa, mas é pena que desde há muito não precisemos dos 'de fora' para nos diminuir, pois sózinhos temos 'aptidão' para isso,... e muito mais!...
A contrapor, S.Bernardo de Claraval
deu-nos Certificado de Garantia Nacional Perpétua, o que 'cortará' todos os 'maus-olhados'
dos profetas da desgraça de outros tempos e... dos de hoje também!
Para além do anedotário, lendário ou não, gostava de uma opinião mais patriótica e verdadeira...
Caro César Ramos
ResponderEliminarA opinião mais patriótica e verdadeira... (segundo a minha opinião), terá no Capítulo (2) a publicar no próximo Domingo (19.07.09).
Um abraço
APS
Agora fico curiosa, domingo cá estarei.
ResponderEliminarPS: De que forma é que podemos proteger as nossas fotos?
Cara Luisa Moreira
ResponderEliminarPeço imensa desculpa, mas também eu gostava de saber.
Como já deve ter reparado as fotos (APS) até são publicadas com grande resolução.
Mas estou convencido que um dia vou saber!
Cumprimentos
APS
Caro Amigo:
ResponderEliminarTem possibilidade de ma dar de novo o nome e autor do livro que me referiu no ano pasado e que tem o título de História dos Conventos...."
Vejo que continua a alimentar o seu blogg com muito material de interesse! Parabéns pelo esforço !
vascoantunes@net.sapo.pt
Caro amigo Cesar Ramos: Recentemente a revista TimeOut publicou um artigo pequeno sobre essa dúvida que envolve e emsombra a estatua de D. Pedro IV do rossio. Esse artigo referia que o gabinete de estudos olisiponenses da CML teria feito um estudo (que incluiu fotos de pormenor) da estátua e iconografia, tendo concluido que o manto, os botões da farda e as medalhas exibiam todas as armas da coroa portuguesa !
ResponderEliminarFim de uma história que de boca em boca vai e que de tanto se repetir passa a verdadeira, sendo contudo falsa, á semelhança de outras! Um contacto com o GEO da CML, poderia trazer mais luz ao assunto, até porque a Time Out também se pode ter enganado, embora eu dúvide!
cump de VCA
Caro Vasco Antunes
ResponderEliminarVou responder por e-mail.
Um abraço
APS
Só uma pequena correção: Germano José de Salles e não Germano José Sales.
ResponderEliminarCumprimentos
Caro Anónimo
ResponderEliminar«GERMANO JOSÉ DE SALLES» (em princípio parece não ser nome português), no entanto «GERMANO JOSÉ SALES» dá-nos mais a ideia de ser um patriota que completou a construção do monumento.
Se não for muito o incómodo, gostava que ficasse aqui representada a sua fonte, para futuros visitantes da página em referência.
O meu muito obrigado pela sua observação.
Volte sempre.
Cumprimentos
APS