sábado, 5 de junho de 2010

RUA LUÍSA TODI [ II ]

Rua Luísa Todi - (s/d) Autor não identificado (Retrato de Luísa Todi) in BATGUANO
Rua Luísa Todi - (1966) - Foto de Armando Serôdio (Convento de S. Pedro de Alcântara actual Recolhimento de Orfãs, esquina com a Rua Luísa Todi) in AFML

Rua Luísa Todi - (Entre 1898 e 1908) Fotógrafo não identificado (Um troço da Rua Luísa Todi ) in AFML


Rua Luísa Todi - (Entre 1898 e 1908) Fotógrafo não identificado (A Travessa da Estrela, hoje Rua Luísa Todi) in AFML
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(CONTINUAÇÃO)
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RUA LUÍSA TODI [ II ]
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«LUÍSA TODI ( 1 )»
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Foi assinalado no ano de 2o03 em Lisboa os 250 anos do nascimento da cantora «LUÍSA TODI» (LUÍSA ROSA DE AGUIAR), nasceu em SETÚBAL na «RUA DA BRASILEIRA» no dia nove de Janeiro de 1753. A sua terra natal não esqueceu a efeméride e, de um modo geral, várias iniciativas a assinalaram com relevo para a edição de um livro sobre a artista, obra do musicólogo «MÁRIO MOREAU».
Luísa, ainda com muito pouca idade, acompanhou seu pai, um professor de música, na vinda para Lisboa, juntamente com suas irmãs. Cedo entrou no mundo musical. Foi, porém, o seu casamento com o italiano «FRANCESCO TODI», rabequista da Real Câmara e do «TEATRO DO BAIRRO ALTO» que, conhecendo bem os seus recursos vocais e talento dramático, a entusiasmou para o teatro lírico, trazendo-lhe depois a internacionalização e a consagração.
Estudando música e canto primeiro com seu marido, depois com o compositor «DAVID PERES», veio a obter grandes triunfos no estrangeiro.
Se «LONDRES» não se lhe rendeu totalmente, outro tanto não sucedeu com «MADRID», «PARIS», «TURIM», «VIENA», BERLIM», «S.PETERSBURGO», a EUROPA em geral.
A Imperatriz «CATARINA II», verdadeira Mecenas de artistas, convidou-a para um contrato em exclusivo na Corte Russa. A tal respeito, não faltaram mais tarde os inevitáveis mexericos provocados pela inveja, dizendo alguns que a cantora portuguesa tinha tal influência na Czarina que só era beneficiado quem ela indicasse. O habitual, em toda a parte e em todos os tempos...
Curiosamente, porém, contava o Conde «WALAWESKI», no seu «ROMANCE DE UMA IMPERATRIZ» que «CATARINA» tinha uma audição defeituosa e nem sequer apreciava especialmente a música, embora não o confessasse geralmente. Quanto às relações entre a Imperatriz e a Cantora, diz o mesmo autor que a primeira contava que por vezes encontrava «MADAME TODI» em passeio. "Ela beija-me as mãos e eu beijo-a na face; os nossos cães farejam-se, ela toma o seu debaixo do braço, eu chamo os meus e seguimos os nossos caminhos".
Apesar desta aparente indiferença, o certo é que a Czarina não dava a qualquer pessoa a importância de a "Beijar na face". E, além disso, acrescentava que "quando canta, ouço-a, aplaudo-a e sentimo-nos bem a conversar as duas".
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(CONTINUA) - (PRÓXIMO) - «RUA LUÍSA TODI [ III ] - LUÍSA TODI (2)»

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