Rua das Flores - (2008) Foto de APS (Rua das Flores vista da parte Norte) in ARQUIVO/APS
Rua das Flores - (2000) (Lamploo2000) (Um troço da Rua das Flores) in SKYSCRAPERCITY
A possível interpretação da «CALÇADA DE CATA-QUE-FARÁS» é citada em finais do século XV em documento anterior a 1493, indicando a ordem de como haviam de desfilar os ofícios da Cidade na festa do «CORPO DE DEUS», onde figuravam "os pescadores de Cata-que-farás". Não se sabe qual a origem e o significado deste nome tão vetusto nesta localidade. Sabemos que se tratava de uma artéria em forma mais ou menos de meio círculo, que nascia onde hoje podemos encontrar o «LARGO DOS STEPHENS», obliquava num largo, e dava a parte de cima à «TRAVESSA DO CONDE», atravessava o lugar onde se ergue esse grande quarteirão, entre as actuais «TRAVESSA DO ALECRIM» e a «RUA DO ATAÍDE», para vir findar no topo da antiga «RUA DO CONDE» actual «RUA DO ALECRIM». Neste traçado de meio circulo ficava ligada nas extremidades por uma serventia de nome «CALÇADINHA DA PACIÊNCIA».
Rua das Flores - (1940) Desenho do Engº A. Vieira da Silva (Estampa I de "MURALHAS DA RIBEIRA DE LISBOA" - 3ª Ed. - Volume I) (O traçado e dizeres a preto corresponde à actualidade, a vermelho representa o sítio antes do Terramoto de 1755) in PUBLICAÇÕES CULTURAIS DA CÂMARA MUNICIPAL DE LISBOA.
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RUA DAS FLORES [ I ]
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«A RUA DAS FLORES ( 1 )»
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A «RUA DAS FLORES» pertence a duas freguesias.
À freguesia de «SÃO PAULO» do número um a vinte e nove, e do número dois a trinta e dois. À freguesia da «ENCARNAÇÃO» do número trinta e um e do número trinta e quatro em diante.
Começa na «RUA DE SÃO PAULO» no número 58 e termina na «PRAÇA LUÍS DE CAMÕES» no número 5.
A «RUA DAS FLORES» é atravessada pela «RUA DO ATAÍDE» e de Sul para Norte está ligada à «TRAVESSA DO ALECRIM»no seu lado direito e pelo «LARGO DOS STEPHENS» no seu lado esquerdo. Mais um pouco para cima e do mesmo lado encontramos o «BECO DOS APÓSTOLOS» (ver mais aqui). No número 65 desta rua começa a «TRAVESSA DE GUILHERME COSSOUL» antiga (TRAVESSA DO SEQUEIRO DAS CHAGAS) e imediatamente a seguir o «LARGO BARÃO DE QUINTELA» que fica entre a «RUA DAS FLORES» e a «RUA DO ALECRIM», o que resta da rua, para Norte, finaliza na «PRAÇA LUÍS DE CAMÕES».
Embora se desconheça a data exacta deste topónimo, sabe-se que a «RUA DAS FLORES» já existia antes do Terramoto de 1755.
A «RUA DAS FLORES» era a continuação da «TRAVESSA DO CONDE» com início nessa época, no espaço onde hoje se cruza a «RUA DO ATAÍDE» e encaminhava-se (tal como hoje) para Norte. (Ver mais detalhado no mapa do Engº A. Vieira da Silva, aqui publicado).
A «TRAVESSA DO CONDE» por sua vez estava ligada à «CALÇADA DE CATA-QUE-FARÁS» e esta convergia com a antiga «RUA DIREITA DE SÃO PAULO», hoje «RUA DE SÃO PAULO».
A possível interpretação da «CALÇADA DE CATA-QUE-FARÁS» é citada em finais do século XV em documento anterior a 1493, indicando a ordem de como haviam de desfilar os ofícios da Cidade na festa do «CORPO DE DEUS», onde figuravam "os pescadores de Cata-que-farás". Não se sabe qual a origem e o significado deste nome tão vetusto nesta localidade. Sabemos que se tratava de uma artéria em forma mais ou menos de meio círculo, que nascia onde hoje podemos encontrar o «LARGO DOS STEPHENS», obliquava num largo, e dava a parte de cima à «TRAVESSA DO CONDE», atravessava o lugar onde se ergue esse grande quarteirão, entre as actuais «TRAVESSA DO ALECRIM» e a «RUA DO ATAÍDE», para vir findar no topo da antiga «RUA DO CONDE» actual «RUA DO ALECRIM». Neste traçado de meio circulo ficava ligada nas extremidades por uma serventia de nome «CALÇADINHA DA PACIÊNCIA».
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(CONTINUA) - (PRÓXIMO) - «RUA DAS FLORES [ II ] - A RUA DAS FLORES (2)».
Meu caro APS,
ResponderEliminarComeço por felicitá-lo pelo novo look do seu blog, que está um espanto!
O seu trabalho 'brilha' ainda mais e valoriza o design que o blogger oferece!
Conheço tão bem a Ruas das Flores e nunca tinha visto a linda placa toponímica!
Obrigado, também, por essa foto.
Veio à ideia a obra 'A tragédia da Rua das Flores', do Eça, livro demasiado vanguardista para a época, dado o tema - um incesto entre mãe e filho!
Depois de correr meio mundo, foi ao fundo dessa rua que, num antigo armazém desmantelador de navios, encontrei um relógio de cabine da marinha. Só existiam imitações a pilhas, e a herdeira do tal Armazém levou-me uma 'tuta & meia' por um belo relógio de corda de 10 polegadas. Insisti com a senhora para me aceitar mais dinheiro, mas, que não, que estava bem assim: 12 contos, quando eu estava preparado para um mínimo de 40!
Antes que houvesse outra 'tragédia' na rua das flores, agradeci-lhe muito e, fui para casa pendurá-lo onde ainda se encontra.
Não fui da Marinha mas, tenho paixão por utensílios náuticos.
Está na HORA de o deixar em paz, e despeço-me com um grande abraço.
César
Caro César Ramos
ResponderEliminarComeço também por lhe agradecer as suas sempre gentis palavras, a este blogue. Fazemos o que podemos, e o que nos proporcionam as novas técnicas, sempre limitados aos nossos recursos técnicos e humanos.
Quanto à "Tragédia da Rua das Flores" irei aflorar um pouco (mais à frente), para não enfadar muito os leitores.
Já fui um entusiasta de tudo que se relacionasse com barcos. Miniaturas, modelos para armar e pintar, livros, muitos livros e estampas. O meu interesse ia desde barcos antigos, de pesca, cacilheiros,aos grandes barcos a vapor e de guerra. Ainda tenho alguns livros sobre a origem de algumas embarcações, o resto tenho oferecido a familiares. Permanece uma colecção de selos com o tema "BARCOS" que mantenho religiosamente.
Igualmente não fui da marinha, embora tenha uma "costela" de marinheiro, relação vinda do meu avô materno.
Renovo os meus agradecimentos, na expectativa de poder merecer no futuro, o apreço e dedicação da pessoa como o amigo César.
Um abraço
APS