Rua das Flores (Ant. 26.07.2001) Fotógrafo não identificado (Estátua da "VERDADE" em lioz do escultor "ANTÓNIO TEIXEIRA LOPES") in PESSOALISSIMO
Rua das Flores - (1980) Fotógrafo não identificado (Largo do Barão de Quintela e estátua de EÇA com a "VERDADE") in A TRAGÉDIA DA RUA DAS FLORES
Rua das Flores - (Post. 1903) Foto de Paulo Guedes - (A estátua da "VERDADE" ainda em pedra lioz, no início do século XX no Largo do Barão de Quintela) in AFML
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(CONTINUAÇÃO)
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RUA DAS FLORES [ IV ]
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«ESTÁTUA DA "VERDADE"»
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Esta estátua concebida de acordo com os modelos do romantismo, inspira-se na frase "SOBRE A NUDEZ FORTE DA VERDADE O MANTO DIÁFANO DA FANTASIA", retirada da obra de «EÇA DE QUEIROZ» do livro «A RELÍQUIA».
«ANTÓNIO TEIXEIRA LOPES» o escultor, convoca a nossa atenção para a dinâmica existente entre o escritor e a respectiva obra. Realismo, descritivo e considerado um dos renovadores da prosa portuguesa, serve-se da imaginação para dar corpo a uma obra crítica, de forte pendor irónico a questionar continuamente os valores estabelecidos.
«ANTÓNIO TEIXEIRA LOPES» o escultor, convoca a nossa atenção para a dinâmica existente entre o escritor e a respectiva obra. Realismo, descritivo e considerado um dos renovadores da prosa portuguesa, serve-se da imaginação para dar corpo a uma obra crítica, de forte pendor irónico a questionar continuamente os valores estabelecidos.
É pois na relação entre criador e obra que o escultor nortenho concebeu a peça, destinada a corresponder à vontade da homenagem, por parte de outros homens das letras.
Deste modo o autor de várias obras entre elas «A TRAGÉDIA DA RUA DAS FLORES» é representado na pedra com toda a fidelidade imagética, enquanto que a figura feminina, alegórica ao espírito criativo, sedutora e seduzida, impõe-se pelo naturalismo de tratamento e de grande sensualidade, em abandono ao seu "protector".
«ANTÓNIO TEIXEIRA LOPES» dá corpo à metáfora literária, representada na alegoria de um nu feminino e sensual, apenas parcialmente coberto por um panejamento transparente, de grande elegância e naturalista, contrasta com a interpretação realista da figura de «EÇA DE QUEIROZ».
«ESTÁTUA»
Original em lioz da autoria de «ANTÓNIO TEIXEIRA LOPES (filho)- (1866-1942)», inaugurada em 1903, no «LARGO DO BARÃO DE QUINTELA».
O original, alvo de constantes actos de vandalismo, foi removido para o «MUSEU DA CIDADE DE LISBOA» no «CAMPO GRANDE» no ano de 2001.
Para o seu lugar, veio uma réplica em bronze, no dia 26 de Julho de 2001.
(CONTINUA) - (PRÓXIMO) - «RUA DAS FLORES [ V ] - LARGO DO BARÃO DE QUINTELA E PALÁCIO QUINTELA»
Que tristeza ter que se encerrar longe da vista estes tesouros por a civilização ainda não ter chegado a todo o lado.
ResponderEliminarCaro Ricardo Moreira
ResponderEliminarTem toda a razão no que diz.
Abraço
APS