quarta-feira, 13 de outubro de 2010

AVENIDA DA LIBERDADE [ XI ]

Avenida da Liberdade - (Post. 1959) Foto de Luís Filipe de Aboim Pereira (Estátua de António Feliciano de Castilho na Avenida da Liberdade, inaugurada em 1952) in AFML
Avenida da Liberdade - (Post. 1952) Foto de Cláudio Madeira (Estátua de António Feliciano de Castilho na Avenida da Liberdade) in AFML

Avenida da Liberdade - (1952) - Fotógrafo não identificado (Estátua de António Feliciano de Castilho na Avenida da Liberdade) in AFML

Avenida da Liberdade - (Entre 1900 e 1945) Foto de José Artur Leitão Bácio - Gravura - (António Feliciano de Castilho) in AFML


(CONTINUAÇÃO)
AVENIDA DA LIBERDADE [ XI ]
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«ESTATUÁRIA NA AVENIDA (2) - ANTÓNIO FELICIANO DE CASTILHO»
Estátua de mármore sobre plinto de pedra, com 2,88 metros, foi executada pelo mestre «LEOPOLDO DE ALMEIDA» em 1948.
A estátua do poeta ultra-romântico de nome «ANTÓNIO FELICIANO DE CASTILHO» está situada na «AVENIDA DA LIBERDADE» no cruzamento com a «RUA ALEXANDRE HERCULANO», foi inaugurada em 27 de Maio de 1950, fazendo parte das quatro estátuas que integram o conjunto dedicado a escritores do século XIX, e apontam os extremos dos talhões desta avenida.
«ANTÓNIO FELICIANO DE CASTILHO (1800-1875)» ficou conhecido pela polémica que manteve com «ANTERO DE QUENTAL» e a corrente realista, a propósito dos cânones da literatura:
A formação de «CASTILHO» foi inspirada pelos clássicos, talvez devido à influência do seu irmão «AUGUSTO», pároco em «CASTANHEIRA DO VOUGA», e foi a beleza formal, o ritmo e a cadência das palavras, que lhe prendeu a atenção.
Os seus poemas «A NOITE DO CASTELO» e «OS CIÚMES DO BARDO», publicados em 1836 e 1838, contêm todos os ingredientes do "ultra-romantismo", como sejam o mistério, o ambiente feudal, a vingança violenta, o ciúme, o amor fatídico, a morte.
A sua actividade de tradutor, porém, mereceu louvores, quer pela fidelidade aos originais, quer pela linguagem usada na tradução. Se a tradução parece ter sido o seu melhor oficio, foi porém na literatura que conheceu êxito, tornando-se já em fim de carreira, no mestre da literatura oficial.
Foi nomeado para cargos estatais, exerceu aquilo que foi considerada uma "tirânica" influência na produção literária do seu tempo, apadrinhando apenas os escritores que partilhavam das suas opções altamente conservadoras.
Foi precisamente contra o seu magistério e as suas ideias que «ANTERO DE QUENTAL» e os seus companheiros de COIMBRA mantiveram a mais célebre polémica literária do nosso país, que ficou registada para a história como "A QUESTÃO COIMBRÃ".
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(CONTINUA) - (PRÓXIMO) - «AVENIDA DA LIBERDADE [ XII ] - ESTATUÁRIA NA AVENIDA ( 3 ) - OLIVEIRA MARTINS»

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