quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

RUA BRANCA DE GONTA COLAÇO [ II ]

Rua Branca de Gonta Colaço - (1943) (Autor da capa não identificado) (Capa do livro de Branca de Gonta Colaço e Maria Archer "MEMÓRIAS DA LINHA DE CASCAIS" in PARCERIA ANTÓNIO MARIA PEREIRA

Rua Branca de Gonta Colaço - (200_) foto de Alcino Santos & Silva (Um troço da Rua Branca de Gonta Colaço no Bairro de Alvalade, prédio acabado de ser reparado) in ALCINO SANTOS & SILVA


Rua Branca de Gonta Colaço - (1908) - Autor da fotografia não identificado (Branca de Gonta Colaço publicado in OCIDENTE nº. 1057, de 10 de Maio de 1908, p. 114) in OEIRAS COM HISTÓRIA

Rua Branca de Gonta Colaço - (1905 e 1916) (Detalhe do painel de azulejos intitulado "EGAS MONIS", apresentando-se com sua mulher e filhos, ao rei de Leão "Século XII", de JORGE COLAÇO, que se encontra na Estação ferroviária de S. BENTO no PORTO) in MEMÓRIAS E ARQUIVOS DA FÁBRICA DE LOIÇA DE SACAVÉM


(CONTINUAÇÃO).

RUA BRANCA DE GONTA COLAÇO [ II ].

«A RUA BRANCA DE GONTA COLAÇO ( 2 )».

O casal (Banca e Jorge) morou, com seus filhos ("TOMÁS RIBEIRO COLAÇO", que viria a ser um excelente escritor e "ANA DE GONTA COLAÇO" que se revelaria uma magnifica escultora) na «ROCHA DO CONDE DE ÓBIDOS», no Palacete que é hoje pertença da «CRUZ VERMELHA PORTUGUESA».
Dali mudaram-se para a «ESTRADA DA LUZ», para uma casa com terreno em volta.

A poetisa, dando largas ao seu gosto, plantou e fez plantar muitos arbustos e espécies várias. Um temporal, porém, tudo arrancou; só as canas ficaram, erectas e impassíveis. «BRANCA DE GONTA COLAÇO» dizia, com graça fina, que passaria a ser a «MORGADINHA DOS CANAVIAIS».

Dotada de optimismo e gosto pela vida, esses sentimentos transparecem nos seus livros de versos "MATINAS" (1907), "HORA DA SESTA" (1918-1919) e até nas peças teatrais do "AUTO DOS FAROLEIROS" (1921) e "PORQUE SIM". Em 1930 tinha publicado «AS MEMÓRIAS DA MARQUESA DE RIO MAIOR» saindo no ano de 2005 uma nova edição, com prefácio de «MARIA FILOMENA MÓNICA».

Publicou, também, em 1943 (dois anos antes da sua morte) a deliciosa obra «MEMÓRIAS DA LINHA DE CASCAIS» em que é co-autora com «MARIA ARCHER» que conforme a sua autora nos diz: "Este livro tem uma única pretensão - tornar mais conhecido e mais querido o rosário de povoações escalonadas ao longo da linha de CASCAIS.(...) Serve o livro para mostrar aos viajantes da linha de Cascais que a cenografia deslumbrante deste trecho da terra portuguesa foi criada nos nossos tempos, palmo a palmo, conforme a vaga mundana, impulsionada pela moda, se ia espraiando e deslocando ao longo da costa".

Ainda o espantoso estará nesta mulher suave, ter sido uma combativa prosadora nos jornais.

Monárquica por convicção e educação, escreveu principalmente no jornal «O DIA», dirigido por «MOREIRA DE ALMEIDA», e foi a principal colaboradora de seu marido na redacção do semanário «O TALASSA».

É assim descrita esta poetisa: "NUMA MÃO, A LIRA; NA OUTRA, A PENA AFIADA".


(CONTINUA) - (PRÓXIMO) - «RUA BRANCA DE GONTA COLAÇO [ III ] - A RUA BRANCA DE GONTA COLAÇO (3)»

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