sábado, 25 de fevereiro de 2012

RUA AUGUSTA [ XV ]

Rua Augusta - (2011) -Foto de José Espada Feio (As alegorias do "ARCO DA RUA AUGUSTA") in JOSÉ LUÍS ESPADA FEIO
Rua Augusta - (2005) Foto de Manuel Santos (Arco Triunfal da "RUA AUGUSTA" em Lisboa) in ÍCONES DE PORTUGAL
Rua Augusta - (2001) Foto de autor não identificado (O Arco da "RUA AUGUSTA" in ASK
Rua Augusta - (1996) Foto de Jorge Ribeiro (O arco da "RUA AUGUSTA" pormenor da parte superior) in ARCOS DE LISBOA
Rua Augusta - (1953) Foto de Kurt Pinto (O arco da "RUA AUGUSTA" in AFML
Rua Augusta - (1910) Foto Joshua Benoliel (O arco da "RUA AUGUSTA" in AFML

(CONTINUAÇÃO) - RUA AUGUSTA [ XV ]

«O ARCO TRIUNFAL DA RUA AUGUSTA (3)»

Depoimento de «GUSTAVO DE MATOS SEQUEIRA» (1880-1962) sobre o "ARCO TRIUNFAL" publicado no livro - LISBOA HISTÓRIAS E MEMÓRIAS de «MARIA JOÃO JANEIRO, página 248.
"O ARCO TRIUNFAL", que dá entrada para a cidade, só terminado em 1873, ressente-se do adiantado da época em que foi rematado. A parte superior, carregada de ornatos, já não corresponde à nobre simplicidade da parte antiga, mas ainda assim não conseguiu desmanchar o conjunto, tão soberanamente belo e nobre".

Diz-nos também «NORBERTO DE ARAÚJO» (1883-1952) nas suas «LEGENDAS DE LISBOA» sobre "O ARCO TRIUNFAL" o seguinte: "Deram-lhe um «ARCO TRIUNFAL», Lisboa não o tinha. Suspensos sobre o grande bufete negro, os colaboradores do «CONDE DE OEIRAS» concebiam a cidade nova. Davam asas à Fénix derrancada. O primeiro ministro, o «MARQUÊS DO ALEGRETE», o «DUQUE DE LAFÕES», «CRUZ SOBRAL» - sonharam o mesmo sonho. O Terreiro do Paço da Ribeira seria o magnifico átrio de LISBOA. Arrasadas em poucos minutos a «CASA DA ÍNDIA», a ARMARIA, o FORTE DA VEDORIA, as CASAS DE CEUTA, o Paço sumptuoso - todo o esplendor dionisíaco da Ribeira - havia que construir obra nova e grandiosa.
Os minúsculos «ARCOS DOS PREGOS» e dos «BARRETES» da LISBOA velha - ficariam apenas na memória das estampas.
«EUGÉNIO DOS SANTOS» recebeu o encargo de traçar o Terreiro que havia de deslumbrar a EUROPA. E o arquitecto, que concebera a PRAÇA num eflúvio de harmonia e beleza, arrancou da fértil imaginação, forçando a geometria sistemática da reedificação - o «ARCO DO TRIUNFO».

(CONTINUA) - (PRÓXIMO) - «RUA AUGUSTA [ XVI ] - O BANCO ESPÍRITO SANTO ( 1 )»

4 comentários:

  1. Caro Agostinho

    Era minha intenção deixar um comentário global a mais esta série de artigos acerca da Rua Augusta.
    Porém este pormenorizado trabalho acerca do Arco Triunfal da Rua Augusta, leva-me desde já a felicitá-lo.
    Muito bom!
    E vou lendo o que ainda está para ser publicado ...

    Um abraço

    José Leite

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  2. Caro José Leite

    Mais uma vez agradecido pelo seu comentário.
    Pena é que a maioria dos portugueses olhe para esta obra, sem saber o que ela simboliza.

    Um abraço
    APS

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  3. Caro Agostinho

    Gostava de acrescentar, se não se importar, que o relógio deste Arco Monumental, colocado no alçado da Rua Augusta tem, a «mão» de Manuel Cousinha fundador da "Boa Construtora" em 1930, fabricante de relógios monumentais e carrilhões em Almada.
    O relógio data de 1941, altura em que ainda não tinha corda automática, pelo que necessitava de funcionários que, algumas vezes por semana, lhe dessem corda e o acertassem.
    Mais tarde, Manuel Francisco Cousinha, inventou um mecanismo de corda automática que tinha por base o mercúrio. Mesmo assim, por questões climáticas, como a humidade e, também, a falta de verbas para manutenção, o relógio foi-se degradando e, além de parar constantemente, atrasava-se ou adiantava-se.
    Este relógio em 2007 foi totalmente recuperado e posto de novo a funcionar por Luís Manuel Cousinha, neto do fabricante do mecanismo e seguidor dos passos do avô e do pai. Esta recuperação e restauro ficou a dever-se ao mecenato da “Torres Distribuição”, à marca de relógios suiça “Jaeger-le-Coultre” e o Igespar (Instituto para a Gestão do Património).

    Abraço

    J. Leite

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  4. Caro José Leite

    Obrigado pela sua excelente dissertação sobre o relógio da «RUA AUGUSTA».
    Também eu, quando jovem me orientava por esse relógio e igualmente pelo da hora "legal" no «CAIS DO SODRÉ».
    No início dos anos 50 era luxo ter relógio, o meu primeiro só aconteceu em 1954, já com 18 anos. Hoje é tudo diferente... a juventude tem muito cedo o seu telemóvel.
    Um abraço
    APS

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