Rua Augusta - (Depois de 2001) Foto de autor não identificado (Edifício do antigo "BANCO NACIONAL ULTRAMARINO" na "RUA AUGUSTA") in RESTOS DE COLECÇÃO
Rua Augusta - Foto de Dias dos Reis (Alto-relevo na entrada do "BNU" representando a sua expansão. À volta os escudos de armas das províncias Ultramarinas portuguesas onde o "BNU" estava representado como emissor de moeda, excepção feita em Angola. Obra escultórica da autoria de "LEOPOLDO DE ALMEIDA") in DIAS DOS REIS
Rua Augusta - (1969) Foto de António Duarte ("BANCO NACIONAL ULTRAMARINO", alto relevo na sua fachada). Os escudos das províncias representam todos o ESCUDO português do lado esquerdo, a ondulação marítima na parte debaixo, as armas da província no lado direito. Identificação dos escudos: da esquerda para a direita a começar no topo - TIMOR; S.TOMÉ; ÍNDIA; MOÇAMBIQUE; GUINÉ; CABO VERDE e MACAU in AFML
Rua Augusta - (Anos 50 do século XX) (Cheque utilizado pelo BANCO NACIONAL ULTRAMARINO" nos anos cinquenta do século passado) in RESTOS DE COLECÇÃO
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(CONTINUAÇÃO) - RUA AUGUSTA [ XXI]
«O BANCO NACIONAL ULTRAMARINO ( 2 )»
O ano de 1876 foi marcado por importantes acontecimentos na vida do «BANCO NACIONAL ULTRAMARINO».
Verificou-se a faculdade de emissão de notas que passaria a ser ampliada, podendo mesmo o BANCO emitir notas de 1$000, 2$000 e 2$500 réis, ou de valor correspondente em moeda da província ultramarina onde a emissão se fizesse.
O ano de 1893 foi marcado pelo afastamento do «CONDE DE OTTOLINI», fruto de uma prolongada doença.
«EDUARDO PINTO DA SILVA CUNHA» foi o 3º Governador do "BNU", cargo que desempenhou entre 1894 e 1909.
«ANTÓNIO TEIXEIRA DE SOUSA» Médico, trasmontano, escritor, deputado, par do reino, ministro de estado e líder do Partido Regenerador, foi o quarto Governador e presidiu ao último governo da monarquia constitucional de Portugal sendo deposto pela Revolução de 5 de Outubro de 1910. Esteve à frente do "BNU" como governador de 1909 a 1910.
No ano de 1911 em 15 de Fevereiro, o "BNU" elegeu o então Vice-Governador, «LUÍS DIOGO DA SILVA», que governou de 1910 a 1917. O seu governo no "BNU" coincide com a mudança política ocorrida em Portugal com a implantação da República.
Em 1918 «JOÃO ULRICH» foi escolhido para Governador do "BNU" em Assembleia Geral reunida em 15.02.1918. Profundo conhecedor deste Banco, onde há cerca de 20 anos vinha a exercer cargos directivos, governou de 1918 a 1931.
«ANTÓNIO DOS SANTOS VIEGAS» Presidente do Conselho Administrativo de (1931 a 1950).
Na vigência de «FRANCISCO VIEIRA MACHADO», o Conselho Administrativo, criado em 10.02.1931, foi substituído por um "CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO" e nomeado o "Dr. Francisco José Vieira Machado" como governador do "BNU", que governou de 1951 a 1972. O ano de 1951 é marcado pelo incêndio na sede do BANCO sem graves consequências. Nesse mesmo ano a administração adquire um imóvel na «RUA DOS CORREEIROS», numero 79 a 85, para onde foram transferidos alguns serviços. Mas a expansão exigia uma readaptação dos espaços, por esta razão comprou-se à "CAIXA GERAL DE DEPÓSITOS, CRÉDITO E PREVIDÊNCIA" alguns imóveis situados na «RUA AUGUSTA» números 30 a 38 e na «RUA DE SÃO JULIÃO» números 105 a 115. Deste modo se constituía a sede do "BNU", conhecida pela Sede da «RUA AUGUSTA».
Em 16 de Abril de 1964 comemorou-se o primeiro centenário da fundação do «BANCO NACIONAL ULTRAMARINO». Várias festividades deram uma larga consagração pública ao evento. As comemorações estenderam-se ao país e às províncias Ultramarinas onde o BANCO dispunha de filiais e agências. Nesse mesmo ano procedeu-se à bênção da nova sede do BANCO. As novas instalações, no vasto quarteirão circundado pelas ruas: «RUA AUGUSTA», «RUA DA PRATA», «RUA DO COMÉRCIO» e «RUA DE SÃO JULIÃO», mostravam o empenhamento do Conselho de Administração em edificar uma sede de notável beleza arquitectónica com os maiores artistas portugueses.
(CONTINUA) - (PRÓXIMO) - «RUA AUGUSTA [ XXII ] - BNU ( 3 )»
Trabalhei na reconstrução do banco nos anos 50,nas caves onde se situavam os cofres fortes encontravam-se moedas e fragamentos de habitações,do tempo do terramoto.Não me lembro em que andar,mas creio que fosse o do director do banco ;no 4 andar? No tecto instalavam-se folhas de ouro,para dizer que em Portugal se tivesse sido governado correctamente hoje,não estaria milhares de Portugueses fora do seu pais. Mas o seu blog é uma fonte de historia formidavel que nos faz descobrir as nossas origens,e recordar o nosso passado.Chapeau
ResponderEliminarCaro manécas Martins
ResponderEliminarMais uma vez agradeço as suas amáveis palavras a este Blogue.
Devo acrescentar que este era um banco
bastante rico,BNU emissor das notas para todas as Ex-Colónias Portuguesas (com excepção de ANGOLA), e naturalmente detentora de muitos negócios com as Colónias.
Nas escavações arqueológicas feitas na Baixa de LISBOA, é normal se encontrar restos de uma outra cidade destruída pelo Terramoto de 1755, bem assim como peças de ouro, prata e cerâmica e ainda num futuro próximo se poderá encontrar mais achados. Quanto à folha de ouro nos tectos, também era usada nos altares das Igrejas e quadros de certo valor. Trata-se de uma folha de ouro muito fininha colada sobre madeira ou outro material, que lhe garante mais riqueza e durabilidade.
Todos nós lamentamos a situação que nos colocaram os nossos Governantes.
Com o desemprego bastante elevado, a industria não funciona, a construção civil não arranca, o comércio a fechar e o que se vai aguentando é graças ao Turismo.
Despeço-me com amizade
Cumprimentos
APS