quarta-feira, 6 de junho de 2012

AVENIDA D. CARLOS I [ II ]

 Avenida D. Carlos I - (2010) - (Um troço da "Avenida D. Carlos I" in GOOGLE EARTH
 Avenida D. Carlos I - (2012) - (A parte norte da "Avenida D. Carlos I", vendo-se ao fundo o "Convento de S. Bento", hoje "Assembleia da República") in GOOGLE EARTH
 Avenida D. Carlos I - (2011) - Foto de João Carvalho ( O "Chafariz da Esperança") in WIKIPÉDIA
 Avenida D. Carlos I - (2007) (Panorama da Esperança, podemos observar o comprimento da "Avenida D. Carlos I) in GOOGLE EARTH
Avenida D. Carlos I - (Início do século XX) Foto de Joshua Benoliel (A passagem de nível frente à "Avenida D. Carlos I" na parte sul) in AFML

(CONTINUAÇÃO) - AVENIDA D. CARLOS I [ II ]

«A AVENIDA D. CARLOS I ( 2 )»

Parafraseando «ANTÓNIO GEDEÃO» em afirmar "o sonho comanda a vida", o comum dos mortais, faz sempre votos firmes de mudanças de rumo. E, no que dos próprios não depende, prende-se a um sentimento que, mesmo não estando agarrado a qualquer âncora de certeza, é muitas vezes o farol que ilumina as vidas. Chama-se «ESPERANÇA» e, por mais indefinível que a "situação" se apresente,  faz de tal forma parte de cada um que poucos negam ser ela a última coisa a morrer. Mas desta vez estamos a falar da «ESPERANÇA» "física" do sítio da «VELHA ESPERANÇA».

Já aqui abordámos quando publicámos a «CALÇADA DO COMBRO», do antigo «CAMINHO PARA OCIDENTE», que servia de passagem a quantos, vindos das «PORTAS DE SANTA CATARINA», se dirigiam a «ALCÂNTARA» atravessando depois a respectiva "RIBEIRA", a caminho de BELÉM. No século XVI, já a «ESPERANÇA» era conhecida e trilhada.
São conhecidas as casas dos «DUQUES DE AVEIRO» no sítio da ESPERANÇA, bem assim como dos «CONDES DE VILA NOVA DE PORTIMÃO», mais tarde os «MARQUESES DE ABRANTES».
Está documentado que os «DUQUES DE AVEIRO» tinham várias residências em LISBOA. Em «BELÉM», «CASTELO», «CAMPO DAS CEBOLAS» em «SÃO SEBASTIÃO» e na «ESPERANÇA». É sem dúvida a mais documentada a residência que os «DUQUES DE AVEIRO» possuíam no sítio da «ESPERANÇA».
Está assinalado na revista "OLISSIPPO THEATRUM URBIUM" de Jorge Bráunio (3º quartel do século XVI), a sul do «CRUZEIRO» e do «CONVENTO DA ESPERANÇA». Mas com mais precisão localiza «JÚLIO CASTILHO» o Palácio Ducal: "Quando o leitor, vindo pela "RUA DO POÇO DOS NEGROS" e atravessando o "LARGO DA ESPERANÇA", tomar para a "RUA DIREITA", que vai ter às «BERNARDAS» (...) repare na casa que faz a esquina esquerda, para a «RUA DIREITA» e para o "LARGO" (...). Pois saiba que aí mesmo foi o palácio soberbo dos netos de "El-Rei D. JOÃO II", os poderosos e altivos «DUQUES DE AVEIRO» (...). E acrescenta: "Ainda antes de 1882, ano em que se construíram os prédios novos que tornejam para a «CALÇADA DO MARQUÊS DE ABRANTES», via quem passava nesta calçada, a frente do palácio que olhava para a banda do Tejo" (...). "CASTILHO" localiza ainda os Jardins do Palácio: "Para poente (...) isto é, ao longo da nossa actual «RUA DIREITA DA ESPERANÇA», entre ela e a praia, até à actual «TRAVESSA DOS BARBADINHOS» (ou talvez um pouco mais acima), alastravam-se (...) os não muito vastos jardins dos «DUQUES»".

Junto ao antigo «CONVENTO DA ESPERANÇA» na sua parte sul podemos ainda observar o «CHAFARIZ DA ESPERANÇA» que secou nos anos 30 do século passado. Mesmo defronte do «CHAFARIZ» erguia-se «O CRUZEIRO DA ESPERANÇA».

(CONTINUA) - (PRÓXIMO)- «AVENIDA D. CARLOS I  [ III ] - O SÍTIO DA ESPERANÇA E SANTOS ( 1 )»

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