Rua de dona Estefânia - (2012) (Uma das entradas da "Academia Militar" na "Rua de dona Estefânia" nos terrenos da "Quinta da Bemposta") in GOOGLE EARTH
Rua de dona Estefânia - (2007) (Panorâmica da "Academia Militar" junto da "Rua de dona Estefânia" na "Quinta da Bemposta") in GOOGLE EARTH
Rua de dona Estefânia - (2011) Foto de Mário Marzagão (Baixo relevo do Brasão de Armas da "Academia Militar" instalada no "Palácio da Bemposta" e seus jardins) in MÁRIO MARZAGÃO ALFACINHA
Rua de dona Estefânia - (2010) Foto de Mário Marzagão (Pormenor de um interior da "Academia Militar" onde estão colocados vários painéis de azulejos com motivos da 1ª Guerra 1914-1918, da autoria de "Jorge Colaço" este representando a Cavalaria, datado de 1918. Ao lado um vitral com as insígnias da "Ordem Militar de Santiago e Espada") in MÁRIO MARZAGÃO ALFACINHA
Rua de dona Estefânia - (entre 1940 e 1959) Foto de António Passaporte (A "Academia Militar" no "Palácio da Bemposta" também conhecido por "Escola do Exército" até 1959) in AFML
(CONTINUAÇÃO) - RUA DE DONA ESTEFÂNIA [ XX ]
«A ACADEMIA MILITAR ( 1 )»
A «ACADEMIA MILITAR» encontra-se instalada desde o ano de 1851 no «PALÁCIO DA BEMPOSTA», o «PAÇO DA RAINHA» «D. CATARINA DE BRAGANÇA» filha de «D. JOÃO IV» e casada com «CARLOS II» de INGLATERRA. Ali habitou o Príncipe Regente «D. JOÃO» e, depois da partida deste para o BRASIL, lá se instalou o "Quartel-General" da Divisão do general DELABORDE, Governador Militar de Lisboa durante a 1ª Invasão Francesa. Voltou a ser residência real após o regresso do BRASIL, de «D. JOÃO VI» e nele viveu também «D. PEDRO», Regente do Reino em nome de sua filha «D. MARIA II».
A «ACADEMIA MILITAR» é um estabelecimento de ensino superior militar destinado a formar oficiais do quadro permanente do EXÉRCITO e, mais tarde, da "FORÇA AÉREA", sucedendo nessa missão a vários outros.
A sua história remonta ao século XVII e conhecendo outras designações: «ACADEMIA REAL DE FORTIFICAÇÃO, ARTILHARIA e DESENHO (1641), fundada no contexto da «GUERRA DA RESTAURAÇÃO»; «ESCOLA MILITAR» de 1837 a 1910; «ESCOLA DE GUERRA» de 1911 a 1919; «ESCOLA MILITAR» de 1919 a 1938; «ESCOLA DO EXÉRCITO» de 1938 a 1959 e finalmente de «ACADEMIA MILITAR» desde 1959 até aos dias de hoje no mesmo local, na «QUINTA DA BEMPOSTA»(Paço da Rainha), embora com um "POLO" na cidade da «AMADORA».
Das reformas operadas na instituição durante várias anos, realçamos a do «VISCONDE DE SÁ DA BANDEIRA» "BERNARDO DE SÁ NOGUEIRA DE FIGUEIREDO", iniciado no ano de 1834 que transformou a «ACADEMIA REAL DE FORTIFICAÇÃO, ARTILHARIA E DESENHO» em «ESCOLA DO EXÉRCITO».
As "Invasões Francesas" terão eventualmente perturbado o seu funcionamento, interrompido de 1809 a 1811 e depois no ano lectivo de 1833-1834, durante as «LUTAS LIBERAIS».
Havia necessidade de uma reforma radical, reclamada por professores e alunos, em 1837.
Assim , pelo Decreto de 12 de Janeiro de 1837 por «DONA MARIA II», sendo o "Ministro dos Negócios da Guerra", o "1.º MARQUÊS de SÁ DA BANDEIRA», que deu lugar à criação da «ESCOLA DO EXÉRCITO».
Podemos distinguir três períodos na vida da «ESCOLA DO EXÉRCITO»: o primeiro, de 1937 a 1862, em que se ministravam cursos de «ESTADO-MAIOR», de «ENGENHARIA MILITAR» e de «ARTILHARIA», o de «INFANTARIA» e «CAVALARIA», além dos destinados a Engenheiros civis. Indício seguro do aparecimento da «ESCOLA DO EXÉRCITO», em vez de criação, ter representado profunda reforma do ensino superior militar, já antes existente, foi o de ela se manter nas instalações da «ACADEMIA REAL DE FORTIFICAÇÃO, ARTILHARIA E DESENHO» até um grande incêndio, em 1843, ter obrigado a transferi-la para "Rilhafoles", onde funcionava o «COLÉGIO MILITAR». Um mês depois, passou para uma propriedade no «PÁTIO PIMENTA» e, em Julho de 1844, para os terrenos onde hoje se encontra o «HOSPITAL DE SANTO ANTÓNIO DOS CAPUCHOS».
Finalmente, em 1851, instalou-se no «PALÁCIO DA BEMPOSTA» onde se mantém até hoje.
A 8 de Julho de 1853 o Palácio e a Quinta passaram a ser partilhados com o «INSTITUTO-GERAL» e a «ESCOLA REGIONAL DE AGRICULTURA», mas, verificando-se graves prejuízos para os exercícios de campo, vieram estes a abandoná-los em 1866, transferindo-se para a «TAPADA DA AJUDA».
Em 1861, «D. PEDRO V» cedeu cerca de metade da área da "Quinta da Bemposta" para construção do «HOSPITAL DE DONA ESTEFÂNIA», iniciada em 1865, além dos Quartéis Municipais do «CABEÇO DE BOLA» e da «BELA VISTA», bem como para algumas ruas, circundantes, das quais destacamos a «RUA DA ESCOLA DO EXÉRCITO» e a «RUA DE DONA ESTEFÂNIA».
(CONTINUA) - (PRÓXIMO)«RUA DE DONA ESTEFÂNIA [ XXI ] -A ACADEMIA MILITAR (2)»
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