sábado, 1 de junho de 2013

RUA DO AÇÚCAR [ VIII ]

 Rua do Açúcar - (2008) (A majestosa escadaria principal do "Palácio da Mitra" vista do patamar central, de onde parte o último lance que dá acesso ao salão nobre através da elegante porta do patamar superior)(Abre em tamanho grande) in CIDADANIA LX
 Rua do Açúcar - ( 2013) - Foto gentilmente cedida por Ricardo Moreira (Fachada principal do "PALÁCIO DA MITRA" virado para a a "Rua do Açúcar" antiga "Estrada para o Beato")(Abre em tamanho grande) in ARQUIVO/APS
 Rua do Açúcar - (Anterior a 1998) Foto de António Sacchetti (Fachada do "PALÁCIO DA MITRA" virada para a "Rua do Açúcar") in LISBOA UM PASSEIO A ORIENTE
 Rua do Açúcar - (Século XVIII) (No patamar superior da escadaria do "Palácio da Mitra", no lado esquerdo, encontram-se pilastras almofadadas, sem ornatos e pintadas a azul, que servem de base a quatro figuras alegóricas recortadas, também realizadas a azul, representando os quatro elementos:TERRA, AR, ÁGUA e FOGO, com os respectivos atributos. Estas figuras características do estilo de "Bartolomeu Antunes", quanto à composição e à pintura) [JM] in LISBOA REVISTA MUNICIPAL 
 Rua do Açúcar - (1949) Estúdios Mário Novais (Planta do rés-do-chão e primeiro andar do "Palácio da Mitra" na "Rua do Açúcar", 46) in  AFML
Rua do Açúcar - (ant. 1911) Foto de José Artur Leitão Bárcia ("D. Carolina Coronado" (1823-1911), poetisa espanhola, foi uma das proprietárias do "Palácio da Mitra" que terá mandado fazer algumas alterações nas salas do primeiro andar)(Abre em tamanho grande)  in  AFML

(CONTINUAÇÃO)- RUA DO AÇÚCAR [ VIII ]

«O PALÁCIO DA MITRA ( 3 )»


Terão sido por esta altura as remodelações internas nas salas do andar nobre e as transformações de um oratório elíptico, interno, numa sala, com a abertura de portas laterais. Ambas as obras implicaram a mutilação lamentável de vários painéis de azulejos.
A 22 de Fevereiro de 1891 o diplomata americano «HORATIO JUSTUS PERRY» faleceu na Quinta do "BESSONE" ou do "Relógio", em "PAÇO DE ARCOS" (da qual também era proprietário), passando a viúva a residir no "PALÁCIO DA MITRA", conservando na CAPELA o corpo embalsamado do marido até 1911, ano em que faleceu.
A propriedade que já se encontrava hipotecada, foi vendida por «D. CAROLINA CORONADO» em 31 de Outubro de 1902, ao banqueiro lisboeta «DR. ANTÓNIO CENTENO» (que possuía os direitos sobre a hipoteca) permitindo uma clausula na escritura de venda, que «D. CAROLINA CORONADO» continuasse a residir no palácio até ao fim da sua vida.
O imóvel foi depois adquirido a "CENTENO" por uma Sociedade formada pelos senhores: "FRANCISCO DE MOURA E SÁ» e «FUERTES PERES». Em 1913 o primeiro saiu, e o segundo ligou-se então a um industrial "ERNESTO HENRIQUES SEIXAS".
E assim nasceu nos terrenos outrora episcopais, a «FÁBRICA SEIXAS» de Metalurgia, Fundição, Caixotaria e Tanoaria - de tudo um pouco se fazia na dita fábrica  -  instalada no local das antigas cocheiras do Palácio e cujos escritórios da firma estiveram instalados nos salões nobres do «PALÁCIO DA MITRA» ( 1 ).
Os Pavilhões e os Armazéns da «FÁBRICA SEIXAS», depois do desaparecimento desta em 1925, vieram, mais tarde a ser aproveitados pelo "ASILO DA MITRA" (como era designado pelo povo), tendo ocupado também grande parte dos terrenos da antiga Quinta. Este ASILO teve a iniciativa do coronel «LOPES MATEUS» e inaugurado em 4 de Maio de 1933.

O «PALÁCIO DA MITRA» ainda terá alojado uma «FÁBRICA DE LICORES», cujo escritório ficava situado na antiga «RUA DO ARCO DO BANDEIRA» (actual RUA DOS SAPATEIROS).

( 1 ) - NORBERTO DE ARAÚJO - INVENTÁRIO DE LISBOA,  p. 16


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