Rua do Açúcar - (1998) Foto de António Sacchetii (Fachada principal da antiga "FÁBRICA DE BORRACHA LUSO-BELGA" virada para a "Rua do Açúcar") in CAMINHO DO ORIENTE
Rua do Açúcar - (1929) Foto de Mário Novais (A Fábrica neste ano tomou a designação de "Fábrica de Borracha Luso-Belga", mantendo durante muitos anos no topo da sua fachada este nome, virado para a "Rua do Açúcar" in RESTOS DE COLECÇÃO
Rua do Açúcar - (2013) (Panorama da antiga "Fábrica de Borracha Luso-Belga" com frente para a "Rua do Açúcar" com lateral para a "Rua José Domingos Barreiro". Podemos ainda ver os telhados típicos em "SHED" muito usados nas fábricas para aproveitamento de luz solar) in GOOGLE EARTH
Rua do Açúcar - (1922) - (Anúncio da Companhia de Borracha, na Exposição do Rio de Janeiro na década de vinte) in CAMINHO DO ORIENTE
Rua do Açúcar - (1923) - (Anúncio da "Fábrica Nacional de Borracha de Victor C. Cordier, Lda", penúltima designação da "Fábrica de Borracha Luso-Belga", na "Rua do Açúcar") in RESTOS DE COLECÇÃO
(CONTINUAÇÃO) - RUA DO AÇÚCAR [ X ]
«A FÁBRICA DE BORRACHA LUSO-BELGA ( 1 )»
Apesar do seu nome ser mais conhecido por «FÁBRICA DE BORRACHA LUSO-BELGA de "VICTOR CORDIER",Lda.» não pode ficar dissociada da primeira industria de borracha instalada no mesmo espaço.
«JULES DAVID" em Setembro de 1895, pede autorização à Câmara para instalar e sua industria de "CAOUTCHOUC". O processo de obras junto da CML dá-nos a conhecer sobre o pedido do empresário de origem belga, representante da "Companhia da Borracha Monopólio de Portugal", desejando construir uma fábrica para laboração de borracha e uma casa de habitação, no BEATO.
Data de 7 de Janeiro de 1899 o início da laboração, ficando sujeita à produção de cinquenta toneladas ano.
O edifício da "COMPANHIA DA BORRACHA" tinha frente para a "RUA DIREITA DO AÇÚCAR" nessa época. E de acordo com os alçados de finais do século XIX, a fábrica era composta de um único piso, terminando em platibanda, onde se inscrevia o nome de «COMPAGNIE DU CAOUTCHOUC, MONOPOLE DE PORTUGAL».
Este edifício era interrompido pelo portão de entrada e encontrava-se associado ao prédio de habitação do proprietário.
A área coberta, como podemos constatar no anúncio publicado no ano de 1922 (aqui inserido), é presumivelmente a mesma da fábrica do período de "Victor Cordier", encontrando-se já instalados os edifícios de telhado em "SHED" e a zona da casa das caldeiras e das máquinas, junto à chaminé e com ligação para a "RUA JOSÉ DOMINGOS BARREIRO" e "RUA AFONSO ANNES PENEDO".
Para a época, o estabelecimento da "Companhia Nacional de Borracha" era inovador, tratando-se de uma industria pouco desenvolvida em Portugal. A sua instalação deve-se essencialmente a capitais estrangeiros de origem belga.
Esta industria não possuía nenhum proteccionismo por parte do Estado, embora fosse autorizado um monopólio ao empresário "JULES DAVID".
A passagem da COMPANHIA para as mãos do industrial "VICTOR CORDIER" não é muito clara. A última data com referência à COMPANHIA é a de 1922 e o primeiro elemento informativo do novo proprietário é de 1926, sob a denominação de "VICTOR C. CORDIER, LDA.". Os capitais continuaram a ser maioritariamente belgas, mas a presença de accionistas portugueses não tardou, originando em 1929 a denominação de «FÁBRICA DE BORRACHA LUSO-BELGA», nome que foi mantido durante muitos anos escrito na fachada principal.
Com esta nova situação, alterações sucessivas vão sendo realizadas nos edifícios construídos. No processo de obras registam-se pedidos de alteração de telheiros, para a instalação de novas áreas de apoio aos trabalhadores, como o vestiário, o refeitório e balneários.
Na década de quarenta, além do grande espaço de fabrico, existiam as secções de aquecimento (para a vulcanização), do pó de sapato e ainda o armazém de confecções, o depósito de matérias-primas, a serralharia, um posto médico e uma garagem.
(CONTINUA)-(PRÓXIMO)«RUA DO AÇÚCAR [ XI ]-A FÁBRICA DE BORRACHA LUSO-BELGA ( 2 )».
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