Rua da Junqueira - (2013) (Desenho adaptado da "Rua da Junqueira" - Sem Escala - LEGENDA - 1)Rua da Junqueira - 2)Palácio dos Condes da Ribeira Grande - 3)Palácio Burnay ou dos Patriarcas - 4)Palácio dos Condes da Ponte/AGL - 5)Centro de Congressos de Lisboa - 6)FIL - 7)Palácio Pessanha/Valada - 8)Consulado Geral do Mónaco - 9)Instituto de Higiene e Medicina Tropical - 10)Hospital de Egas Moniz(antigo Hospital do Ultramar) - 11)Palácio da Ega/Palácio Saldanha - 12)Palácio e Quinta das Águias - 13)Chafariz da Junqueira ou da Cordoaria - 14)Cordoaria Nacional e Instituto Superior Naval de Guerra - 15)Palácio de Lázaro Leitão Aranha - 16)Universidade Lusíada - 17)Palácio do Marquês de Angeja/(antigo Forte de S. Pedro) actual Biblioteca Municipal de Belém - 18)Ferrador do Altinho - 19)Forte de S. João da Junqueira) in ARQUIVO/APS
Rua da Junqueira - (1856-1858) Mapa de Filipe Folque (A "Rua da Junqueira", no lado esquerdo inferior podemos ver o "Palácio do Marquês de Angeja" no centro e direita a "Cordoaria Nacional" e o cano que completava a foz do "Rio Seco" que vinha da encosta) in ATLAS DA CARTA TOPOGRÁFICA DE LISBOA
Rua da Junqueira - (1856-1858) Mapa de Filipe Folque (A "Rua da Junqueira" no século XIX, na parte inferior esquerda o resto da "Cordoaria Nacional", mais à frente o "antigo Forte de S. João da Junqueira" depois prisão do Estado. O espaço da FIL ainda se encontrava no domínio do Tejo) in ATLAS DA CARTA TOPOGRÁFICA DE LISBOA
Rua da Junqueira - (1856-1858) Mapa de Filipe Folque (No lado direito vamos encontrar o início da "Rua Direita da Junqueira". Em frente da "Calçada de Santo Amaro" os jardins e terrenos na parte inferior, mais tarde seria CARRIS. No inicio da "Rua da Junqueira" a primeira artéria à esquerda representa a actual "Travessa do Conde da Ponte") in ATLAS DA CARTA TOPOGRÁFICA DE LISBOA
Rua da Junqueira (1968) Foto de Armando Serôdio (A "RUA DA JUNQUEIRA" na direcção a Belém com edifícios de habitação de rendimento) in AFM
Rua da Junqueira - (1967) Foto de Vasco Gouveia de Figueiredo (A "Travessa dos Algarves" na "Rua da Junqueira", deve o seu nome a um telheiro que aí existia, sob o qual se albergavam os remadores algarvios, vulgarmente conhecidos por "Algarves") in AFML
Rua da Junqueira - (1961) Foto de Artur Goulart (A "Travessa dos Algarves" que liga com a "Rua da Junqueira" por arco) in AFML
RUA DA JUNQUEIRA [ I ]
«A RUA DA JUNQUEIRA E SEU ENVOLVENTE ( 1 )»
A «RUA DA JUNQUEIRA» pertence a duas freguesias. À freguesia de «ALCÂNTARA» pertencem os números 1 a 65 e do 2 a 166. À freguesia de «BELÉM» pertence do número 65 em diante no lado Sul, e do 168 em diante do lado Norte.
A artéria começa no número 105 da "Rua Primeiro de Maio" e finaliza na "Praça Afonso de Albuquerque". Em consequência da "REFORMA ADMINISTRATIVA DE LISBOA(2013), a freguesia a que correspondia parte desta via, foi substituída por «BELÉM». Assim, a antiga freguesia de "Santa Maria de Belém" e "São Francisco Xavier" passam a designar-se; freguesia de «BELÉM».
São convergentes à "RUA DA JUNQUEIRA" os seguintes arruamentos:
Na parte Norte de nascente para poente - "TRAVESSA CONDE DA RIBEIRA"; "CALÇADA DA BOA-HORA"; "RUA PINTO FERREIRA"; "RUA ALEXANDRE DE SÁ PINTO" e "TRAVESSA DE SANTO ANTÓNIO".
Na parte Sul de nascente para poente - "TRAVESSA CONDE DA PONTE"; "TRAVESSA DA GALÉ"; "TRAVESSA DA PRAIA"; "TRAVESSA DO PINTO"; "TRAVESSA DA GUARDA"; "RUA MÉCIA MOUZINHO DE ANDRADE"; "TRAVESSA DAS GALEOTAS"; "TRAVESSA DOS ESCALERES"; "TRAVESSA DOS ALGARVES"; "LARGO MARQUÊS DE ANGEJA"; "TRAVESSA PIMENTA" e TRAVESSA CAIS DE ALFÂNDEGA VELHA".
O nome do topónimo «JUNQUEIRA» é bastante antigo, remonta pelo menos ao início do século XIII. É provável que a sua origem esteja ligada à grande quantidade de juncos que proliferavam no local, então pantanoso, se acumulavam no designado "Sítio da Junqueira", por aí existir a foz do "RIO SECO".
A denominação "JUNQUEIRA" já é mencionada num dos livros da "Chancelaria do Rei D. DINIS", no qual se encontra registada uma carta em que o monarca doa o "sítio da Junqueira" e vários outros do seu reguengo de "Algés de Ribamar" a "D.URRACA PAIS", abadessa do Mosteiro de "S. Dinis", de Odivelas, onde se encontra sepultada.
"AIRES DE SALDANHA", filho do 3º casamento de "DIOGO SALDANHA", fidalgo Castelhano que acompanhou como mordomo-mor e secretário a Princesa "D. JOANA DE CASTELA", foi o fundador do "MORGADO DA JUNQUEIRA", que veio a terminar com o "4º CONDE DA EGA". "D. JOANA ALBUQUERQUE", casando com "AIRES DE SALDANHA", levou-lhe em dote a "QUINTA DAS CALDAS", que se estendia do início da "JUNQUEIRA" até "BELÉM" e se prolongava das praias do TEJO até ao "PÁTIO DO SALDANHA", sensivelmente a meio da "CALÇADA DA BOA-HORA".
À antiga estrada para "BELÉM" (que ligava o princípio da "Calçada de Santo Amaro" ao da "Calçada da Ajuda") foi dada a designação de «RUA DA JUNQUEIRA» no século XVIII.
Trata-se de um extenso percurso com características próprias em que a área residencial com carácter popular ocupa uma extensão limitada entre "SANTO AMARO" e o "ALTINHO".
(CONTINUA)-(PRÓXIMO)«RUA DA JUNQUEIRA [ II ] A RUA DA JUNQUEIRA E SEU ENVOLVENTE ( 2 )»
Olá, quando refere "ferrador do Alvito" não será antes "ferrador do altinho"?
ResponderEliminarPor razões inexplicáveis, confundi ALTINHO com ALVITO. Embora o "ALVITO" também pertença à freguesia de "ALCÂNTARA", mas não se tratava dessa localidade. Assim, agradeço (a) ou (ao) Anónimo que teve a amabilidade de fazer a observação e muito bem. O ferrador é mesmo do "ALTINHO" e não do "ALVITO" conforme se indicava. Penso eu, que isto deve ser efeito das minhas setenta e sete primaveras.
ResponderEliminarRenovo os meus agradecimentos, despeço-me com amizade.
Cumprimentos,
APS
Boa noite,
ResponderEliminarnão precisa de agradecer pela observação, eu é que agradeço todas as informações que vai publicando sobre Lisboa. Como moro na zona da Junqueira é com grande interesse que leio os textos sobre esta zona.
cumprimentos
Bom dia,
ResponderEliminarNão se se me conseguem ajudar com esta dúvida. Na esquina da Rua da Junqueira, com a Travessa das Galeotas, no edifício em que actualmente está a loja dos Escoteiros de Portugal (porta número 1, da referiu da travessa), existe um marco de pedra com a inserção de Rua da Cordoaria. Essa pedra está integrada no edifício junto ao solo, mesmo na esquina acima referida. Pela toponímia, não achei estranho esta "Rua da Cordoaria" e até pensei tratar-se de alguma referência mais antiga da Travessa das Galeotas. Mas de facto pela pesquisa feita, não consigo encontrar nenhuma referência a esta rua, nesta zona. Mesmo os mapas deste post, também não fazem referência a esta existência. Poderá ter havido nesta zona esta rua? Ou está pedra poderá ter origem noutros locais de Lisboa onde terão existido as Ruas da Cordoaria Velha etc.? Obrigado