Rua Afonso Lopes Vieira - (18.03.2013) Foto de Filipa Sena Marcos (Placa toponímica Tipo II de pedra com letras pretas na fachada da "RUA AFONSO LOPES VIEIRA") in LISBOA (IN) ACESSÍVEL
Rua Afonso Lopes Vieira - (2007) (Panorâmica do "Bairro de Alvalade" onde está inserida a "RUA AFONSO LOPES VIEIRA") in GOOGLE EARTH
Rua Afonso Lopes Vieira - (2007) (A "Rua Afonso Lopes Vieira" vista de cima na sua entrada pela "Avenida do Brasil") in GOOGLE EARTH
Rua Afonso Lopes Vieira - (2013) (Entrada para a "Rua Afonso Lopes Vieira" na "Avenida do Brasil") in GOOGLE EARTH
Rua Afonso Lopes Vieira - (2013) (Um troço da "Rua Afonso Lopes Vieira") in GOOGLE EARTH
Rua Afonso Lopes Vieira - (1962-64) Foto de Artur Goulart (Obras na esquina da "Avenida do Brasil" junto da "Rua Afonso Lopes Vieira") in AFML
Rua Afonso Lopes Vieira - (1961) Foto de Artur Goulart ( Aspecto da "Rua Afonso Lopes Vieira" na década de sessenta do século vinte) in AFML
Rua Afonso Lopes Vieira - (1963-01) Foto de Artur Goulart (Prédio em construção na "Rua Afonso Lopes Vieira" número 58) in AFML
Rua Afonso Lopes Vieira - (1963-01) Foto de Artur Goulart ( A "Rua Afonso Lopes Vieira" agora na freguesia de "ALVALADE") in AFML
(CONTINUAÇÃO - RUAS COM NOMES DE JORNALISTAS [ I V ]
«RUA AFONSO LOPES VIEIRA»
A «RUA AFONSO LOPES VIEIRA» pertencia à antiga freguesia do "CAMPO GRANDE", hoje freguesia de «ALVALADE». Tem o seu início na "RUA ANTÓNIO PATRÍCIO" número 24 e finaliza na "AVENIDA DO BRASIL" no número 30-D.
Um Edital de 19 de Julho de 1948 mandou que um arruamento do novo bairro (antiga RUA Nº 1) tomasse o nome de "RUA AFONSO LOPES VIEIRA".
Esta Rua que invoca um terno poeta leiriense, homem de vasta cultura e de princípios sólidos.
Como sonhador inveterado dividiu a sua vida adulta entre LISBOA e SÃO PEDRO DE MOEL", trabalhando por cá, convivendo por lá, ou vice-versa.
Metê-lo no rol dos Jornalistas será um tanto forçado. Mas não pode omitir-se, pura e simplesmente, uma faceta deste homem que se deu por inteiro às letras e à arte. A verdade é que ele, depois de ter sido colaborador de "A ÁGUIA", foi um dos fundadores, redactores e grande animador da revista "LUSITÂNIA REVISTA DE ESTUDOS PORTUGUESES".
Esta publicação, que saiu entre Janeiro de 1924 e Outubro de 1927, atingia só determinada camada de público; aquele que se interessava especialmente pela escrita, pela língua, pela arte em geral. A direcção esteve entregue em primeiro lugar a "CAROLINA MICHAELIS DE VASCONCELOS".
ANTÓNIO LOPES VIEIRA foi, portanto, um jornalista "sui generis", ocupado na matéria que especialmente mais lhe interessava.
Nasceu em Leiria a 26 de Janeiro de 1878 e faleceu em LISBOA a 25 de Janeiro de 1946.
Era sobrinho do poeta, prosador e jornalista "ANTÓNIO RODRIGUES CORDEIRO".
Na casa de seu tio-avô, na aldeia de "CORTES" LEIRIA, privando de perto com os clássicos aí existentes.
Formou-se em Direito pela UNIVERSIDADE DE COIMBRA em 1900, tendo declinado o cargo de subdelegado régio e tentou a carreira de advocacia, sob a alçada do pai até 1906, ano em que aceitou o cargo de redactor na CÂMARA DOS DEPUTADOS que exerceu até ao ano de 1916.
Só em 1916 se dedica exclusivamente à actividade literária, que se prolongará até 1947.
Tendo sido um acérrimo defensor do património cultural português, valendo-lhe o reconhecimento de alguns e a crítica de outros. No entanto ao publicar em 1935 "ÉCLOGAS DE AGORA", demarca-se da ideologia Salazarista.
Homem de cultura, é considerado um ilustre poeta, ligado à corrente conhecida como RENASCENÇA PORTUGUESA. Foi por todos estes atributos, que o tornaram digno do título: "GRÃO-MESTRE DE PORTUGALIDADE".
Outra das características de AFONSO LOPES VIEIRA é a dedicação ao público infantil/juvenil ao qual lhe é conhecido inúmeras obras literárias.
Uma das facetas pouco conhecidas deste autor, foi efectivamente o interesse pelo cinema da época. Realizou um pequeno filme com crianças (O afilhado do Santo António) e escreveu a adaptação dos diálogos para o filmes de CAMÕES e INÊS DE CASTRO, de LEITÃO DE BARROS e para o filme AMOR DE PERDIÇÃO de ANTÓNIO LOPES RIBEIRO.
AFONSO LOPES VIEIRA doou à autarquia a sua casa situada em SÃO PEDRO DE MOEL, sendo hoje utilizado para a organização de uma colónia de férias infantil.
(CONTINUA)-(PRÓXIMO)«RUAS COM NOMES DE JORNALISTAS [ V ] RUA ALBERTO PIMENTEL»
Simpatizo bastante com este poeta. Confesso que gosto sobretudo dos «Animais nossos Amigos»
ResponderEliminarCara Margarida Elias
ResponderEliminarO "nosso" poeta AFONSO LOPES VIEIRA está bastante representado em muitos livros de leitura, que faziam parte do programa da disciplina de português, dos Liceus, Escolas Comerciais e Industriais, na década de 50 do século XX.
Além do grande número de poemas serem mais para a juventude, também escreveu poemas para os livros da História de Portugal. Estou a lembrar-me de um poema sobre NUNO ÁLVARES PEREIRA (dizia assim a primeira estrofe): GRANDE CONDESTABRE,/ ALMA PURA E BELA, / VÓS, QUE NOS SALVASTES / DE LEÃO DE CASTELA, / RECEBEI AS GRAÇAS / E MAIS AS MERCÊS/ DE QUEM AMA A PÁTRIA / E É PORTUGUÊS!
Obrigado por nos ter visitado, volte sempre!
Despeço-me com amizade
Cumprimentos
APS