quarta-feira, 1 de abril de 2015

RUA DOS CAMINHOS DE FERRO [ VIII ]

«A ESTAÇÃO DE CAMINHOS DE FERRO DE SANTA APOLÓNIA ( 3 )»
 Rua do Caminhos de Ferro - (2009) -Foto de Rouxinol Pomares  ( A "ESTAÇÃO DE CAMINHOS DE FERRO DE SANTA APOLÓNIA DE LISBOA" já depois das obras) (Abre em tamanho grande)  in  ROUXINOL DE POMARES
 Rua dos Caminhos de Ferro - (2014) ( Um troço da "RUA DOS CAMINHOS DE FERRO" vendo-se a "ESTAÇÃO DE SANTA APOLÓNIA" no seu percurso)  in  GOOGLE EARTH 
 Rua dos Caminhos de Ferro - (195_) - Foto de Abreu Nunes  (Fotografia aérea da ESTAÇÃO DE SANTA APOLÓNIA" e parte do cais) (Abre em tamanho grande)  in  AML
Rua do Caminhos de Ferro - (ant. a 1954) - Foto de Judah Benoliel (A "ESTAÇÃO DE SANTA APOLÓNIA" no lado nascente e obras na futura AVENIDA INFANTE DOM HENRIQUE)  (Abre em tamanho grande)  in  AML

(CONTINUAÇÃO)- RUA DOS CAMINHOS DE FERRO [ VIII ]

«A ESTAÇÃO DE CAMINHOS DE FERRO DE SANTA APOLÓNIA (3 )

A Direcção das obras esteve a cargo de "ANGEL ARRIBAS Y UGART" (Director), de "VICOLAS LA CRENIER" (Engenheiro divisionário) e do referido OPPERMANN.
A sua grandiosidade implicou subempreitadas. As Obras de alvenaria foram da responsabilidade da firma "CHARLES PEZERAT & Cª.", de LISBOA, a cantaria esteve a cargo de "ANTÓNIO MOREIRA RATO", com estabelecimento na BOAVISTA, a estrutura de ferro da gare deve-se a "JAMES BLAIR" de GLASGOW e toda a obra de madeira correu pela serração mecânica "ACELERAÇÃO", uma fábrica lisboeta.
A obra pressupôs grandes aterros e construção de uma grande muralha de cantaria, que serviu de CAIS FLUVIAL até ao rasgamento da AVENIDA MARGINAL, que hoje liga a PRAÇA DO COMÉRCIO com a Zona ORIENTAL DE LISBOA.
O início das obras ocorreu em 20 de Outubro de 1862, lavrando-se documento oficial e terminou dois anos e meio depois.
Como obra de engenharia  a «ESTAÇÃO DE SANTA APOLÓNIA» caracteriza-se por duas partes fundamentais. Uma, entre o ARSENAL actual "MUSEU MILITAR" e o fim dos edifícios principais, é a estação propriamente dita. A outra, entre esse limite e XABREGAS, constituem a extensa área onde se lançaram todas as estruturas técnicas e armazéns de apoio a uma "ESTAÇÃO FERROVIÁRIA CENTRAL". 
A antiga estação (próximo do Convento) tinha já um vasto cais de mercadorias, enquadrando as funções correspondentes a duas linhas que toma forma de uma única estação principal.
A estação procurava responder às finalidades determinadas na experiência ferroviária de então: dispor de lugar de embarque e desembarque de passageiros e mercadorias, oficinas de reparação, locais para recolha de locomotivas e vagões e várias vias de serviço.
Do ponto de vista construtivo é um edifício de três pisos sustentados por vigas e colunas de ferro, em toda a extensão das suas paredes de alvenaria, com marcação formal dos cunhais em cantaria. 
Foi concebido um importante vestíbulo junto à porta central da ESTAÇÃO, onde a Companhia Construtora foi obrigada a criar um espaçoso LARGO. Equipou-se a Estação com serviço telegráfico e um despacho alfandegário. Os espaços exteriores e interiores foram iluminados a luz artificial, primeiro a gás (Cento e cinquenta e dois candeeiros do sistema WEYGAND, de PARIS), depois a electricidade.
Inicialmente denominada "ESTAÇÃO CENTRAL" - muito embora vulgarmente a apelidassem por "ESTAÇÃO DO CAIS DOS SOLDADOS" -, essa proeminência na vida ferroviária portuguesa só durou até 1890, por ocasião da construção da "ESTAÇÃO CENTRAL DO ROSSIO", ligada desde então à linha de cintura interna, servindo de espinha dorsal da distribuição ferroviária da Cidade de LISBOA.
Passou então a chamar-se "ESTAÇÃO DO CAMINHO DE FERRO DO NORTE E DO LESTE".

(CONTINUA)-(PRÓXIMO)«RUA DOS CAMINHOS DE FERRO [ IX ]-A ESTAÇÃO DE CAMINHOS DE FERRO DE SANTA APOLÓNIA ( 4 )». 

2 comentários:

  1. Caro amigo

    Na Estação de Santa Apolónia há greve.
    Não há greve para o amigo APS nas Ruas de Lisboa....
    Não sei se a Estação está guardada pela GNR.
    Já foi em outros tempos parece.
    Cumprimentos

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  2. Caro Amigo ZÉ

    Se reparar a greve acabou! Eu retirei a foto da CGTP, (porque não correspondia a Santa Apolónia, mas sim à Estação do Rossio).(Erro: "mea" culpa).

    Calhava mesmos bem ter-me enviado aquela foto de 1911 da greve, na Estação de Santa Apolónia com a GNR a cavalo.
    Um abraço
    APS

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