Rua da Escola Politécnica - (2001)? Foto de Pedro Soares - (A "ESCOLA POLITÉCNICA" na rua com o mesmo nome e portão de acesso ao "Jardim Botânico") in MONTE OLIVETE
Rua da Escola Politécnica - (2007) - (Panorâmica da "ESCOLA POLITÉCNICA" e "JARDIM BOTÂNICO" ) in GOOGLE EARTH
Rua da Escola Politécnica - (finais do século XX) Foto de FOTOVOO - Panorâmica da "ESCOLA POLITÉCNICA" e o Sítio da COTOVIA, no antigo "NOVICIADO DA COMPANHIA DE JESUS" e "COLÉGIO REAL DOS NOBRES" ) in SÉTIMA COLINA
Rua da Escola Politécnica - (1993) - Foto de FOTOVOO - (Pórtico Monumental da "ESCOLA POLITÉCNICA". As suas obras de construção arrastaram-se até 1878, segundo planos de J. F. da SILVA e COSTA, general Engenheiro e Presidente da Junta Administrativa da Escola) in SÉTIMA COLINA
Rua da Escola Politécnica - ( 190_) Foto de Joshua Benoliel - (A "ESCOLA POLITÉCNICA" e entrada no lado esquerdo para o Jardim Botânico) ( Abre em tamanho grande ) in AML
Rua da Escola Politécnica - (início do século XIX) Desenho de autor não identificado - ( O antigo "COLÉGIO DOS NOBRES" extinto para dar lugar à "ESCOLA POLITÉCNICA" em 1837 já no liberalismo) in SÉTIMA COLINA
(CONTINUAÇÃO) - RUA DA ESCOLA POLITÉCNICA [ V ]
«A ESCOLA POLITÉCNICA ( 1 )»
Este edifício da "ESCOLA POLITÉCNICA" tal como se encontra, que deu nome à RUA, é de meados de oitocentos.
Os terrenos terão pertencido a "FERNÃO TELES DE MENESES", ex- governador da ÍNDIA e governador do ALGARVE, e de sua mulher, D. MARIA DE NORONHA que fizeram doação em 1597 aos Padres da COMPANHIA DE JESUS, da sua QUINTA DO MONTE OLIVETE do sítio da COTOVIA, para a nova casa do "NOVICIADO DA COMPANHIA DE JESUS".
Foi lançada a primeira pedra para a construção do edifício do "NOVICIADO", em 26 de Abril de 1603. A casa estava construída em 1616 com o risco de "BALTAZAR ÁLVARES", embora só fosse ocupada pelos noviços, no ano de 1619.
Relativamente pequena esta "CASA DO NOVICIADO", embora possuísse uma cerca bastante grande que se estendia ao RATO e ainda para o SALITRE.
No ano de 1759 a "COMPANHIA DE JESUS" foi extinta e expulsa do REINO, deixando o "NOVICIADO DA COTOVIA", vindo a instalar-se nestas casas o "REAL COLÉGIO DOS NOBRES", fundado por carta régia, em 7 de Março de 1761. Inaugurado em 19 de Março de 1766 pelo REI D. JOSÉ, família real e CARDEAL SALDANHA.
A criação deste COLÉGIO é um monumento importante na evolução do ensino em PORTUGAL, fruto do Iluminismo setecentista, apoiado pela política do despotismo esclarecido do MARQUÊS DE POMBAL.
Entretanto, porém, o edifício, que tinha sido bastante afectado pelo Terramoto de 1755, é reparado poucos anos depois, tendo como arquitecto CARLOS MARDEL. A fachada ficou, então, composta pela Igreja, ao centro, dois corpos com as entradas alpendradas, ambos ladeados por outros dois, mais altos "fazendo torre", e rematados, todos, por um telhado tipo mansarda, de risco MARDELIANO.
O casarão que hoje se vê, com espaços desocupados por via de novas instalações da FACULDADE DA CIDADE UNIVERSITÁRIA, (mas abrigando, já em 1990 um intermitente teatro e salas de exposição), tem vista possível em salas de circunstância, decoradas ao gosto ecléctico dos anos 70-80 do século passado, com a nobreza inerente à função cívica do novo edifício. As técnicas da arquitectura do ferro intervieram nele, com novas possibilidades de suporte de largas coberturas, e circulação de varandins, mas a massa da cantaria guarda uma feição antiga, algo conventual que lhe fora própria aos ensinos sucessivos, religiosos o primeiro, de abertura laica o segundo, no projecto de POMBAL, militar o que se lhe seguiu, à maneira francesa; assim contornando em 1837 ( e até 1859) a oposição do monopólio docente de COIMBRA à criação, em LISBOA, de um INSTITUTO DE CIÊNCIAS FÍSICAS E MATEMÁTICAS, na sequência de reformas liberais em 1835.
O edifício que se alinha na RUA que tomou o seu nome em 1859 tem um passado variadamente polémico que corresponde, ponto a ponto, à evolução da mentalidade nacional no domínio da educação, com a intervenção definitiva de HERCULANO, num "parecer" célebre, em 1840. Ele que foi ao ponto de defender, em 43, na ilustre "REVISTA UNIVERSAL LISBONENSE", que a verba recolhida para o Monumento de D. PEDRO IV fosse (mais bem) empregada na construção da ESCOLA, e de uma BIBLIOTECA PÚBLICA.
As sucessivas arquitecturas (ou os sucessivos arquitectos) do edifício simbolizam as passagens agenciadas. A construção actual tem discutível autoria, nela tendo intervindo o presidente da JUNTA ADMINISTRATIVA DA ESCOLA à altura do incêndio em 1843, o General Engenheiro SILVA COSTA e, professor de desenho da Escola, o espanhol LUÍS MURIEL, já nomeado em 1840, e que tinha encargo oficial de desenhar os projectos necessários às construções.
(CONTINUA)-(PRÓXIMO)«RUA DA ESCOLA POLITÉCNICA [ V ] - A ESCOLA POLITÉCNICA ( 2 )».
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