sábado, 23 de abril de 2016

RUAS DE LISBOA COM NOMES DE ACTRIZES [ V ]

«A RUA LAURA ALVES ( 3 )»
 Rua Laura Alves - (2015) - ( A "RUA LAURA ALVES", antiga "TRAVESSA DO MARQUÊS SÁ DA BANDEIRA" na actual Freguesia das "AVENIDAS NOVAS")  in  GOOGLE EARTH
 Rua Laura Alves - (2015) - (Início da "RUA LAURA ALVES" no lado esquerdo o edifício da "CAIXA GERAL DE APOSENTAÇÕES" com frente para a "AVENIDA CINCO DE OUTUBRO") in   GOOGLE EARTH  
 Rua Laura Alves - (1953) - Foto de Bourdain de Macedo  ("LAURA ALVES" no interpretação de "CHARLOT" na revista "VIVA O LUXO" de AMADEU DO VALE. Música de FERNANDO DE CARVALHO e TAVARES BELO estreado no TEATRO MONUMENTAL) in  HISTÓRIA DO TEATRO DE REVISTA EM PORTUGAL
 Rua Laura Alves - (1958) - Foto de autor não identificado - ("LAURA ALVES" contracenando com "ARTUR SEMEDO" na revista "A RAINHA DO FERRO-VELHO" estreado no desaparecido "TEATRO MONUMENTAL")  in ARTISTAS DE OUTROS TEMPOS...
Rua Laura Alves - (1960) - (A Comédia Musical "BOA NOITE, BETINA!" um espectáculo de "VASCO MORGADO" no TEATRO MONUMENTAL" com: "LAURA ALVES", RUY DE CARVALHO", "MARIA PAULA", "ROGÉRIO PAULO", "PAULO RENATO", "ARMANDO CORTES", "YOLA", "BAPTISTA FERNANDES" e outros...) in    PROGRAMA DE TEATRO

(CONTINUAÇÃO) - RUAS DE LISBOA COM NOMES DE ACTRIZES [ V ]

«A RUA LAURA ALVES ( 3 )»

"LAURA ALVES" representou no ano de 1958 condignamente a peça; «A RAINHA DO FERRO-VELHO» uma adaptação para TEATRO do filme americano "BORN YESTERDAY" que passou em PORTUGAL com o título português "A MULHER QUE NASCEU ONTEM", ficando a peça, em finais dos anos cinquenta, famosa pela interpretação de "LAURA ALVES".
Foi apresentada no "TEATRO MONUMENTAL" uma comédia deliciosa, oportuna, com graça e com nível de interpretação credora dos melhores elogios.
"A RAINHA DO FERRO-VELHO" estreou-se em 19 de Julho de 1958, em pleno Verão, onde "LAURA ALVES" encontrou a personagem que lhe permitiu expandir todos os seus dotes de grande actriz, numa interpretação inesquecível, compondo, com a sua figura de mulher pequena e bonita, uma picante loira platinada, no encanto dos seus 35 anos, dando todos os cambiantes dessa sua tão pessoal e espertalhona mas ingénua, frívola mas vulnerável, atemorizada mas corajosa, modulando a sua voz com perícia, fazendo rir muito público mas, na altura certa, emocionando com força dramática.  E a peça era bastante ousada para a época, pois embora fossem muitos os cortes da censura vigente, nela se ouvia chamar "fascista" a um malandro.

Diz-nos "URBANO TAVARES RODRIGUES" na sua apreciação à representação de "LAURA ALVES" em 20.07.1958. "Comédia forte e humorística ao mesmo tempo, azeda e plena de chama, de cândidos ideais teve a servi-la antes de mais o talento, bem patente, de dois grandes artistas: "LAURA ALVES" e "ASSIS PACHECO" ( ... ) passando e regressando sem esforço, constantemente ( e sem afectar o equilíbrio psicológico da figura, o que era deveras difícil), do ridículo ao odioso, "LAURA ALVES" foi magnífica, sempre criadora como aliás e seu estilo, nos papeis que lhe convêm, e conseguindo em absoluto fazer aceitar ao público uma evolução de atitude tão natural nas suas calinadas  grotescas, no seu papel de "animal de estimação", como depois na revelação do amor e da dignidade na resistência".

Em 2004 a peça de "GARSON KANIN" - "BORN YESTERDAY" que em português foi chamada de "RAINHA DO FERRO-VELHO", foi encenada e adaptada por "FILIPE LA FÉRIA" para ser representada no "TEATRO POLITEAMA", durante longo tempo, tendo no seu elenco " MARIA JOÃO ABREU" e JOSÉ RAPOSO" entre outros.

"LAURA ALVES" pensa abandonar a revista, embora nos anos 50 ainda tivesse feito; "VIVA O LUXO" em 1953, no TEATRO MONUMENTAL, "MULHERES HÁ MUITAS", em 1954, no TEATRO DA TRINDADE, "MELODIAS DE LISBOA", em 1955, no TEATRO MONUMENTAL e "MUSICA, MULHERES E FANTASIA", em 1957, no TEATRO MONUMENTAL. E em 1960, com o enorme êxito que foi "BOA NOITE, BETINA", representada no TEATRO MONUMENTAL.

Na sua FILMOGRAFIA entra em 1941 no "O PAI TIRANO" de ANTÓNIO LOPES RIBEIRO; ainda em 1941 no "PÁTIO DAS CANTIGAS" de FRANCISCO RIBEIRO; no ano de 1947 "O LEÃO DA ESTRELA" de ARTUR DUARTE; em 1951 "SONHAR É FÁCIL" de PERDIGÃO QUEIROGA; no ano de 1952 "UM MARIDO SOLTEIRO" de FERNANDO GARCIA; e 1954 "O COSTA D' ÁFRICA" de JOÃO MENDES; em 1956 "PERDEU-SE UM MARIDO" de HENRIQUE CAMPOS.

(CONTINUA)-(PRÓXIMO)«RUAS DE LISBOA COM NOMES DE ACTRIZES[ VI]-A RUA LAURA ALVES ( 4 ).

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