Rua Alfredo da Silva - ( 2016 ) - (A "RUA ALFREDO DA SILVA" à nossa esquerda, sentido oeste, vista da "RUA DA BOA-HORA") in GOOGLE EARTH
Rua Alfredo da Silva - ( 1865 ) - (A "COMPANHIA UNIÃO FABRIL" em Lisboa na zona de Alcântara) in RESTOS DE COLECÇÃO
Rua Alfredo da Silva - (1901) - (Tabela de Preços da C.U.F.- Preço Corrente de Massas para o sustento e engorda de gado) in FOTOBIOGRAFIAS DO SÉCULO XX
Rua Alfredo da Silva - (Transição do séc. XIX para o séc. XX) - ANÚNCIO da C.U.F. dos seus óleos, sabão e massas, adubos agrícolas e alimentação de gado) in FOTOBIOGRAFIAS DO SÉCULO
(CONTINUAÇÃO) - RUA ALFREDO DA SILVA [ V ]
«DO TESTAMENTO AO FINAL DOS ESTUDOS»
O testamento de "CAETANO DA SILVA" tendo como testamenteiro o irmão "ALEXANDRE ROBERTO" - designado também administrador dos seus bens, uma vez que a lei não permitia às esposas assumirem tal encargo -, JOAQUIM XAVIER DA SILVA OLIVEIRA, FRANCISCO SILVA e o caixeiro que tivesse estado mais tempo ao serviço da firma "SILVA & IRMÃO", prova isso mesmo.
O testador deixava: Acções do BANCO DE PORTUGAL e do BANCO LUSITANO; Acções e Obrigações de algumas importantes empresas nacionais, como a COMPANHIA DAS ÁGUAS, COMPANHIA DO GÁS LISBONENSE, COMPANHIA DOS CAMINHOS DE FERRO, COMPANHIA DA CARRIS DE FERRO DE LISBOA-(CCFL), COMPANHIA DE CRÉDITO PREDIAL, COMPANHIA DE SEGUROS BONANÇA e outras do mesmo ramo de seguros; terrenos de cultivo; Mobiliário; Pratas; Roupas; o recheio da casa; a famosa "QUINTA DOS MARECHAIS; Os Edifícios que possuía na TRAVESSA DA PALHA ( depois RUA DOS CORREIROS); Um prédio situado na "RUA AUGUSTA" que tinha adquirido pouco tempo antes de falecer; e ainda algum dinheiro para ser distribuído por familiares, pelo referido CAIXEIRO, pelos pobres do ALBERGUE DOS INVÁLIDOS DO TRABALHO, pela sua AFILHADA, e por NEPOMUCENO FERRÃO. A juntar a tudo isto, e continuando a analisar o documento com as últimas vontades. "CAETANO" referiu que além destes bens em comum com seu irmão "ALEXANDRE ROBERTO DA SILVA", que possuía sob a firma "SILVA & IRMÃO", os quais deveriam ser inventariados de acordo com o estabelecido na escritura realizada aquando da constituição da sociedade familiar.
Embora o testamento não se refira ao valor exacto da fortuna em causa, DIAS MIGUEL, baseado-se no processo orfanológico de menores existente no TRIBUNAL DA 5.ª VARA desde 31 de Maio de 1886, fala de uma cifra total avaliada em cerca de quatrocentos mil réis ( ou 400 contos, o que equivaleria seguramente, 100 anos depois, a cerca de 230 mil contos).
Passados dois anos sobre a morte de "CAETANO DA SILVA", já em 1887, é que o nome de "ALFREDO DA SILVA" volta a aparecer novamente nas pautas de um estabelecimento escolar mais propriamente nas do INSTITUTO COMERCIAL E INDUSTRIAL DE LISBOA (ICIL), percursos tanto do INSTITUTO SUPERIOR DE CIÊNCIAS ECONÓMICAS E FINANCEIRAS como do INSTITUTO SUPERIOR TÉCNICO.
Com apenas 16 anos, o candidato propunha-se tirar, como aluno voluntário, O CURSO SUPERIOR DE COMÉRCIO. Com a duração de quatro anos, o curso possuía como cadeiras principais e obrigatórias as de FÍSICA GERAL e SUAS APLICAÇÕES à INDÚSTRIA, de ARITMÉTICA, GEOGRAFIA GERAL e HISTÓRIA ELEMENTAR, LÍNGUA INGLESA, DESENHO DE FIGURAS E PAISAGEM NATURAL.
As primeiras provas do jovem realizadas a 1 de Junho de 1888 ficaram logo bem evidentes, ao efectuar o exame de FÍSICA conseguiu tirar uma nota de 18 valores acompanhada de MENÇÃO HONROSA. A 5 do mês seguinte ficou aprovado com 17 valores na LÍNGUA INGLESA. Para além de dar a perceber as capacidades do jovem ALFREDO como estudante aplicado, designadamente no conhecimento de um idioma estrangeiro, que tanta utilidade teria na sua vida profissional. Foi, portanto, com uma média de 15,7 valores que, em 14 de Julho de 1891, ALFREDO DA SILVA concluía o seu CURSO SUPERIOR DE COMÉRCIO. Mas quando tudo parecia estar terminado, em Outubro desse ano o MINISTÉRIO DAS OBRAS PÚBLICAS, JOÃO FRANCO, anunciou a REFORMA que havia criado para o ensino COMERCIAL, INDUSTRIAL e AGRÍCOLA, sob a sua tutela. Para além doa 4 anos até então obrigatórios, os alunos teriam de frequentar um quinto ano, composto de mais umas quatro cadeiras.
Desnecessário será salientar que gerou uma grande polémica entre os alunos, estando "ALFREDO DA SILVA" como contestatário da REFORMA, tal como todos os seus colegas. Revelaria, nesta conjuntura específica, uma dinâmica de atitude de activista e agitador, capaz de agir contra a decisão governamental.
(CONTINUA)-(PRÓXIMO)«RUA ALFREDO DA SILVA [ V ]-VICISSITUDES NA ASSEMBLEIA DO BANCO LUSITANO ( 1 )»
Passados dois anos sobre a morte de "CAETANO DA SILVA", já em 1887, é que o nome de "ALFREDO DA SILVA" volta a aparecer novamente nas pautas de um estabelecimento escolar mais propriamente nas do INSTITUTO COMERCIAL E INDUSTRIAL DE LISBOA (ICIL), percursos tanto do INSTITUTO SUPERIOR DE CIÊNCIAS ECONÓMICAS E FINANCEIRAS como do INSTITUTO SUPERIOR TÉCNICO.
Com apenas 16 anos, o candidato propunha-se tirar, como aluno voluntário, O CURSO SUPERIOR DE COMÉRCIO. Com a duração de quatro anos, o curso possuía como cadeiras principais e obrigatórias as de FÍSICA GERAL e SUAS APLICAÇÕES à INDÚSTRIA, de ARITMÉTICA, GEOGRAFIA GERAL e HISTÓRIA ELEMENTAR, LÍNGUA INGLESA, DESENHO DE FIGURAS E PAISAGEM NATURAL.
As primeiras provas do jovem realizadas a 1 de Junho de 1888 ficaram logo bem evidentes, ao efectuar o exame de FÍSICA conseguiu tirar uma nota de 18 valores acompanhada de MENÇÃO HONROSA. A 5 do mês seguinte ficou aprovado com 17 valores na LÍNGUA INGLESA. Para além de dar a perceber as capacidades do jovem ALFREDO como estudante aplicado, designadamente no conhecimento de um idioma estrangeiro, que tanta utilidade teria na sua vida profissional. Foi, portanto, com uma média de 15,7 valores que, em 14 de Julho de 1891, ALFREDO DA SILVA concluía o seu CURSO SUPERIOR DE COMÉRCIO. Mas quando tudo parecia estar terminado, em Outubro desse ano o MINISTÉRIO DAS OBRAS PÚBLICAS, JOÃO FRANCO, anunciou a REFORMA que havia criado para o ensino COMERCIAL, INDUSTRIAL e AGRÍCOLA, sob a sua tutela. Para além doa 4 anos até então obrigatórios, os alunos teriam de frequentar um quinto ano, composto de mais umas quatro cadeiras.
Desnecessário será salientar que gerou uma grande polémica entre os alunos, estando "ALFREDO DA SILVA" como contestatário da REFORMA, tal como todos os seus colegas. Revelaria, nesta conjuntura específica, uma dinâmica de atitude de activista e agitador, capaz de agir contra a decisão governamental.
(CONTINUA)-(PRÓXIMO)«RUA ALFREDO DA SILVA [ V ]-VICISSITUDES NA ASSEMBLEIA DO BANCO LUSITANO ( 1 )»
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