Rua Alfredo da Silva - (2016) - (Panorâmica mais aproximada da "RUA ALFREDO DA SILVA) In GOOGLE EARTH
Rua Alfredo da Silva - (2016) - (Um troço da "RUA ALFREDO DA SILVA" em direcção a nascente in GOOGLE EARTH
Rua Alfredo da Silva - (1954) - (Anúncio da CUF suas fábricas em todo o país seus produtos e oferta de serviços) in ESTAÇÃO CRONOGRAPHICA
Rua Alfredo da Silva - (1902) - (ALFREDO DA SILVA com 31 anos, já como Director da Companhia União Fabril-C.U.F.) in FOTOBIOGRAFIAS SÉCULO XX
(CONTINUAÇÃO) - RUA ALFREDO DA SILVA [ VII ]
«VICISSITUDES NA ASSEMBLEIA DO BANCO LUSITANO ( 2 )»
Ainda do Jornal "O COMÉRCIO DO PORTO" de 3 de Fevereiro de 1893.
«Quando o governo de então se convencera do estado aflitivo do BANCO e dos processos que ele empregara em certas operações, arrependeu-se de ter protegido este estabelecimento e retirou-lhe todo o favorecimento. Todavia a Direcção continuava a afirmar que o "BANCO LUSITANO" tinha a confiança do GOVERNO».
«"ALFREDO DA SILVA" graças à sua tenacidade, conseguira realizar um ligeiro exame à escrituração do BANCO e, convencido das irregularidades cometidas, requereu em assembleia uma Sindicância a essa escrituração. O resultado, porém, foi ter sido posto violentamente fora da sala. Consta que há dois directores que, por processo curioso, ainda são credores do BANCO, e que alguns dos vogais do Conselho Fiscal negociaram com o estabelecimento.
No relatório de Dezembro de 1890 dizia-se que toda a escrituração se achava na melhor ordem e, não obstante, há três anos não existiam livros de actas. Contudo - triste era dize-lo - perante este sudário a direcção na última assembleia geral tinha nada menos de 1:000 votos a seu favor contra uns 84 ou 86 daqueles que impugnavam seus actos.
Não admira que isto aconteça desde que se saiba que grande número dos accionistas favoráveis à direcção eram devedores ao BANCO.
Constou-se que o senhor CONDE DE ALMEDINA solicitara do BANCO para lhe comprar uma grande soma de FUNDOS PERUANOS em LONDRES e como esses fundos, confiados à guarda deste estabelecimento de Crédito, tinham desaparecido, relatando acto contínuo como aquele titular demandara o BANCO e como este fora compelido a pagar-lhe 26:600 libras em LONDRES. Pede a todos os accionistas que vão em massa a LISBOA, explicando que cada accionista só pode ser portador de uma procuração de outro e declara constar na praça de LISBOA que a direcção demissionária compra todas as acções que apareçam, a fim de conseguir ter maioria na próxima assembleia geral. Mais constava, sem contudo o garantir, que a direcção demissionária trabalhava pela sua reeleição, o que é condenável, e diz não se conceber que o CONSELHO FISCAL não tenha pedido já a sua demissão.
Refere que é difícil encontrar em LISBOA gente que não esteja presa por interesses ao mesmo estabelecimento bancário e todos sabem o perigo que há em a actual direcção se fazer substituir na gerência por amigos seus.
Mostra que o senhor MARQUÊS DA FOZ era devedor ao BANCO pela quantia de 264:792$229 e a direcção, em vez de zelar os interesses confiados à sua guarda, aceitar papeis de difícil realização e uma hipoteca sobre as propriedades desse titular. Mas as hipotecas às propriedades do senhor MARQUÊS eram tantas que não chegava uma janela para cada uma delas.
Acções que nada valem e que não têm cotação no mercado são também os títulos que se encontram em cofre no BANCO LUSITANO. Ora, para tudo isto urgem providências, ordenadas por uma direcção independente. A Direcção demissionária e os seus amigos tinham um plano que podia ser-lhes proveitoso. Espalhando, como espalharam, que o BANCO está de todos perdido, tinham em vista afugentar os accionistas honestos da Assembleia Geral. Mas não conseguiram fazer vingar tal estratagema, porque se há-de ir lá, pois talvez se possa salvar alguma coisa. Nem tudo há-de ser papel mau ; O BANCO deve ainda possuir importantes valores. (...) A assembleia "coroou" com muitas palmas as palavras do senhor "ALFREDO DA SILVA" ».
«"ALFREDO DA SILVA" graças à sua tenacidade, conseguira realizar um ligeiro exame à escrituração do BANCO e, convencido das irregularidades cometidas, requereu em assembleia uma Sindicância a essa escrituração. O resultado, porém, foi ter sido posto violentamente fora da sala. Consta que há dois directores que, por processo curioso, ainda são credores do BANCO, e que alguns dos vogais do Conselho Fiscal negociaram com o estabelecimento.
No relatório de Dezembro de 1890 dizia-se que toda a escrituração se achava na melhor ordem e, não obstante, há três anos não existiam livros de actas. Contudo - triste era dize-lo - perante este sudário a direcção na última assembleia geral tinha nada menos de 1:000 votos a seu favor contra uns 84 ou 86 daqueles que impugnavam seus actos.
Não admira que isto aconteça desde que se saiba que grande número dos accionistas favoráveis à direcção eram devedores ao BANCO.
Constou-se que o senhor CONDE DE ALMEDINA solicitara do BANCO para lhe comprar uma grande soma de FUNDOS PERUANOS em LONDRES e como esses fundos, confiados à guarda deste estabelecimento de Crédito, tinham desaparecido, relatando acto contínuo como aquele titular demandara o BANCO e como este fora compelido a pagar-lhe 26:600 libras em LONDRES. Pede a todos os accionistas que vão em massa a LISBOA, explicando que cada accionista só pode ser portador de uma procuração de outro e declara constar na praça de LISBOA que a direcção demissionária compra todas as acções que apareçam, a fim de conseguir ter maioria na próxima assembleia geral. Mais constava, sem contudo o garantir, que a direcção demissionária trabalhava pela sua reeleição, o que é condenável, e diz não se conceber que o CONSELHO FISCAL não tenha pedido já a sua demissão.
Refere que é difícil encontrar em LISBOA gente que não esteja presa por interesses ao mesmo estabelecimento bancário e todos sabem o perigo que há em a actual direcção se fazer substituir na gerência por amigos seus.
Mostra que o senhor MARQUÊS DA FOZ era devedor ao BANCO pela quantia de 264:792$229 e a direcção, em vez de zelar os interesses confiados à sua guarda, aceitar papeis de difícil realização e uma hipoteca sobre as propriedades desse titular. Mas as hipotecas às propriedades do senhor MARQUÊS eram tantas que não chegava uma janela para cada uma delas.
Acções que nada valem e que não têm cotação no mercado são também os títulos que se encontram em cofre no BANCO LUSITANO. Ora, para tudo isto urgem providências, ordenadas por uma direcção independente. A Direcção demissionária e os seus amigos tinham um plano que podia ser-lhes proveitoso. Espalhando, como espalharam, que o BANCO está de todos perdido, tinham em vista afugentar os accionistas honestos da Assembleia Geral. Mas não conseguiram fazer vingar tal estratagema, porque se há-de ir lá, pois talvez se possa salvar alguma coisa. Nem tudo há-de ser papel mau ; O BANCO deve ainda possuir importantes valores. (...) A assembleia "coroou" com muitas palmas as palavras do senhor "ALFREDO DA SILVA" ».
(CONTINUA)-(PRÓXIMO)«RUA ALFREDO DA SILVA [ VIII ]-DO BANCO LUSITANO AO MUNDO DOS NEGÓCIOS»
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