Rua Alfredo da Silva - (Em actividade de 1927 a 1963, na Zona Oriental de Lisboa) - Fachada principal de "A TABAQUEIRA" no Poço do Bispo/Braço de Prata, no LARGO DO TABACO" , antigo espaço do "CAIS DO TOTA") in CAMINHO DO ORIENTE
Rua Alfredo da Silva - ( depois de 1927) - (A TABAQUEIRA" lança-se no mercado com uma agressiva campanha publicitária) in FOTOBIOGRAFIAS SÉCULO XX
Rua Alfredo da Silva - (1928) - (Fábrica fundada por "ALFREDO DA SILVA", "A TABAQUEIRA" produziu várias marcas, esta talvez fosse a primeira mais popular na época) in FOFOBIOGRAFIAS SÉCULO XX
Rua Alfredo da Silva - (Décadas de 30 a 50 do século XX) - (Frente do maço "DEFINITIVOS" fabricado pela "A TABAQUEIRA" na zona Oriental de Lisboa) in GARFADAS ON LINE
Rua Alfredo da Silva - (Décadas de 30 a 50 do século XX) - (Verso do Maço de cigarros "DEFINITIVOS" fabricado pela "A TABAQUEIRA" que funcionou na Zona Oriental de LISBOA de 1927 a 1963, passou para ALBARRAQUE em 1963 e acabou em 1976 - Mais uma das Fábricas fundadas pelo Industrial "ALFREDO DA SILVA") in GARFADAS ON LINE
Rua Alfredo da Silva - ( 1987) - (Planta Aerofotogramétrica 7/8 Escala 1:2000 - Maio de 1963 - actualizada em 1987, da "A TABAQUEIRA" do Poço do Bispo) in CAMINHO DO ORIENTE
(CONTINUAÇÃO) - RUA ALFREDO DA SILVA [ XIX ]
«A TABAQUEIRA ( 1 )»
«A TABAQUEIRA» do "POÇO DO BISPO" como era designada na época da sua fundação, ou de "BRAÇO DE PRATA" como geralmente hoje é conhecida, surgiu numa conjuntura assaz favorável da história da Industria do TABACO em PORTUGAL.
Entre os anos de 1891 e 1926, tinha vigorado o monopólio legal do ESTADO no contrato de TABACO, que esteve entregue à COMPANHIA DOS TABACOS DE PORTUGAL em XABREGAS.
Problemas políticos, financeiros e sociais relacionados com o encerramento das fábricas desta COMPANHIA em 30 de ABRIL de 1926 - curiosamente ligado com o movimento militar do 28 de Maio desse ano - motivaram uma mudança de atitude do ESTADO face a tão importante negócio financeiro.
A publicação do "Decreto-Lei nº. 13587 de 11 de Maio de 1927", estabelecia as bases para o regime dos TABACOS, que determinava a liberdade de fabrico, importação e venda.
Esta era uma das Industrias que "ALFREDO DA SILVA" cobiçava, e nesse mesmo ano após uma luta feroz, o ESTADO aceitou a existência da sua "TABAQUEIRA".
As condições estavam criadas, mas faltou algum tempo para o arrojo da iniciativa. Em primeiro lugar, a COMPANHIA UNIÃO FABRIL - CUF envolveu-se numa polémica Ministerial com a recém "COMPANHIA PORTUGUESA DE TABACOS", fundada também em 1927, ou seja, uma nova versão da antiga "COMPANHIA DOS TABACOS DE PORTUGAL" e principal subscritora das acções da nova. Apesar de não evitar as concessões do ESTADO, "ALFREDO DA SILVA" orgulhava-se de ter contribuído para o término do "MONOPÓLIO" do TABACO (21 de Junho de 1927). A derrota da proposta da CUF levou o Industrial, no entanto, a criar uma nova empresa "A TABAQUEIRA" com capitais da "SOCIEDADE GERAL DE COMÉRCIO, INDUSTRIA E TRANSPORTES, Lda. e da CASA BANCÁRIA "JOSÉ HENRIQUES TOTTA, LDA", ambas integradas no grupo CUF.
A nova Empresa registou a marca com a sigla "Para Bem Servir" e organizou o negócio tendo como ponto de partida a Unidade Industrial do "POÇO DO BISPO".
Abria-se assim o mercado mas a porta era estreita: caberiam só dois concorrentes. Com uma concessão por 30 anos, "ALFREDO DA SILVA" era um deles, ao que parece tentando ainda entrar no capital da outra empresa.
Durante anos "ALFREDO DA SILVA" terá estabelecido um "plafond" de dividendos aos accionistas de 7% ao ano, como forma de garantir uma homogeneidade empresarial, independente. Lançou conceitos modernizados de concorrência com a COMPANHIA rival,
muito ligada aos interesses do ESTADO.
O crescimento da EMPRESA e as opções económicas implementadas vieram orientar o futuro de "A TABAQUEIRA", durante a II GUERRA MUNDIAL. O empresário "MANUEL DE MELO", continuador de "ALFREDO DA SILVA", integrava o GRUPO DA COMPANHIA UNIÃO FABRIL- CUF, depois da morte de "ALFREDO DA SILVA" em 1942.
Do ponto de vista fabril, os empresários de "A TABAQUEIRA" , conscientes da evolução do sector a nível internacional, investem numa completa e total mecanização de produção, cujos efeitos se materializaram na diminuição do custo do TABACO nas lojas de venda.
(CONTINUA)-(PRÓXIMO)«RUA ALFREDO DA SILVA [ XX ] -A TABAQUEIRA ( 2 )».
Caro Agostinho
ResponderEliminarNão sei foi propositado, mas poderia ter referido também a belíssima casa que Alfredo da Silva possuía, na Avenida Marginal, entre o Monte Estoril e o desaparecido Hotel Estoril-Sol.
Esta série de artigos acerca deste génio da indústria está muito bom.
Abraço
José Leite
Caro José Leite
ResponderEliminar(Embora já lhe tenha respondido directamente por mail, mas faço questão em deixar aqui um apontamento).
Por acaso já estive tentado em escrever para si. Tenho estranhado grande ausência. Espero que não seja por doença. mas sim para arranjar folgo para recomeçar.
Eu sabia que ALFREDO DA SILVA mandou construir uma casa de raiz no Monte Estoril. Tenho o livro "MEMÓRIAS DA LINHA DE CASCAIS" de Branca de Gonta Colaço e Maria Archer de 1943, uma relíquia. Diz ela no seu livro: O local onde se erguem as moradias da Rainha e do grande Industrial ALFREDO DA SILVA, era antigamente um agro ubérrimo. Chamava-lhe "QUINTA DAS ÁGUAS FÉRREAS" etc.. Mais à frente diz... A casa de ALFREDO DA SILVA é a mais importante construção do MONTE DO ESTORIL. É o Palacete amarelo, à ilharga da Avenida, eriçado de chaminés e erguido sobre uma empena tão arrogante que apresenta semelhanças com as velhas Muralhas dos fortins etc..
Tive muito gosto em receber notícias suas.
Despeço-me com amizade
Um abraço
APS-Agostinho Paiva Sobreira