quarta-feira, 4 de abril de 2018

Largo da Rosa [ V ]

«AFONSO LOPES VIEIRA UM ILUSTRE MORADOR DO "LARGO DA ROSA"
 Largo da Rosa -  (2014)  -  ( "LARGO DA ROSA", à esquerda o PALÁCIO DA ROSA e na frente o edifício onde morou "AFONSO LOPES VIEIRA", a "ESCADINHAS DA COSTA DO CASTELO" e o sítio onde existiu o MOSTEIRO DE NOSSA SENHORA DA ROSA, que deu o nome ao PALÁCIO e ao LARGO)   in   WAYMARKING
 Largo da Rosa  -  (2010)   -   (O Busto de AFONSO LOPES VIEIRA junto do LARGO DA ROSA e a casa onde morou na parte de trás. A obra do busto foi executada pelo escultor FRANCISCO FRANCO)  (ABRE EM TAMANHO GRANDE)   in    LETRAS À SOLTA
 Largo da Rosa  -  (1951)  - (Busto de "AFONSO LOPES VIEIRA" (1878-1946) da autoria de Francisco Franco (escultor) inaugurada em 1951 no Largo da Rosa)  (ABRE EM TAMANHO GRANDE)   in   AML 
 Largo da Rosa  (1910) Pintura de Columbano  -   ((O retrato de "AFONSO LOPES VIEIRA" pintado por COLUMBANO BORDALO PINHEIRO)  in   WIKIPÉDIA
 Largo da Rosa  - (Na década de 80 do século XIX)  -  (Foto de AFONSO LOPES VIEIRA quando criança)   in    WIKIPÉDIA
Largo da Rosa  -  (Possivelmente em finais do Século XIX)  -  (Foto de AFONSO LOPES VIEIRA tirada com seu tio-avô "ANTÓNIO XAVIER RODRIGUES CORDEIRO, poeta, escritor, jornalista e político -1819-1896)   in    WIKIPÉDIA


(CONTINUAÇÃO)-LARGO DA ROSA [ V ]

«AFONSO LOPES VIEIRA UM ILUSTRE MORADOR DO "LARGO DA ROSA"»

«AFONSO LOPES VIEIRA» nasceu em LEIRIA a 26.01.1878 e faleceu em LISBOA no dia 25.01.1946 com 67 anos.
Foi sobretudo como poeta que se distinguiu este escritor, de formação e tendência fielmente tradicionalista. Depois de se formar em DIREITO na UNIVERSIDADE DE COIMBRA em 1900, foi redactor da CÂMARA DOS DEPUTADOS da MONARQUIA e ainda durante anos na I REPÚBLICA.
Do delicado escritor leiriense já muitos não lembram os versos.Não era assim quando os mais vividos ( que é uma forma eufemística e simpática de dizer "os mais velhos") andavam na escola e liam poemas que acabavam por decorar; ("o que era dantes o mar? Um quarto escuro / Onde os meninos tinham medo de ir; / Mas hoje o mar é livre e é seguro / E foi um português que o foi abrir"). Este homem não era poeta só nos versos; procurava ter uma vida condizente com essa elevação de sentimentos. Morou no prédio que foi implantado no espaço do desaparecido "MOSTEIRO DE NOSSA SENHORA DA ROSA" ( 1 ) , no "LARGO DA ROSA ficando no lado direito de quem sobe as "ESCADINHAS DA COSTA DO CASTELO". Ali, no rés-do-chão daquela casa do "LARGO DA ROSA", funcionou uma escola infantil, dirigida pela própria mulher de "LOPES VIEIRA". Por outro lado fazia teatrinhos muito a sério em sua casa, neles ocupando muitas crianças do bairro. Ali se representou por exemplo uma peça sobre "SANTO ANTÓNIO", que acabou por ser filmada. O ilustre escritor e poeta e cujo o bom gosto, a par de um sentido equilibradíssimo do passado com o presente, foi distinguido (depois de 1946) no número de paroquianos da ex-freguesia de SÃO LOURENÇO actual "SANTA MARIA MAIOR", com um busto (da autoria do escultor "FRANCISCO FRANCO", tendo sido erguido no "LARGO DA ROSA" mesmo em frente à cada onde habitou.
A Toponímia de LISBOA também o homenageou em 19 de Julho de 1948, dando o seu nome a uma RUA na Freguesia de ALVALADE, ao homem de vasta cultura e de princípios sólidos. Que nós a incluímos em RUAS COM NOMES DE JORNALISTAS 2ª. SÉRIE [ IV ] de 29.03.2014 (Ver mais aqui...).

Depois de "VIEIRA", a casa pertenceu ao professor "JOÃO CID DOS SANTOS" que lhe fez algumas benfeitorias, respeitando a memória de quanto provinha do original ( 2 ). Essa casa e as outras que lhe são anexas, prolongando-se no sentido das "ESCADINHAS DA COSTA DO CASTELO", formavam o desaparecido "MOSTEIRO DE NOSSA SENHORA DA ROSA".
"AFONSO LOPES VIEIRA" disponde de alguma fortuna por herança, pôde dedicar-se quase em exclusivo à vida literária, de que dera as primícias ainda estudante com o livro de versos "PARA QUÊ ? (1897). Apesar da sua vasta obra em publicações dedicou-se mais à reatualização de valores que considerava mais representativos da «alma Portuguesa» com adaptações em prosa poetizada de "O ROMANCE DE AMADIS" (1923) e "DIANA" de JORGE DE MONTEMOR (1924). Com "A COMPANHIA VICENTINA" (1915), que teve importante eco na restituição de GIL VICENTE ao grande público teatral. Neste edifício no número 7, acolheu durante alguns anos a "Agência noticiosa espanhola EFE".

"AFONSO LOPES VIEIRA" adepto do "Integralismo Lusitano", nem por isso deixou de se manifestar em várias circunstâncias a sua independência de espírito e de atitude, inclusivamente como discordante activo e desassombrado do salazarismo

- ( 1 ) -(Onde existiam as fortíssimas paredes mestras do MOSTEIRO, que devem subsistir nas do rés-do-chão e sobre-loja da casa). 

- ( 2 ) -Sobretudo conservou na cerca fragmentos monumentais do desaparecido cenóbio , principalmente o arco do portal do templo dominante de NOSSA SENHORA DA ROSA. 

(CONTINUA)-(PRÓXIMO)«LARGO DA ROSA[ VI ] O PALÁCIO DA ROSA ( 1 )».

2 comentários:

  1. Gostaria de saber quem é o proprietário actual nasci nesta casa e gostaria de visitar. Meus cumprimentos. Jorge Barradas
    .

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  2. Caro Jorge Barradas (LARGO DA ROSA, 5 e 7)
    Sei que Afonso Xavier Lopes Vieira ( pai do poeta e escritor AFONSO LOPES VIEIRA 1878-1946) adquiriu em haste pública no Tribunal da BOA HORA o edifício, correspondente ao LARGO DA ROSA, 5 e 7. Em 1913 foi solicitado à CML por AFONSO XAVIER LOPES VIEIRA para o edifício do Largo da Rosa, com a finalidade de aumentar a área residencial, construindo um anexo à direita da casa sobre as escadas de acesso ao segundo andar.
    Em 1927 o poeta AFONSO LOPES VIEIRA herda a casa de seu pai e procede a nova intervenção de remodelação do edifício. Data desta época a colocação da lápide com a divisa do escritor e poeta na fachada.
    Pelo ano de 1958 a casa é adquirida por JOÃO CID DOS SANTOS, médico cirurgião, que submete à CML um projeto de alteração do edifício, da autoria do Arquiteto INÁCIO PERES FERNANDES, com o acrescentamento de um terceiro piso (Mansarda), entre outras alterações. As obras foram concluídas no ano de 1963 e publicados os primeiros achados arqueológicos do professor JOÃO CID DOS SANTOS realizados no decorrer da obra. Trata-se de elementos estruturais e decorativos do antigo CONVENTO que hoje se encontram a decorar o jardim da casa.
    Posto isto, no meu entender acho que a CÂNARA MUNICIPAL DE LISBOA no seu departamento respetivo, lhe fornecerá as informações mais atualizadas do referido edifício. Poderá faze-lo por MAIL ou ir pessoalmente aos serviços.
    Espero ter contribuído com algum esclarecimento.
    Despeço-me com amizade
    Cumprimentos
    Agostinho Paiva Sobreira-APS

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