sábado, 27 de outubro de 2018

RUAS COM NOMES DE JORNALISTAS (5.ª SÉRIE) [ VII ]

«RUA CAMILO CASTELO BRANCO ( 1 )»
 Rua Camilo Castelo Branco - (2016) Foto de Sérgio Dias   -  (Um troço da Rua Camilo Castelo Branco na freguesia de SANTO ANTÓNIO)   in   TOPONÍMIA DE LISBOA
 Rua Camilo Castelo Branco - (1950)  Foto de Kurt Pinto   -  (A "RUA CAMILO CASTELO BRANCO" esquina com a "AVENIDA DUQUE DE LOULÉ")  (ABRE EM TAMANHO GRANDE)  in    AML
Rua Camilo Castelo Branco -  (1950)  Foto de Judah Benoliel  -  ("AVENIDA DUQUE DE LOULÉ à esquerda a Estátua no pequeno JARDIM  da "RUA CAMILO CASTELO BRANCO")  (ABRE EM TAMANHO GRANDE)   in    AML 


(CONTINUAÇÃO)-RUAS COM NOMES DE JORNALISTAS (5.ª SÉRIE) [ VII ]

«RUA CAMILO CASTELO BRANCO ( 1 )»

É curioso lembrar que LISBOA prestou bem cedo a este  "seu filho" a homenagem de uma RUA com o seu nome. Na verdade, "CAMILO" suicidou-se em  1 de JUNHO e logo em 24 de Julho seguinte "uma deliberação Camarária",  por força da abertura da "AVENIDA DA LIBERDADE", a um arruamento que liga a "RUA ALEXANDRE HERCULANO" à então "RUA FONTES" (a partir de 1902) "AVENIDA FONTES PEREIRA DE MELO" rodeada a "ESTE" pelo então "BAIRRO CAMÕES" e a SUESTE pelo "BAIRRO DE SANTA MARTA".
A "RUA CAMILO CASTELO BRANCO" pertencia à antiga freguesia do "CORAÇÃO DE JESUS" que pela REFORMA ADMINISTRATIVA DE LISBOA DE 2012, passou a pertencer à freguesia de "SANTO ANTÓNIO".  A "RUA CAMILO CASTELO BRANCO" começa na "RUA ALEXANDRE HERCULANO",4 e finda na "AVENIDA FONTES PEREIRA DE MELO",4 é atravessada pela "AVENIDA DUQUE DE LOULÉ" e no cruzamento com esta AVENIDA a "RUA CAMILO CASTELO BRANCO", no seu  lado esquerdo, existe um JARDIM com o mesmo nome, ostentando uma estátua e base de pedra lioz com 3 metros de altura. A obra foi executada pelo escultor ANTÓNIO DUARTE, entre 1947 e 1949, tendo sido inaugurada em 25 de Outubro de 1950.

Alguns biólogos de «CAMILO CASTELO BRANCO» costumam apontar como acaso familiar o nascimento do escritor em LISBOA. (O que aconteceu em 16 de Março de 1825). Para a demonstração da tese, servem-se dos antecedentes do romancista: PAI natural de VILA REAL, MÃE nascida em SESIMBRA, toda a família paterna fixada no NORTE DO PAÍS, com maior incidência em TRÁS-OS-MONTES. Nenhumas raízes nesta cidade de LISBOA.
Mas o próprio escritor, ao longo da sua vida, mostrou nítida referência pelos ares nortenhos.  Em VILARINHO DA SAMARDÃ (Concelho de VILA REAL) teve os primeiros amores e o primeiro casamento (sem que necessariamente amadas e esposa coincidissem...). No PORTO cursou MEDICINA, frequentou o seminário e veio a encontrar aquela que foi a grande paixão da sua vida ( ou, mais do que isso, a sua obsessão), a fatal "ANA PLÁCIDO". A maior parte da sua obra localizada entre o DOURO e MINHO. Acabou por fixar-se e pôr termo à vida em "SÃO MIGUEL DE SEIDE", Concelho de VILA NOVA DE FAMALICÃO. Nada, portanto, a objectar: CAMILO foi um lisboeta que preferiu o NORTE.
Não serão. no entanto tão frágeis como parecem os laços que prenderam o autor da "A QUEDA DUM ANJO" à sua terra NATAL. Até à morte de seu pai (o que ocorreu quando CAMILO tinha dez anos, depois de ter perdido aos dois), cá viveu e aprendeu as primeiras letras.  Frequentou nomeadamente um colégio que existiu na então "RUA DOS CALAFATES" (hoje RUA DO DIÁRIO DE NOTÍCIAS) ali no BAIRRO ALTO DE LISBOA, sendo o seu professor "JOSÉ INÁCIO LUÍS MINAS JÚNIOR, que era casado com uma TIA do escritor GERVÁSIO LOBATO e de quem há notícias de ter morado naquela RUA até 1833.
Por outro lado, a falta de raízes lisboetas não significa ausência total:  um AVÔ PATERNO do escritor, o DR. DOMINGOS JOSÉ CORREIA BOTELHO. conhecido pela típica alcunha de "DR. BROCAS", viveu na "RUA DAS MERCÊS",  à AJUDA. ainda no século XVIII numa casa térrea que pertencia a um cozinheiro do vizinho palácio, segundo nos conta o mestre "LUÍS PASTOR DE MACEDO".

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