Rua de Santa Marta - (1968) Foto Armando Serôdio (Hospital de Santa Marta fachada principal-Convento de Santa Marta in Arquivo Fotográfico Municipal de Lisboa
Rua de Santa Marta - (1961) Foto Arnaldo Madureira (Esquadra da PSP de Santa Marta) in AFML
Rua de Santa Marta - (195--) Foto Judah Benoliel (Palácio dos Conde de Redondo) in AFML
Rua de Santa Marta -(195--) Foto Mário de Oliveira (Igreja do Sagrado Coração de Jesus fachada principal) in AFML
A RUA DE SANTA MARTA pertencia a duas freguesias. À freguesia do CORAÇÃO DE JESUS todos os números ímpares e do 22 em diante, à freguesia de SÃO JOSÉ os números 2 a 20-B, hoje pela REFORMA ADMINISTRATIVA DE LISBOA em 2012 passaram a integrar a freguesia de SANTO ANTÓNIO.
Começa na RUA DE SÃO JOSÉ no número 234 e finaliza no LARGO ANDALUZ.
Esta artéria é a continuação da RUA DE SÃO JOSÉ que termina no LARGO ANDALUZ, seguindo paralela à AVENIDA DA LIBERDADE . Hoje em dia os edifícios mais conhecidos e de interesse público são: o Hospital de Santa Marta, o Palácio dos Conde de Redondo onde está instalada a Universidade Autónoma de Lisboa.
Nesta Rua no número 50 ergue-se o antigo Mosteiro das Religiosas Franciscanas Clarissas da segunda regra de invocação de SANTA MARTA fundado em 1612, no local onde em 1583 existiu um antigo recolhimento destinado a donzelas pobres.
Após a extinção das ordens religiosas em 1834, o convento foi objecto de obras de adaptação, para nele começar a funcionar o serviço de saúde com a designação de Hospício dos Clérigos Pobres. No anos de 1903 passou a funcionar como Hospital dependente do governo. Inicialmente como anexo ao Hospital de São José e mais tarde a integrar o grupo dos Hospitais Civis de Lisboa.
Em 1910 foi atribuído oficialmente ao Hospital de Santa Marta a função de Escola Médica Cirúrgica de Lisboa. Anos depois passou a denominar-se Hospital Escolar da Faculdade de Medicina de Lisboa.
Desde Dezembro de 2002, o Hospital de Santa Marta integra o grupo de instituições hospitalares que transitaram para o novo modelo de gestão (Sociedade Anónima - S.A.) mantendo-se integrado ma rede pública de cuidados de saúde. É uma instituição altamente diferenciada, com vocação cardiotorácica, vascular e pneumologica, destacando-se a cardiologia como a área de mais valência.
No Palácio dos Condes do Redondo, viveu por algum tempo a Rainha D. Catarina de Bragança viúva de Carlos II de Inglaterra, antes de fixar residência no Palácio da Bemposta.
O Palácio dos Condes de Redondo, de arquitectura barroca, foi no século XVII edificado, pelos descendentes de: D. Vasco Coutinho, 1º Conde de Redondo (1450-1522) título criado por D. Manuel I, rei de Portugal por carta de 02.06.1500. O Título de Conde de Redondo foi concedido, em contrapartida da cessão para a coroa do senhorio de Borba.
Este Palácio não sofreu danos significativos com o terramoto de 1755, tendo conhecido diversos proprietários, o último dos quais, a UAL.
A Universidade Autónoma de Lisboa instalada no antigo Palácio da Rua de Santa Marta, no número 56, desde 13 de Dezembro de 1985, é uma instituição de carácter Cooperativo e particular. No ano de 2005 contava com cerca de 4100 alunos, 405 professores e cerca de 96 funcionários.
No dizer do Dr. Justino Mendes de Almeida, reitor da UAL. (...) nessa altura, viemos para o Palácio dos Condes de Redondo, um Palácio que pertencia à família Espírito Santo e que depois nos foi vendido por intermédio do embaixador Franco Nogueira, que trabalhava no Grupo Espírito Santo. O Palácio era uma ruína completa, por isso tivemos de proceder à sua recuperação, sempre sob a fiscalização da Direcção Geral dos Edifícios e Monumentos Nacionais, uma vez que o Palácio era e é considerado um Monumento. (IIP-Imóvel de Interesse Público. Decreto Nº 735/74).
Este Palácio situa-se lado a lado com o Convento de Santa Marta (hoje Hospital de Santa Marta) cuja igreja se comunica por um corredor interior.
Do Barão de Lazarim (Manuel de Vasconcelos Pereira de Melo) sabemos que foi um grande fidalgo da Casa Real, vice-almirante, par do reino, vogal do Supremo Conselho de Justiça Militar e comendador da Ordem de São Bento de Avis etc.. Nasceu em Castro Daire em 1782 e faleceu a 25 de Agosto de 1856.
Serviu a guarnição de alguns navios portugueses, tendo atingido a patente de Capitão de mar-e-guerra em 1818. Depois da morte de D. João VI foi mandado ao Brasil comandando a nau com o nome do monarca. D. Miguel declara-se rei absoluto, e não querendo servir aquela causa, refugiou-se no seu Palácio a Santa Marta,(ignorando-se a sua localização) onde passou esquecido todo o tempo das lutas fratricidas. Em 19 de Junho de 1845 foi agraciado com o título de Barão de Lazarim. Depois do seu falecimento, por imposição de D. Pedro V, foi posto o seu nome a um dos navios da nossa armada. (rectificado em 14.12.2016).
Onde fica exactamente o Palácio do Barão de Lazarim? Que número tem hoje o edifício?
ResponderEliminarCptos.
Arlindo Rodrigues
Tambem gostava de saber onde fica hoje exactamente o referido palácio. Obrigada
ResponderEliminarCaros amigos
ResponderEliminarLamento não conseguir dar uma resposta concreta tanto ao senhor Arlindo Rodrigues como à D. Carla Tavares, mas na realidade essa mesma questão me coloquei quando abordei o texto.
No entanto podem confirmar e consultar o livro «NOBREZA DE PORTUGAL E DO BRASIL» Volume II - Soberanos de Portugal - Quarta dinastia de Dom João Quarto a Dom Manuel Segundo - Editorial Enciclopédia, Lda.
I - Titulares Portugueses página número 683.
LAZARIM (Barão de)
(...) NÃO DESEJANDO SERVIR A CAUSA DE D.MIGUEL, PROCLAMADO REI ABSOLUTO, RETIROU-SE À VIDA PRIVADA NO SEU PALÁCIO DE SANTA MARTA» (Também não indicam se existe ou não tal Palácio)
De qualquer modo agradeço o vosso interesse nestes assuntos.
cumprimentos
APS
Caro Sr. "APS",
ResponderEliminarO texto que aqui colocou sobre a Rua de Santa Marta é de sua autoria?
Em caso negativo, de que publicação foi extraído?
Obrigado,
Arlindo Rodrigues
Caro Arlindo
ResponderEliminarOs escritos que aqui são publicados resultam de uma grande e árdua pesquisa.
Existem textos que são retirados, caso do (Dr. Justino Mendes de Almeida) mas estão em negrito.
Evidentemente que não posso inventar as situações, os lugares as pessoas, limito-me a relatar dando-lhes um cunho histórico.
Pode crer, mesmo os historiadores de carreira, recorrem a escritos de outras origens.
Cumpts
APS
Olá mais uma vez!
ResponderEliminarQue me sabe dizer sobre o antigo convento onde está hoje situada a P.S.P (que actualmente também já não está, dado que sairam recentemente e se não estou enganada, vai ser vendido...)? Obrigada pela sua ajuda.
Carla Tavares
Cara Carla Tavares
ResponderEliminarA Divisão de Transito da PSP, instalada no número 61-B desta rua, encontra-se em fase de mudança, para novas instalações feitas de raiz, no sítio do LUMIAR.
Quanto ao edifício (talvez Convento)que esta divisão da PSP utilizou durante décadas, não me foi possível identificar nem sabia da sua alienação.
É possível que a Junta de Freguesia de CORAÇÃO DE JESUS a possa ajudar.
Obrigado pela visita.
Cumpts
APS
Cara Carla Tavares
ResponderEliminarFinalmente encontrei o nome do casarão onde (estava) instalada a PSP de Santa Marta.
Trata-se do Convento de Santa Joana (Princesa de Portugal), que bastante nomeada teve em Lisboa.
Ver: Peregrinações em Lisboa- Norberto de Araújo Livro XIV, página 87 Editora VEGA - Lisboa
Cumpts
APS
Tirei o curso na UAL,no polo de Santa Marta,e durante esse tempo,que recordo com saudade, houve uma exposição onde, se não me falha a memória, a explicação da atribuição do título de "Conde do Redondo" teria estado relacionada com uma traição do irmão do dito conde ao rei,e descoberta pelo conde em causa, algo nessa linha...
ResponderEliminarParece que o Conde do Redondo teria protegido Camões, e há uma mulher que terá vivido no palácio que terá ficado desfigurada devido a um incêndio,a quem o poeta faz alusão....
Não pretendo com estas afirmações por de modo algum em causa o que afirma,mas antes tentar dar um contributo.
Caro Fernando Cunha
ResponderEliminarEm primeiro lugar os meus agradecimentos pelo seu manifesto interesse por estes assuntos de tão remotos tempos.
TEM RAZÃO QUANTO À SUA OBSERVAÇÃO RESPEITANTE À TRAIÇÃO DO IRMÃO DO CONDE.
Aqui ficam alguns apontamentos.
Foi 1º CONDE DE REDONDO (por troca com o título concedido de CONDE DE BORBA) D.VASCO COUTINHO, que morreu em 1522, quinto filho do marechal D.FERNANDO COUTINHO e de sua mulher, D.JOANA DE CASTRO.
Descendente de D.GARCIA RODRIGUES DA FONSECA, senhor do couto de LEONIL (Séc. XII), era neto de D. VASCO FERNANDES COUTINHO, 1º CONDE DE MARIALVA, que estivera em CEUTA.
Seu pai lutara e fora cativo no malogrado «escalamento» de TANGER de 19.01.1464.
D. VASCO COUTINHO foi um dos que, em 1484, delataram a D. JOÃO II a conspiração do DUQUE DE AVEIRO, da qual tivera conhecimento por seu irmão D. GUTERRE, nela envolvido; parece que o monarca lhe ficou devendo a vida, pois que foi D. VASCO quem o avisou de que não deveria ir pelo rio Sado de Alcácer do Sal para Setúbal, em virtude de estarem na praia desta vila alguns homens apostados para o matar.
Pode ainda consultar o livro «NOBREZA DE PORTUGAL E DO BRASIL» Editorial Enciclopédia. Lda. - Lisboa e Rio de Janeiro - VOLUME III Páginas 190 a 201.
O Último (18º CONDE DE REDONDO) D. António Luís de Sousa Coutinho Castelo Branco e Meneses, que é também 7º Marquês de Valença, 4º Marquês de BORBA e 15ª Conde de Vimioso.
O título de Conde de Redondo foi-lhe reconhecido por alvará do Conselho da Nobreza de 25.05.1955.
Um abraço
APS
e a Condessa d'Edla, tb nao viveu na rua de St Marta? É o que leio, mas tambem nao indicam se num palacio ou num predio, se ainda existe, se nao...
ResponderEliminarBoa noite Sr. Agostinho Paiva,
ResponderEliminarEstava a navegar na internet numa pesquisa de memórias de infância e passei pelo seu Blogge "Ruas de Lisboa" e aproveito para lhe deixar uma nota acerca do Palácio dos Condes do Redondo na rua de Santa Marta.
Na década de 60 e até ao inicio da de 80, funcionou lá uma escola primária, a qual a minha mãe frequentou e que também eu a frequentei até à 3ª classe.
Com os melhores cumprimentos,
Nuno Fonseca
Bom dia, eu andei nessa escola aliás foi a minha 1ª escola tinha 6 anos, eu lembro-me que na entrada no largo, havia uma fábrica de caixões no lado direito quando se entrava, alguém se lembra? Eu era do ano 1973
EliminarCaro Nuno Fonseca
ResponderEliminarAgradeço a sua visita a este blogue.
Realmente não cheguei a mencionar a existência da ESCOLA PRIMÁRIA, mas fica aqui registado que nesse lugar existiu a sua ESCOLA.(Falta só saber qual o Nº).
Despeço-me com amizade,
Cumprimentos
APS
Eu morava em frente e a escola era a n.37. Para confirmar, procurar na Internet "Escola Primária Oficial n.37", encontra-se por ex. um blog de um antigo aluno que procura colegas e publica uma fotografia da sua turma na escola primária n.37 da Rua de Santa Marta.
EliminarÉ verdade eu também lá andei até a 3ª classe.
ResponderEliminarPena que não tenho certeza do nome da professora.
Dna. Fernanda salvo erro.
Na altura morava na R.Andrade Corvo,depois fui para a margem sul.
Andei nessa escola entre 60 e 64
EliminarOlá,
ResponderEliminarAo ler o texto, quando descreve o estilo barroco do palácio referindo que o seu primeiro inquilino terá sido o primeiro Conde do Redondo D. Vasco Coutinho (1450-1522), resta-me a dúvida sobre a estrutura original do palácio, que não pode ter sido esta que restou "quase" intacta ao terramoto de 1755. Sendo verdade, que o seu primeiro ocupante possa ter falecido em 1522, estaríamos perante um dos raros palácios em Lisboa com origem na transição entre os séculos XV e XVI, certamente bem diferente do que chegou aos nossos dias e certamente muitíssimo anterior aquilo que se pode chamar de arquitectura barroca. Que o palácio é de estrutura barroca não me parece haver dúvida, mas o primeiro conde só poderá ter vivido em qualquer outra construção anterior e certamente diferente desta.
cumprimentos
Pedro Appleton
Este comentário foi removido por um gestor do blogue.
ResponderEliminarEste comentário foi removido por um gestor do blogue.
ResponderEliminarCaro Pedro Appleton
ResponderEliminarAgradeço o seu comentário e passo a responder sucintamente à sua questão.
Quando me refiro ao Palácio dos Condes do Redondo digo: "possivelmente" (pois não existia a certeza) mas era normal ser o 1º conde. Acontece que uma informação de 2011 da SIPA-Sistemas de Informação para o Património Arquitectónico, vem repor a verdade. Link:http://www.monumentos.pt/Site/APP_PagesUser/SIPA.aspx?id=6225
Também não é considerado Monumento mas sim IIP-Imóvel de Interesse Público, Dec. 735/74.
Obrigado pela sua observação, vou tentar retirar (se puder) "ser primeiro inquilino" mas o primeiro a dar-lhe o nome, embora em outras gerações.
Espero ter correspondido à sua observação, despeço-me com simpatia.
Cumprimentos
APS
Boa noite. Posso perguntar de onde foi retirada a transcrição do discurso do Dr. Justino Mendes de Almeida, reitor da UAL?
ResponderEliminarObrigada, melhores cumprimentos.
Catarina Silva
Cara Catarina Silva
ResponderEliminarFoi dar uma vista de olhos pelos meus papeis, mas infelizmente não cheguei a tirar uma fotocópia do discurso. Ele encontrava-se on-line isto em 2008, e eu retirei aquilo que achei mais necessário para completar a minha história. No entanto se for à UAL- Universidade Autónoma de Lisboa, com toda a certeza que eles lhe fornecem uma fotocópia do discurso (ele era público).
Sem mais de momento, despeço-me com amizade
Cumprimentos
APS
Ola a todos eu também fiz o meu primeiro ciclo na escola primária e se não estou em erro era o número 36 na Rua de Santa Marta,que actualmente é UAl- Universidade Autónoma de Lisboa e também vive na Rua de Santa Marta e tenho quase a certeza que a casa onde eu passei a minha infância e juventude era um palácio. Cumprimentos
ResponderEliminarCaro Desconhecido
ResponderEliminarObrigado pelo seu comentário.
Cumprimentos
APS
Todos os terrenos, inclusivé o do Liceu Camões, eram do Conde do Redondo.
ResponderEliminarCara Rosa Machado
ResponderEliminarObrigado pela informação, não sabia, mas não me admira, pois nessa época os CONDES e MARQUESES eram senhores de grandes propriedades.
Aqui fica a nota a assinalar o facto, para os vindouros (caso necessitem).
Com os meus agradecimentos.
Despeço-me com amizade,
Atentamente
APS
Temos identificada como residencia "Rua da Santa Marta no 72 - Lisboa" no passaporte do avô de minha esposa, datado de 1937.
ResponderEliminarAinda existe este endereço ( predio / apartamentos ) como era em 1937 ?
obrigado
Geraldo
Brasil
Caro Geraldo A.
ResponderEliminarBoa Noite
Vi na "Google Mapas", depois passei para "STREET VIEW" escrevi RUA DE SANTA MARTA, 72 Lisboa.
Creio que o prédio ainda lá está e a porta antiga de bandeira com vidros no número 72.
Agora o andar poderia eventualmente ter sido modificado. Existem vários 72, mas têm letras exp. 72A,72c. O proprietário do andar era o Avô da sua esposa? Ou seria inquilino. Ou existia aquela expectativa de conhecer o sítio e ver o nº 72. Se for outro assunto de posse, tem mais trabalho e os serviços da Câmara, melhor lhe podem informar. Se foi vendido, a quem, se teve obras e quando.
Espero ter ajudado um pouco.
Despeço-me com amizade
Cordiais saudações
Agostinho P. Sobreira
Eu andei nessa escola nº 37 entre 1960 e 1964.
ResponderEliminarA escola das meninas era um pouco mais abaixo, tinha o nº 38 e a entrada delas era pelas duas escadarias que vão dar a uma capela, junto a o que é hoje a entrada do Hospital de Santa Marta.
O célebre poço, que ainda existe, era um ex-libris.
No interior do pátio (do lado direito de quem entra) ficava o armazém de caixões da Agência Magno, a qual ocupava todo o piso inferior do palácio. A sede da Agência ficava nuns prédios baixos, posteriormente demolidos para aumentar o Hospital, quase junto à travessa de Santa Marta.
O prédio onde ficava a loja da Agência Magno continua a existir, fica do lado oposto ao do Palácio dos Condes de Redondo, no lado dos números ímpares. A loja da agência funerária é agora - ou foi até recentemente - uma loja de produtos texteis chineses "Moda Oriente".
EliminarO Hospital de Santa Marta foi efectivamente ampliado não à custa da Agência Magno mas à custa de ou dois pequenos edificios um dos quais comportava uma pequena e escura leitaria onde se vendiam "confettis" e "balas" e outras gulodices de duvidosa qualidade!
Nasci e vivi no n°47 da rua de Santa Marta entre 1948 e 1984.
Precisamente nas datas em que eu também frequentei a esvola 38. Mas só entrei na escola 37 (dos rapazes) quando pela primeira vez fui votar depois do 25 de Abril. No entanto lembro-me bem do poço e da amoreira que existia no átrio que via todos os dias de passagem pelo portão e a caminho da entrada da escola das raparigas. Naquele tempo não havia misturas nem no recreio.
ResponderEliminarA Rua de Santa Marta comporta ainda dois outros edifícios com uma traça semelhante à do Palácio dos Condes de Redondo, do lado dos números pares e a Sul do Hospital de Santa Marta.
ResponderEliminarNum desses edifícios - hoje remodelado para um hotel - funcionava a redacção do jornal "Novidades", porta-voz da igreja católica que apoiava a ditadura salazarista, e a sociedade "União Grafica" que o imprimia bem como outros materiais pios como pagelas ("santinhos") com orações e biografias de santas e santos.
A partir de certa altura, a União Gráfica passou a ter loja aberta para a rua e, para além dos produtos da gráfica, vendia velas e círios, paramentos, e outros objectos relacionados com o culto ou a tradição católica como, por exemplo,imagens para os presépios e "anjinhos" de toda a espécie.
Logo a seguir para Sul, há um outro edifício em tudo semelhante que, até há pouco tempo, permanecia entaipado. Talvez tanto um como o outro tenham mais histórias para contar...
Cara Maria Lisboa
ResponderEliminarAgradeço os seus comentários neste blogue.
Quanto à interpretação deste Blogue de "História", não se finda com os resultados do seu autor, nem tão pouco, com o conteúdo que os comentadores vão introduzindo, pessoas que viveram ou têm conhecimento por outras fontes. E assim se vai fazendo a História.
Não sei se MARIA LISBOA é a mesma pessoa MLISBOA do Blogue "LISBOA". De qualquer maneira renovo os meus agradecimentos por tornarem este Blogue mais actualizado.
Aproveito para desejar uma boa passagem de ano, e que o próximo ano nos liberte desta Pandemia.
Despeço-me com amizade
Agostinho Paiva Sobreira-APS
PS-Conheci o jornal NOVIDADES próximo ao Jornal AVOZ do qual fui colaborador, na Rua da Misericórdia em Lisboa.
Boa Tarde Senhor APS
ResponderEliminarSoube que no passado esta rua não era conhecida apenas pelo seu lado mais brilhante, antes era famosa a existência de várias "Casas de Meninas", as quais eram bastante procuradas pela esquadra da PSP ali existente, sendo referida uma casa junto às escadas que vinham da Duque de Loulé, como uma das mais famosas. Que verdade há nisto?