Rua dos Fanqueiros - (1947) Foto Eduardo Portugal in AFML
Rua dos Fanqueiros, 40 - (19--) Foto Joshua Benoliel (Drogaria e Perfumaria Dias) in AFML
A RUA DOS FANQUEIROS pertence a duas freguesias. À freguesia da MADALENA os números 1a 7 e 2 a 76, à freguesia de SÃO NICOLAU o número 73 e do 78 em diante. Começa na Rua de Alfandega no número 148 e termina na Praça da Figueira no número 14.
A RUA DOS FANQUEIROS começou por se chamar, depois de aberta no período pós-terramoto, de RUA NOVA DA PRINCESA (decreto de 5 de Novembro de 1761).
Rua dos Fanqueiros - (Início do século XX) Foto Alberto Carlos Lima (Estabelecimento Comercial A Confiança de Lisboa) in Arquivo Fotográfico Municipal de Lisboa
A RUA DOS FANQUEIROS pertence a duas freguesias. À freguesia da MADALENA os números 1a 7 e 2 a 76, à freguesia de SÃO NICOLAU o número 73 e do 78 em diante. Começa na Rua de Alfandega no número 148 e termina na Praça da Figueira no número 14.
A RUA DOS FANQUEIROS começou por se chamar, depois de aberta no período pós-terramoto, de RUA NOVA DA PRINCESA (decreto de 5 de Novembro de 1761).
Nela se fixaram desde então (e por força da mesma disposição legal) os mercadores de fancaria, lençaria e alguns de quinquilharia. Certamente por isso, o povo começou a chamar àquela artéria de Rua Nova dos Fanqueiros - e a designação acabou por se fixar oficialmente, depois de proclamada a República.
Rua Pombalina sem dúvida, é aquela que tem mantido praticamente incólumes as suas tradições e defendido inclusivamente o nome que lhe foi dado. Não tem, a majestade da Rua Augusta, a largueza de vistas e o movimento bancário da Rua do Ouro, a variedade comercial da Rua da Prata. Continua, porém, cheia de pitoresco, dedicada quase no seu todo ao negócio da venda de tecidos e produtos com estes relacionados, afinal à «fancaria» no sentido real do termo. É ainda a mais pombalina das ruas principais da Baixa, tal como foi pensada pelo Engenheiro Eugénio dos Santos. Basta ver como se conserva ainda alguns átrios de escadas, alguns arcos de volta inteira nos interiores, alguns registos de azulejos, até mesmo os locais mais ou menos disfarçados, de antigos poços.
Mas nem só de vendas foram causa de notabilidade desta via. Dois edifícios religiosos lhe estão ligados, embora nos dias de hoje, de um deles não restam vestígios e outro esteja desde há muito remetido a funções laicas. Na verdade, no sítio onde vemos as escadinhas do final da Rua de Santa Justa (ligando a rua dos Fanqueiros à da Madalena) e apanhando boa parte do grande prédio onde estão agora os Armazéns «POLLUX», existiu a primitiva Igreja de Santa Justa, uma das paróquias mais antigas de Lisboa, anterior a 1166. Reconstruída e arranjada, foi resistindo ao tempo e aguentou até razoavelmente o terramoto. Não resistiu, porém, ao incêndio que se seguiu ao sismo. Andou então o culto pela capela dos Camilos, no vizinho Poço Borratem, e por uma barraca provisória, até se conseguir novo templo, acabando afinal, em 1834, por passar para a Igreja de São Domingos.
Veremos depois o destino que foi dado ao local.
(CONTINUA)
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