Rua do Crucifixo - (2008) Foto APS (No lado direito pode ver-se os antigos escritórios das CRGE)
Rua do Crucifixo - (2008) Foto APS (Por não ser permitido fumar em recintos fechados, estas duas senhoras vieram faze-lo para a Rua)
Rua do Crucifixo - (2008) Foto de APS (Placa Toponímica)
Rua do Crucifixo - (2006) Fotógrafo não identificado ( Restaurante Palmeira) in www.chuinga2.blogs.sapo.pt
O elevador na Rua do Crucifixo, que o povo conheceu por elevador do Chiado, foi inaugurado em 15.02.1892. Movia-se por contra-peso de água e fazia 48 viagens por hora, ao preço de 10 réis, funcionando das 7 às 22 horas. Foi muito discutido na Imprensa a sua utilidade. Ganharam os que diziam que era útil o seu funcionamento.
Também nesta rua ainda funciona o «Restaurante Palmeira», inaugurado no ano de 1934, está instalado no número 71 em plena baixa pombalina, hoje perto da entrada da estação do Metro. Fomos frequentadores desse local em finais dos anos 50 e inicio dos anos 60 do século passado. Lembro-me daquele bife à "Palmeira", com ovo a cavalo e um esparregado muito apetitoso.
A maioria dos prédios na parte mais a norte desta rua, foram afectados pelo grande incêndio do dia 28 de Agosto de 1988.
Rua do Crucifixo - (195-) Fotógrafo não identificado (Um percurso da rua vendo-se ao fundo a C.G.D.)
A RUA DO CRUCIFIXO pertence à freguesia de SÃO NICOLAU, inicia-se no número 159 da Rua da Conceição, termina na Rua da Assunção. É atravessada pela Rua de São Nicolau, vindo a da Vitória que finaliza nesta mesma rua.
A Rua do Crucifixo corre paralela a uma outra extremamente importante, a Rua do Ouro.
É a mais pequena da baixa pombalina estando resguardada do búlicio citadino. Como todos os imóveis desta zona da cidade, os que existem nesta artéria, revelam grande similitude entre si no que se refere às suas formas e volumes.
O elevador na Rua do Crucifixo, que o povo conheceu por elevador do Chiado, foi inaugurado em 15.02.1892. Movia-se por contra-peso de água e fazia 48 viagens por hora, ao preço de 10 réis, funcionando das 7 às 22 horas. Foi muito discutido na Imprensa a sua utilidade. Ganharam os que diziam que era útil o seu funcionamento.
Entrava-se pelo número 113 da Rua do Crucifixo e saía-se onde estava a montra número 4 dos Grandes Armazéns do Chiado. A pequena cabine situava-se num saguão um pouco escuro e funcionou até 1912.
Também nesta rua ainda funciona o «Restaurante Palmeira», inaugurado no ano de 1934, está instalado no número 71 em plena baixa pombalina, hoje perto da entrada da estação do Metro. Fomos frequentadores desse local em finais dos anos 50 e inicio dos anos 60 do século passado. Lembro-me daquele bife à "Palmeira", com ovo a cavalo e um esparregado muito apetitoso.
Na continuação deste rua do mesmo lado do "Palmeira", mas depois de passar a actual entrada da no estação do Metro, existiu uma dependência das Companhias Reunidas do Gás e Electricidade, constituída em 1891, a partir da fusão da «Companhia Lisbonense de Iluminação e Gás» e da «Companhia Gás de Lisboa».
A Câmara Municipal de Lisboa concedeu-lhes o direito de "produzirem, distribuírem e venderem", gás e electricidade destinados à iluminação pública e particular e a outros usos domésticos e industriais na área municipal da cidade de Lisboa.
Em 1975, à semelhança do que aconteceu nos outros sectores da actividade económica, assistiu-se à nacionalização do sector eléctrico e, em consequência disso, à criação de uma empresa pública, por tempo indeterminado, no transporte e distribuição de energia elétrica com a designação EDP.
A maioria dos prédios na parte mais a norte desta rua, foram afectados pelo grande incêndio do dia 28 de Agosto de 1988.
O projecto do Arquitecto Álvaro Siza Vieira, incluiria a reconstrução dos edifícios abalados pelo incêndio, nomeadamente os que faziam parte dos Grandes Armazéns do Chiado e tinham ligação com esta rua. Das pesquisas feitas por este arquitecto, descobriu-se nuns planos antigos, que antigamente um percurso hoje substituído por escadas que ligam a Rua do Crucifixo à Rua Nova do Almada.
A nova estação do Metro, projectada para o cruzamento das ruas Garrett e Ivens, como a Rua do Crucifixo, dá acesso directo, através de um túnel aos Armazéns do Grandela. A rua do Crucifixo possuí nesta altura uma das entradas para o Metro, com o nome de BAIXA/CHIADO.
Bem perto deste local, na Rua da Vitória, ergue-se a pequena Ermida de Nossa Senhora da Vitória, fundada em 1576 e reedificada após o Terramoto de 1755.
Meu caro APS,
ResponderEliminarSou um visitante recorrente do seu blogue, que navega pelas ruas da nossa querida cidade, que o Senhor muito cordialmente nos disponibiliza.
Relativamente à Rua do Cruxifixo, tenho se me permite, dizer o seguinte: comecei a trabalhar muito cedo, precisamente aos 12 anos na Rua do Ouro, como paquete na Barbearia Palácio Elegante (já desaparecida) e posteriormente na Rua de São Nicolau, na Barbearia Rosa de Maio (também desaparecida). Isto, desde 1963 a 1967.De forma, que a referida Rua do Cruxifixo fazia parte dos meus movimentos quotidianos de recados que eu fazia, nomeadamente aos clientes, uma bica, uma limonada, um maço de cigarros e outros.
Entretanto, o aspecto central, que eu queria ilustrar e chamar a atenção, é para a quantidade de estabelecimentos que foram desaparecendo (fruto do acelerar da "modernidade)," e se calhar estou a falar de alguns estabelecimentos que o meu ilustre amigo conheceu: por exemplo, lembro-me da Barbearia Paris, que ficava entre os antigos Armazéns do Chiado e o antigo Grandella; do Café Império das Limonadas entre a Rua de São Nicolau e a Rua do Cruxifixo.Havia também um restaurante ao fundo da rua que era a Marisqueira, quase esquina com o antigo Morgado dos Leitões, já na Rua da Assunção;junto aos Armazéns do Chiado havia também uma padaria;à esquina da Rua do Cruxifixo e a Rua de São Nicolau e o meu amigo se calhar passou ali muitas vezes, havia um jornaleiro, o Sr. João, que vendia jornais da parte da tarde. Também, havia um sapateiro num vão de escada com 3 ou 4 empregados, onde se engraxava e reparava sapatos, ultimamente ainda funcionava com uma pessoa, fechou o mês passado. Este sapateiro ficava encostado à pastelaria Império das Limonadas, hoje uma loja de malas...
Sabe, sinto muitas saudades daquelas ruas da baixa, cada vez que vejo algum desaparecimento deste género, parece que é um bocado da minha vida que se apaga!Enfim, restando-me a eterna memória,do "tempo e do espaço," que comigo resiste...
Um sentido abraço e até sempre...
Manuel Jorge
Caro Manuel Jorge
ResponderEliminarBem-vindo a este blogue.
É bom recordar lugares da nossa juventude, principalmente quando atingimos mais de meio século nesta vida.
Aconteceu com o amigo começar a trabalhar aos 12 anos, assim como aconteceu comigo, e de certo não fomos só nós.
Mas o mais importante é estar vivo, com saúde e cabeça para recordar e compreender que tudo muda. Faz parte da vida.
De qualquer maneira aqui fica depositado virtualmente o seu depoimento, dum percurso da sua vida, na «RUA DO CRUCIFIXO» em LISBOA na década de 60 do século passado.
Gostei da sua breve história, e a indicação dos lugares por onde andou, que o fazem recordar com nostalgia.
Despeço-me com amizade
Um abraço
APS
Caro APS,
ResponderEliminarÉ só para lhe desejar um bom Natal e um Ano de 2013 o melhor possível.
Um abraço,
Manuel Jorge
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderEliminarAdquiri recentemente uma pequena imagem, que traz em sua base uma etiqueta de Velloso&irmão, Santeiro com ornamentos religiosos, lisboa, Rua do Crucifixo, 90. Se interessar-he posso enviar uma pequena fotografia desta etiqueta.
ResponderEliminarPor conta desta etiqueta acabei voltando diversas vezes ao blog...parabens!
Silvio Ferraz
Caro Sílvio Ferraz
ResponderEliminarÉ com imenso prazer que respondo aos seus comentários, procurando ainda uma desculpa de não responder atempadamente.
Andei a "vasculhar" nos meus livros e não encontrei notícias dessa firma «VELLOSO & IRMÃO» "Santeiros com ornamentos religiosos" na "Rua do Crucifixo, 90 em LISBOA.
No entanto a etiqueta da base de uma peça religiosa certifica que essa firma existiu. Não devia ser alguém de grande destaque... assim como apareceu, também se diluiu no tempo.
Agradeço vivamente a sua atenção e o seu interesse por assuntos de RUAS e quem lá habitou, bem como as suas amáveis palavras de apreço a este Blogue.
Não poderei publicar mais fotos nessa página do blogue, mas fica nos comentários as anotações necessárias, para uma próxima consulta, e caso alguém esteja interessado neste assunto, continuar um excelente trabalho de "SANTEIROS EM LISBOA".
Renovo os meus agradecimentos, tudo de bom para o amigo, despeço-me com amizade e um abraço,
APS-Agostinho Paiva Sobreira
Muito interessante este assunto da Rua do Crucifixo... Andava eu nas minha divagações pelas histórias de família quando encontro uma carta do meu avô que referia a Leitaria que o seu cunhado Agostinho Rodrigues Duarte tinha nos anos 30 nesta rua! Resolvi procurá-la nos mapas do Google e, em boa hora, vim aqui parar! Não faço a mínima ideia de onde seria a tal Leitaria mas fiquei contente por ler algo sobre a rua e seus estabelecimentos mais antigos!
ResponderEliminarCara ANA
ResponderEliminarFico muito agradecido pelas suas amáveis palavras a este blogue.
Muitos estabelecimentos estiveram instalados na RUA do CRUCIFIXO durante o século XX, enumerá-los a todos seria muito difícil ou mesmo impossível. No entanto não desista de pesquisar, quem sabe se não poderá aparecer ainda um registo de escritura de compra, trespasse ou mesmo do aluguer da LEITARIA.
Despeço-me com amizade, volte sempre!
Cumprimentos
APS
Caríssimo APS e Cara Ana, se me permitem tenho uma breve informação, relativamente ao assunto colocado - a Leitaria que o seu cunhado Agostinho Rodrigues Duarte tinha nos anos 30 nesta rua!"
ResponderEliminarDe 1963 a 1967 trabalhei ali, junto à Rua do Cruxifixo e São Nicolau. À esquina da Rua do Cruxifixo com a São Nicolau havia a leitaria Império das Limonadas.Um pouco mais à frente, ainda existe a pastelaria Conde da Guarda. Naquele tempo 1963, eram as únicas que existiam.O Impéerio das Limonadas deu lugar a uma loja de malas, já há alguns anos.
Adeus
Obrigado
Manuel Jorge
Eu também me lembro de uma Vacaria Áurea quase encostada ao Grandella - se não encostada ao elevador - o qual não sei se seria do Grandella ou dos Armazéns do Chiado, esse elevador ?
ResponderEliminarMais abaixo do lado esquerdo havia um filatelista .
Sim lembro-me de existir também do lado esquerdo de quem desce uma loja de artigos religiosos. Sabem, tenho quase 86 anos.
Para dizer a verdade, há "seculos" que não vou à Baixa.
J. Valarinho em Lagos
O escritor alentejano Fialho de Almeida (1857-1911) morou nessa rua.
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