Largo do Rato - (1968) Foto Armando Serôdio (Convento das Trinas do Rato fachada principal) in AFML
Largo do Rato - (1959) Foto Fernando de Jesus Matias (Convento das Trinas do Rato fachada principal) in AFML
(CONTINUAÇÃO)
Variada foi depois a história desta casa: em 1885, ficou ali instalado o Asilo de Nossa Senhora da Conceição para raparigas abandonadas, fundado pelo Governo Civil. Logo a seguir, uma parte do edifício, na Rua de Sol ao Rato, serviu durante algum tempo para uma oficina de Litografia da Imprensa Nacional.
Largo do Rato - (1959) Foto Fernando de Jesus Matias (22ª esquadra da P.S.P. no Convento das Trinas do Rato) in Arquivo Fotográfico Municipal de Lisboa
(CONTINUAÇÃO)
«CONVENTO DAS TRINAS DO RATO»
O estado tomou então conta do prédio.
Entretanto no século XVIII, ficara muito ligado à igreja do Rato (hoje sob a invocação de Nossa Senhora da Conceição) um padre que mais se distinguiu como poeta e boémio do que como sacerdote: José Agostinho de Macedo, o «padre Lagosta», inimigo do Bocage e autor de versos grossos. Consta que quando se via aflito com falta de recursos ou se metia em complicações com a polícia, se acolhia à sombra tutelar do templo. Por caridade, lá lhe foi dada sepultura temporária, até ser transladado, já no século XX, para os Prazeres.
Variada foi depois a história desta casa: em 1885, ficou ali instalado o Asilo de Nossa Senhora da Conceição para raparigas abandonadas, fundado pelo Governo Civil. Logo a seguir, uma parte do edifício, na Rua de Sol ao Rato, serviu durante algum tempo para uma oficina de Litografia da Imprensa Nacional.
O Asilo passou a estar sob a protecção da Casa Pia de Lisboa, estando hoje transformado em semi-internato. Eram responsáveis pela instituição as irmãs Missionárias de Maria, que fundaram uma Escola de Preparação de Enfermeiras naquele local.
A Igreja que chegou a estar desafectada do culto, foi reaberta pelas referidas freiras. E, quando aquelas religiosas se retiraram, já nos anos 90 (do século passado), o culto passou a estar a cargo das Carmelitas, que têm sede ali perto, na Rua de Santa Isabel.
Após a proclamação da República, foi criada a Provedoria Central de Assistência.
Extinto este órgão, foi ali a Direcção-Geral de Assistência, organismo que coordenava a superintendia na acção de múltiplas instituições, como a Casa Pia e os Institutos (de Assistência à família, Maternidade, de Assistência a Menores e dos Inválidos, dos quais por sua vez, dependiam estabelecimentos como hospitais, Maternidades ou Asilos). E também por lá andaram, nos anos quarenta, o Dispensário de Higiene Social (que foi depois para a Rua das Francesinhas) e um posto de protecção à infância.
Nos anos 30, uma parte do edifício era ocupada por casas de habitação. Lá se foi instalar uma esquadra da polícia, até hoje. E até uma taberna, a do João do Canto, lá teve as suas instalações.
Ainda um partido político habitou naquele edifício como sede provisória o então PPD (hoje PSD), logo que se formou, em 1974.
Em três séculos e meio era difícil pedir mais a uma casa.
procuro as meninas que estudaram nos anos sessenta e inícios dos setenta, no Semi Internato de Nossa Senhora da Conceição.
ResponderEliminarobrigada
Helena pinto marques
Eu estive lá em regime de internato.
ResponderEliminarVeronica Cristina
Cara Verónica Cristina
ResponderEliminarAgradeço o seu comentário.
Penso que o seu assunto se relaciona com o comentário anterior.
Se assim o desejar deve contactar com o mail de helenapintomarques@gmail.com e
dizer-lhe o seu pensamento.
Renovo os meus agradecimentos, despeço-me com amizade e muitas felicidades,
APS
Quem esteve na década de 40 e 50? Minha mãe estudou lá em regime de semi-internato, entre 1939 e 1953. Quem por lá andou, e quiser contactar-me ou dar pormenores da vossa vivência no colégio, por favor contacte-me através de ninaux@gmail.com. Obrigada!
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