Avenida Mouzinho de Albuquerque - s/d - Fotógrafo não identificado (Retrato oficial de Mouzinho de Albuquerque que estava na Câmara Municipal de Lourenço Marques) in groups.msn.com/mocambiquearquivovivo/manuelpa
(CONTINUAÇÃO)
AVENIDA MOUZINHO DE ALBUQUERQUE
«MOUZINHO DE ALBUQUERQUE (1)»
Joaquim Augusto Mouzinho de Albuquerque nasceu em 12 de Novembro de 1855(1) na Quinta da Várzea, Concelho da Batalha e faleceu no dia 8 de Janeiro de 1902 em Lisboa. Era filho de José Diogo Mascarenhas Mouzinho de Albuquerque e de Maria Emília Pereira da Silva Bourbon.
Seu avô paterno, Luís da Silva Mouzinho de Albuquerque fora figura destacada de militar e liberal, morto em Torres Vedras, no ano de 1846, na Batalha da «Patuleia».
Mouzinho de Albuquerque ingressou como voluntário no Regimento de Cavalaria 4 em 1871. Dois anos depois é graduado em 1º Sargento aspirante a oficial e, concluído o seu curso na Escola do Exército em 1876 seria graduado a alferes, posto onde se torna efectivo em 1880.
Em 1886 parte para a Índia, já Capitão, com a missão de fiscalizar o Caminho-de-Ferro de Mormugão.
No ano de 1888 é nomeado secretário do Governo da Colónia, cargo onde o vem surpreender o ultimato inglês de 1890. Já em Moçambique é nomeado ainda nesse ano Governador do Distrito Militar de Lourenço Marques, sendo exonerado dois anos depois.
Regressa então a Lisboa. Entretanto haviam principiado nessa Colónia revoltas das populações indígenas, à frente das quais se destacavam alguns chefes tradicionais, como o régulo «GUNGUNHANA».
Estabelecido o acordo com a Inglaterra e as potências europeias para traçar os limites portugueses na África Oriental, é enviado para Moçambique o comissário régio António José Ennes, com missão de pacificar a região.
Em 1895 o esquadrão de Cavalaria 1 comandado por Mouzinho de Albuquerque -já em Moçambique- entrava em operações.
Sob o comando do coronel Eduardo Galhardo, participa no combate de Coolela (Novembro de 1895), primeira grande derrota doa «VÁTUAS»(2), que vem juntar-se a Marracuene e Magul.
É nomeado em 10 de Dezembro de 1895 Governador do Distrito Militar de Gaza. Mouzinho decide perseguir e aprisionar «GUNGUNHANA», com uma força de trinta e sete infantes, doze artilheiros, soldados indígenas, várias dezenas de carregadores e auxiliares desarmados. Entraram em CHAIMITE, Santuário do Império «VÁTUA» em 28 de Dezembro, sem disparar um tiro, aprisionando «GUNGUNHANA» e outros régulos e fuzilando dois outros importantes chefes (Manhume e Queto).
(1) - Arquivo e Biblioteca da Fundação Mário Soares
(2) - Negros pertencentes a tribos que habitavam a região Austro-Oriental da ÁFRICA, e cujo poderio foi destruído pelos Portugueses com a prisão do seu último chefe, o Gungunhana.
(CONTINUA) - (PRÓXIMO) - «MOUZINHO DE ALBUQUERQUE (2)»
Quem diria que o homem que dá o nome á minha avenida foi um guerreiro. É só cultura geral. Continue APS que os leitores gostam certamente.
ResponderEliminarO Destak vai criar uma nova rubrica semanal na secção Grande Lisboa sobre blogs e gostaria muito de incluir este. Não consigo encontrar um email por isso deixo aqui o meu contacto: igoncalves@destak.pt
ResponderEliminarObrigado
Inês Gonçalves
Cara
ResponderEliminarInês Gonçalves
Fico muito agradecido pelo interesse manifestado em incluir este Blog na sua rubrica semanal. Desejo felicidades para o seu trabalho.
O meu contacto: apsobreira@netcabo.pt
APS
Caro
ResponderEliminarRafael Santos
Começo com as suas palavras - "quem diria que este homem" - um "guerreiro e patriota" como lhe chamaram, tivesse um fim tão inglório!
Leia S.F.F. o episódio [IV] da "Saga" (Mouzinho) escrita hoje.
Um abraço
APS
Caro APS,
ResponderEliminarParabéns pela inserção no Destak, é mais do que merecido.
Em relação à Mouzinho de Albuquerque, muita informação interessante, como sempre. Fico com ciúmes por não ter mais sobre a minha "zona". Mas já sabe como é que sou.
Um abraço, Popelina/Cristina