Avenida Mouzinho de Albuquerque - (2007) Fotógrafo não identificado (Baixo relevo dedicado ás Campanhas Coloniais, que se encontra exposto na fortaleza do Maputo) in lusofolia.blogspot
(CONTINUAÇÃO)
AVENIDA MOUZINHO DE ALBUQUERQUE
«MOUZINHO DE ALBUQUERQUE (2)»
Este feito que o notabilizou, valeu-lhe ainda ser promovido a Major por distinção, além de várias condecorações.
Em Fevereiro e Março de 1896 empreende a pacificação da região do Maputo, onde o régulo «N'GUANAZE» se mantinha em pé de guerra. A 21 de Maio de 1896 toma posse do cargo de Governador-Geral de Moçambique e, em Novembro seguinte é elevado a Comissário Régio. Ainda em 1896, decide ocupar de facto o distrito de Moçambique e empreende a Campanha dos «NAMARRAIS». Em Outubro é ferido em «MUJENGA» e em Fevereiro de 1887 trava novo combate em NAGUEMA.
Entretanto no plano administrativo, coloca homens de sua confiança nos Governos Distritais e procede a várias medidas.
Mas a agitação dos «VÁTUAS» voltara a reacender-se sob a chefia de «MAGUIGUANA». Em Julho de 1887 trava novo combate em «MACONTENE» e no mês seguinte consegue cercar a matar «MAGUIGUANA», em «MAPULANGUENE».
Em 6 de Setembro desse ano é publicado o decreto que lhe concede o grande oficialato da Torre e Espada. Regressa a Lisboa, onde chega a 14 de Dezembro, tem uma recepção apoteótica e é cumulado de honrarias, que se prolongaram por muito tempo. É enviado em missão diplomática à Inglaterra, Alemanha e França.
No mês de Maio de 1898 regressa a Moçambique, onde se mantinham focos de revolta indígena. Com espírito não só temerário como autoritário, os seus métodos de governação haviam suscitado a oposição do Governo de Lisboa, que, em decreto de 7 de Julho, pretendem limitar a sua autoridade e autonomia, facto que o leva imediatamente a pedir a exoneração do cargo de Comissário Régio, entretanto em litígio com os governantes da capital.
Desembarca em Lisboa em Setembro, é agraciado com a comenda de Avis e, em Dezembro, é nomeado ajudante-de-campo efectivo do Rei, oficial-mor da Casa Real e aio do príncipe D. Luís Filipe.
Não se consegue adaptar à vida da Corte, desabafando em 1899, numa carta ao Conde de Arnoso: «Maldito o dia em que para aqui entrei...». É-lhe atribuída a culpa na participação em planos de instauração de uma ditadura militar para «Salvação do País». Porém não conseguiram a aprovação de D. Carlos. Em 8 de Janeiro de 1902 suicida-se dentro de um táxi de praça diante da Quinta das Laranjeiras. Era casado com D. Maria José Galvão Mouzinho de Albuquerque. (1)
(1) - Dicionário Ilustrado da História de Portugal - 1985 - Publicações Alfa Volume II páginas 14 e 15.
(CONTINUA) - (PRÓXIMO) - «EPISÓDIOS SOBRE AS CAMPANHAS DE ÁFRICA E SEUS COMPANHEIROS DE ARMAS (1)»
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