quarta-feira, 1 de julho de 2009

PRAÇA D. PEDRO IV (ROSSIO) [VI]

Praça D. Pedro IV (ROSSIO) - (2008) Foto de APS (O ROSSIO com o seu empedrado representando as ondas do mar) ARQUIVO/APS
Praça D. Pedro IV (ROSSIO) - (2008) Foto de APS (O ROSSIO com as lojas das floristas e ao fundo o café NICOLA) ARQUIVO/APS

Praça D. Pedro IV (ROSSIO) - (ant. a 1919) Foto de Manuel Tavares (O ROSSIO já com a estátua e as duas fontes) in AFML


Praça D. Pedro IV (ROSSIO) - (1864 ?) - Fotógrafo não identificado (O ROSSIO depois da demolição do primeiro monumento a D. Pedro IV e após a colocação do empedrado às ondas) in AFML
(CONTINUAÇÃO)
«PRAÇA D.PEDRO IV (ROSSIO) [VI]»
«O NOVO EMPEDRADO»
Existem em Lisboa duas Praças muito emblemáticas que merecem o nosso especial destaque: uma será o «TERREIRO DO PAÇO» (que desenvolveremos noutra ocasião) outra é o "nosso" «ROSSIO».
Curiosamente tanto uma como outra, não usam os nomes que são os autênticos, preferindo as designações alfacinhas às que constam nos registos: «PRAÇA DO COMÉRCIO» e «PRAÇA D. PEDRO IV».
A Praça que vimos a tratar merece o nosso destaque pois trata-se da primeira sala de estar de Lisboa.
O «TAPETE EMPEDRADO», às ondas pretas e brancas foi construído entre 1848 e 1849 por presos condenados a trabalhos comunitários. Vinham do Castelo de São Jorge para executarem as ideias do General Eusébio Furtado. Este espaço foi arborizado por decisão da Câmara em 1861.
O tapete viria a desaparecer aos poucos e na década de 1920, para facilitar o trânsito dos eléctricos, ficando um breve vestígio ao redor da estátua de D. Pedro IV.
Recentemente foi retomado o desenho original de «ONDULADO DO MAR» em calçada portuguesa. A Praça central ficou um pouco mais estreita. Agora o resto vem por acréscimo e, se parece faltar pormenores a carecerem de certo modo mais melhorias no «ROSSIO», a tarefa é mais fácil quando já se observa uma «PRAÇA» bem mais acolhedora.
No «RECADO A LISBOA» João Vilarett lembra o «ROSSIO» no seu belíssimo poema em que diz: E MESMO QUE ESTEJA FRIO/ QUE OS BARCOS FIQUEM NO RIO/ PARADOS SEM NAVEGAR/ PASSA POR MIM NO «ROSSIO»/ E LEVA-LHE O MEU OLHAR.
Também na longa história do «ROSSIO» existiu um período menos bom. Durante o reinado de D. Manuel I, teve ali lugar uma das vergonhas da História Nacional; a matança dos cristãos-novos.
Naquele recinto foram igualmente executados os Duques de Vila Real. E não se poderá esquecer que o «PALÁCIO DA INQUISIÇÃO» se situou no «ROSSIO», desde o reinado de D. João III, substituindo o «PALÁCIO DO ESTAUS» de boa memória e antecedendo o actual «TEATRO NACIONAL D. MARIA II».
Mas, enfim: pecados quem os não tem?
(CONTINUA) - (PRÓXIMO) - «PRAÇA D. PEDRO IV (ROSSIO) [VII] - O PALÁCIO DOS ESTAUS depois PALÁCIO DA INQUISIÇÃO»



6 comentários:

  1. Ai!!! Cada vez que termino um post, volto ao início da página para ver se já tem o seguinte!!!

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  2. Não sei se sabe, mas o calçadão da praia de Copacabana (toda a orla)é feito com as famosas pedras portuguesas.

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  3. Sr.APS, aqui no Rio, em 1925 foi inaugurada uma fábrica téxtil chamada Companhia de tecidos Nova América.
    Era a época do Rio antigo,época dos bondes.É uma contrução enorme,toda em tijolinhos no estilo inglês do início do século.Lembra em tudo essa fábrica de Lisboa.Também tinha alojamento para os empregados.Em 1991 foi desativada,mas não sei como não derrubaram tudo,hoje as instalações abrigam um shopping, um campus universitário e um centro empresarial com mais de 100 lojas.Como por encanto preservaram toda a estrutura, é realmente património histórico.

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  4. patrimônio, desculpe...rs são 23:00h e os olhos já estão falhando e os neurónios também..rsrsrs

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  5. Caro Duende

    Já tenho os "posts" todos delineados, mas para sossego do meu espírito, só edito às Quartas e Domingos, isto quando não são alterados também.
    Um abraço
    APS

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  6. Cara Marcia Faria

    Não sabia que o «Calçadão» tinha pavimento português.
    Terá sido iniciado pelos portugueses?

    A fábrica (1925) que refere, deve ser estrutura tipo inglês (tijolo à vista), pois em Portugal não cultivamos muito essa tradição, embora em certas arquitecturas o tijolo valorize o conjunto edificado.
    Apraz-me registar que não tivessem demolido a fábrica e lhe introduzissem uma alma nova, revitalizando-a.
    São as atitudes do progresso!
    Um abraço
    APS

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