quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

RUA DA PRATA [ III ]

Rua da Prata - (2009) Foto de APS - (Rua da Prata com vista para a Praça do Comércio) ARQUIVO/APS
Rua da Prata - (1760 ?) - (Desenho da Baixa Pombalina assinalado a verde a RUA DA PRATA) -Planta definitiva da recuperação da Baixa Pombalina de Eugénio dos Santos e Carlos Mardel.

Rua da Prata - (1760 ?) - Autores do Projecto Eugénio dos Santos e Carlos Mardel ( Planta do centro da cidade de Lisboa antes do Terramoto de 1755 com os projectos dos novos arruamentos) in INSTITUTO GEOGRÁFICO PORTUGUÊS
(CONTINUAÇÃO)
RUA DA PRATA [ III ]
«LISBOA ANTES E DEPOIS DO TERRAMOTO»
Encontrávamos em «LISBOA» no sítio da «BAIXA» travessas tão estreitas que não era possível circular nesse emaranhado de ruas. Uma carroça a par de uma cavalgadura, e muitas vezes aconteceu ser a cavalgadura esmagada de encontro às paredes das casas, quando os condutores das carroças eram imprudentes.
As carroças seriam os trens mais pequenos em uso antes do terramoto, embora já nessa altura houvesse as SEGES de duas rodas. As ESTUFAS, COLECHES, FLORÕES, PAQUEBOTES e CARROCINS eram os trens da moda.
Quando mais tarde por cá começaram a introduzir-se os COCHES, poucas seriam as «RUAS» por onde ele pudessem circular.
Por mera curiosidade vamos elaborar um percurso de um COCHE de grandes dimensões, numa das ruas da velha LISBOA.
Quem tivesse necessidade de se deslocar num COCHE entre o «TERREIRO DO PAÇO» e o «ROSSIO» tinha de dar algumas boas voltas no percurso. Assim, o caminho mais "direito" era pela «RUA DOS OURIVES DO OURO» e era este o itinerário: «TERREIRO DO PAÇO» entrada no «ARCO DOS PREGOS», que conduzia à «RUA NOVA DOS FERROS» e por ela seguia até à «RUA DOS OURIVES DO OURO», entrando nesta, inclinava para leste, seguia pelo «LARGO DOS DOURADORES», daqui partiam duas artérias, a «RUA DOS ESCUDEIROS» e «RUA DOS ODREIROS», ambas a desembocarem no «ROSSIO».
--//--
DEPOIS DO TERRAMOTO
«EUGÉNIO DOS SANTOS» programou os tipos de imóveis necessários à malha urbana que ele próprio definira, vendo o seu plano aprovado entre seis propostas a «POMBAL», que numa escolha excelentemente acertada resolvia os problemas que «MANUEL DA MAIA» pusera.
O tecido ortogonal que «EUGÉNIO DOS SANTOS» desenvolveu no terreno anteriormente ocupado por dezenas de ruas e ruelas, becos e pequenos largos servindo as catorze paróquias locais, na acumulação de casas que facilitara a propagação do grande incêndio após o terremoto, permitiu estabelecer a ligação desejada entre as duas vastas «PRAÇAS» da cidade, o «TERREIRO DO PAÇO» e o «ROSSIO».
(CONTINUA)-(PRÓXIMO) - «RUA DA PRATA [IV]-D.MARIANA VITÓRIA DE BOURBON (A BELA RAINHA)»


4 comentários:

  1. Em termos de trânsito e com os entraves actualmente existentes não andamos muito longe do que se passava antes de 1755!
    Este post dá para ter mais uma visão do dia-a-dia da Lisboa pré-pombalina.

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  2. Caro Iberista

    Podemos imaginar como seria a situação nessa época, com ruas estreitas e onde ainda não tinham sido inventados os sentidos únicos.

    Um abraço
    APS

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  3. Boa tarde!!!
    cheguei aqui vinda de outros cantinhos... e ainda bem!!!!
    Acho que vou rever aqui as boas recordações da minha querida Lisboa que me viu crescer!!!!

    Voltarei com tempo...para procurar o meu bairro: a Penha de França!!!
    Até lá, um BOM FIM DE SEMANA, e continuação desta excelente divulgação!

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  4. Cara Avelaneira Florida

    Seja bem-vinda a este Blogue.
    Terá muitas ruas já publicadas para lhe fazer recordar a sua querida LISBOA.

    Quanto a Ruas da freguesia da «PENHA DE FRANÇA» tem duas publicações.
    - Rua da Penha de França - 25.01.2008
    - Av. Mouzinho de Albuquerque - 18.12.2008 a 07.02.2009.
    Esta Av. representa treze publicações e por ser muito comprida abrange três freguesias - S. João - Santa Engrácia -Penha de França.
    Um bom fim de semana para si.
    cumpts,
    APS

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