Rua da Prata - (2009) Foto de APS (O edifício do antigo "BANCO DE ANGOLA"na Rua da Prata à nossa esquerda) ARQUIVO/APS
Rua da Prata - (2009) - Foto de APS (Início da Rua da Prata vendo-se ao nosso lado direito o edifício que pertenceu ao antigo "BANCO DE ANGOLA") ARQUIVO/APS
(CONTINUAÇÃO)
RUA DA PRATA [ V ]
«BANCO DE ANGOLA NA RUA DA PRATA»
A «RUA DA PRATA» artéria pombalina pobre de edifícios, embora tenha a sobressair um prédio, o do «BANCO DE ANGOLA», diferente na sua arquitectura "lavrada", com varandas rasgadas e exuberância de cantarias nesta rua, esquina com a «RUA DO COMÉRCIO».
O «BANCO DE ANGOLA» constituído em 14 de Agosto de 1926, começou a funcionar no 3º andar deste prédio, quando na altura pertencia ao «BANCO ECONOMIA PORTUGUESA». Deixou este prédio e passou para o que adquiriu na «RUA DO COMÉRCIO», 58 a 64 (mesmo defronte a este prédio) onde estava instalada a «COMPANHIA DE SEGUROS TAGUS».
Em Novembro de 1930 comprou ao «BANCO DO COMÉRCIO E ULTRAMAR» o prédio da «RUA DA PRATA», no qual se instalou.
Em Julho de 1952 o «BOLETIM GERAL DO ULTRAMAR» número 325, noticiava a posse do novo governador do «BANCO DE ANGOLA» na pessoa do senhor Comandante «VASCO LOPES ALVES», antigo Governador Geral de Angola e deputado da Nação.
O «BANCO DE ANGOLA» é nacionalizado em 15 de Setembro de 1974, por decreto-Lei nº 450/74 de 13 de Setembro.
No dia 5 de Novembro de 1976, ou seja menos de uma semana antes da comemoração do primeiro aniversário da Independência de Angola, através da Lei 69/76 do então «CONSELHO DA REVOLUÇÃO», dá-se forma jurídica a uma situação que vigorava desde Agosto de 1975.
Ao «BANCO DE ANGOLA» sucedeu-lhe o «BANCO NACIONAL DE ANGOLA» inicialmente tutelado pelo «BANCO DE PORTUGAL» representando os seus interesses perante a banca internacional.
Num discurso do Excelentíssimo Governador do «BANCO NACIONAL DE ANGOLA» Dr. Amadeu Maurício, alusivo aos 30 anos do BNA. [...]Para compreender o papel assumido pelo BNA permitam-me que recorde rapidamente a evolução do seu predecessor. O descontrole ao nível da emissão monetária em Angola devido às grandes obras de fomento do plano de «NORTON DE MATOS» e a incapacidade do «BANCO NACIONAL ULTRAMARINO» em gerir a profunda crise então gerada, agravada com o chamado escândalo «ALVES DOS REIS», conduziu a uma situação financeira insustentável na então Colónia de Angola. Para controlar esta situação, as autoridades de então criaram a «JUNTA DA MOEDA» que deu início a um processo de reforma monetária, cuja primeira acção foi a constituição de um Banco emissor independente, o «BANCO DE ANGOLA» que assim nasceu em 14.08.1926.(1)
Num discurso do Excelentíssimo Governador do «BANCO NACIONAL DE ANGOLA» Dr. Amadeu Maurício, alusivo aos 30 anos do BNA. [...]Para compreender o papel assumido pelo BNA permitam-me que recorde rapidamente a evolução do seu predecessor. O descontrole ao nível da emissão monetária em Angola devido às grandes obras de fomento do plano de «NORTON DE MATOS» e a incapacidade do «BANCO NACIONAL ULTRAMARINO» em gerir a profunda crise então gerada, agravada com o chamado escândalo «ALVES DOS REIS», conduziu a uma situação financeira insustentável na então Colónia de Angola. Para controlar esta situação, as autoridades de então criaram a «JUNTA DA MOEDA» que deu início a um processo de reforma monetária, cuja primeira acção foi a constituição de um Banco emissor independente, o «BANCO DE ANGOLA» que assim nasceu em 14.08.1926.(1)
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O CASO «ALVES DOS REIS»
O «BANCO ANGOLA E METRÓPOLE» constituído no ano de 1919, veio substituir o «BANCO DO FOMENTO NACIONAL», nas instalações da «RUA DO CRUCIFIXO» esquina com a «RUA DA CONCEIÇÃO», muito próximo à entrada para as «TERMAS ROMANAS DA RUA DA PRATA», edifício hoje na posse do «BANCO DE PORTUGAL».
O «BANCO ANGOLA E METRÓPOLE» constituído no ano de 1919, veio substituir o «BANCO DO FOMENTO NACIONAL», nas instalações da «RUA DO CRUCIFIXO» esquina com a «RUA DA CONCEIÇÃO», muito próximo à entrada para as «TERMAS ROMANAS DA RUA DA PRATA», edifício hoje na posse do «BANCO DE PORTUGAL».
Este banco dirigido pelo "financeiro" «ARTUR VIRGÍLIO ALVES DOS REIS», estava no ano de 1925 envolvido na emissão "abusiva" de notas de 500$00 (QUINHENTOS ESCUDOS), do qual resultou um agravamento financeiro não só para o nosso país, como também para a Colónia de Angola e consequente prisão de «ALVES DOS REIS».
Poderá ainda ler sobre «ALVES DOS REIS»
-ALVES DOS REIS - Uma história Portuguesa de Francisco Teixeira da Mota 4 volumes - Público-Contexto - Lisboa - 1996-
-A GRANDE BURLA - O CASO ALVES DOS REIS - «THE MAN WHO STOLE PORTUGAL» de Murray T. Bloom - Editora Panorama - 1975 - AMADORA.
(1) - BANCO NACIONAL DE ANGOLA - INTERVENÇÕES
(CONTINUA) - (PRÓXIMO) - «RUA DA PRATA [VI] - O COMÉRCIO NA RUA DA PRATA»
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