Rua do Terreiro do Trigo - (2006) - Fotógrafo não identificado - (Museu do Fado e da Guitarra no Largo do Chafariz de Dentro, antiga "ESTAÇÃO ELEVATÓRIA DA PRAIA" in WIKIPÉDIA
Rua do Terreiro do Trigo - (ant. 1998) Fotógrafo não identificado (Antiga Estação elevatória da Praia) in AMAR ALFAMA
Rua do Terreiro do Trigo - (1948) Autor da obra A. Vieira da Silva (Mapa do postigo da Lapa ao Chafariz de Dentro - neste mapa podemos localizar o "CHAFARIZ DA PRAIA" e o corte da Cerca Fernandina no largo, bem assim como as "Tercenas") in A CERCA FERNANDINA DE LISBOA Volume II - Lisboa - 1987 - CML.
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(CONTINUAÇÃO)
RUA DO TERREIRO DO TRIGO [ V ]
«A ESTAÇÃO ELEVATÓRIA DA PRAIA (1)»
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No edifício onde está hoje instalado o «MUSEU DO FADO» ou «CASA DO FADO E DA GUITARRA», foi a primeira «ESTAÇÃO ELEVATÓRIA» a vapor de Lisboa, localizada no «LARGO DO CHAFARIZ DE DENTRO» (em Alfama), edificada em 1868 pela «COMPANHIA DA EMPRESA DAS ÁGUAS DE LISBOA».
Esta estação servia para o aproveitamento das águas subterrâneas existentes em «ALFAMA», algumas até com relevantes características medicinais que, lamentavelmente, se perdiam para o rio Tejo.
Com a existência de vários chafarizes na zona, foi escolhido o «CHAFARIZ DA PRAIA», (localizado junto à praia, onde antigamente os barcos faziam as aguadas) para ser demolido e no seu lugar ser construída uma estação elevatória movida a vapor que, por sua vez, elevava a água aí captada até ao «RESERVATÓRIO DA VERÓNICA».
Uma sinopse da «COMPANHIA DA EMPRESA DAS ÁGUAS DE LISBOA» e seu percurso quanto à construção da «ESTAÇÃO ELEVATÓRIA DA PRAIA» e o seu empenhamento para resolver o problema de levar água aos lisboetas.
No dia 2 de Abril de 1868, quase um ano decorrido sobre a celebração do contracto de exploração, foi finalmente assinado pelo Ministro «SEBASTIÃO DO CANTO E CASTRO MASCARENHAS» o decreto declarando constituída a «COMPANHIA DA EMPRESA DAS ÁGUAS DE LISBOA».
Em 4 de Abril do mesmo ano era apresentado à Direcção da Companhia pelo engenheiro «NUNES DE AGUIAR», o projecto das obras para o sistema elevatório das águas orientais, ao reservatório da «VERÓNICA». A Companhia quis iniciar de imediato as obras ( 1 ), para o que, de acordo com o projecto aprovado, era necessário demolir não só o «CHAFARIZ DA PRAIA» como também o «TANQUE DAS LAVADEIRAS» anexo, para construir no mesmo sítio o reservatório das águas a elevar.
Além do terreno ocupado pelo chafariz e tanque das lavadeiras, exigia a execução do projecto que fosse posto à disposição da Companhia um outro terreno, contíguo, onde a «ALFÂNDEGA MUNICIPAL» fazia a pesagem do gado suíno vivo, e que pertencia ao «PATRIMÓNIO NACIONAL».
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( 1 ) - Embora essas obras não sendo obrigação da Companhia, nem o contracto a elas se referir, a Direcção empreendeu-as porque, vendo a cidade ameaçada de uma estiagem decididamente superior a todas as anteriores, desejava inaugurar a sua gerência por uma obra de incontestável interesse público, que viria libertar os habitantes da sede que estava eminente.
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(CONTINUA) - (PRÓXIMO) - «RUA DO TERREIRO DO TRIGO [ VI ] - A ESTAÇÃO ELEVATÓRIA DA PRAIA ( 2 )».
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