Rua Vítor Cordon - (2010) - Foto de autor não identificado (O "MUSEU NACIONAL DE ARTE CONTEMPORÂNEA-MUSEU DO CHIADO" na "Rua Serpa Pinto" número 4) in ESPAÇO E MEMÓRIA
Rua Vítor Cordon - (2010) - Foto de autor não identificado ("MUSEU NACIONAL DE ARTE CONTEMPORÂNEA-MUSEU DO CHIADO" na "Rua Serpa Pinto") in VIVA AGENDA
Rua Vítor Cordon - (2010) -Foto de autor não identificado (Fachada do "MUSEU NACIONAL DE ARTE CONTEMPORÂNEA - MUSEU DO CHIADO" na "Rua Serpa Pinto" no antigo "CONVENTO DE S.FRANCISCO DA CIDADE") in WIKIPÉDIA
(CONTINUAÇÃO) - RUA VÍTOR CORDON [ IX ]
«MUSEU NACIONAL DE ARTE CONTEMPORÂNEA-MUSEU DO CHIADO»
O «Museu Nacional de Arte Contemporânea(MNAC)» fundado em 1911 por Decreto do primeiro Governo Republicano, resultou da divisão do oitocentista «MUSEU DE BELAS-ARTES» a designada ARTE ANTIGA continuou instalada na «RUA DAS JANELAS VERDES» (no então também criado "MUSEU NACIONAL DE ARTE ANTIGA") e a ARTE CONTEMPORÂNEA, considerada da geração romântica de 1840 para diante, veio sediar-se no edifício do extinto «CONVENTO DE S. FRANCISCO», onde estavam já instaladas a «ESCOLA DE BELAS-ARTES» e a «BIBLIOTECA NACIONAL», o «GOVERNO CIVIL DE LISBOA» e a «POLÍCIA DE SEGURANÇA PÚBLICA». Considerava-se na época tratar-se de uma instalação provisória, até ser construído edifício próprio com dignidade e dimensão adequada à sua função. O primeiro director do «MNAC» foi o pintor «CARLOS REIS», de 1911 a 1914, altura em que foi substituído por «COLUMBANO BORDALO PINHEIRO», em funções até 1929.
As oito salas de exposição (cinco grandes e três pequenas) apresentavam uma história geral e qualificada da produção portuguesa, destacando as marcações fundamentais do romantismo e do naturalismo, existindo já algumas citações da então designada "escola moderna".
A "época de ouro" do «MNAC» decorreu, no entanto, sob a direcção do escultor «DIOGO DE MACEDO», entre 1944 e 1959.
Em 1945 realizavam-se obras de renovação significativas sobretudo a abertura de uma entrada própria na «RUA SERPA PINTO» (que consagrava a já adquirida autonomia do MUSEU em relação à "ESCOLA e à ACADEMIA DE BELAS-ARTES"), conduzindo a um pequeno Jardim decorado com peças escultóricas e ainda o arranjo de uma nova galeria, cuidada peça arquitectónica, projectada por «JOSÉ LUÍS MONTEIRO».
Apesar da separação física em relação à «ESCOLA DE BELAS-ARTES», os estudantes frequentavam quase diariamente o «MUSEU», que lhes facultava a única articulação na cidade com os ciclos artísticos do passado próximo.
Em 1970, a direcção do «MNAC» foi confiada a «MARIA DE LURDES BÁRTHOLO», que iniciou um esforço de modernização das colecções, tendo adquirido obras relevantes de artistas contemporâneos, num trabalho conjunto com a "GALERIA S. MAMEDE" que vivia, então, um dinâmico período de actividade. Realizaram-se também intervenções significativas no MUSEU, nomeadamente a sua electrificação e, já em 1977, a aquisição de um edifício anexo, que, no entanto, nunca chegou a ser integrado no circuito museal, funcionando como arrecadação.
Quando em 1987, o MUSEU foi superiormente fechado para se proceder à reinstalação das suas reservas, consideradas em estado degradante, quase ninguém na cidade disso se apercebeu, era necessário acautelar e salvaguardar a sua colecção histórica. A intenção de reanimação veio das consequências do incêndio do CHIADO, em Agosto de 1988. Na noite do sinistro e por medida cautelar, todo o acervo de pintura abandonou as instalações em situação de urgência, e desde logo se decidiu que ele não regressaria ao velho casarão da «RUA SERPA PINTO», sem intervenção profunda em termos de remodelação e modernização das instalações.
Por proposta do governo francês e desenvolvimento programático do «INSTITUTO PORTUGUÊS DO PATRIMÓNIO CULTURAL», foi fundada a "Association pour le Chiado" que conduziu ao financiamento, por parte do primeiro interventor, de um projecto arquitectónico da autoria do Arquitecto «JEAN-MICHEL WILMOTTE», em (1994) com qualificada experiência em espaços museais. Por seu lado o Governo português, através do "Secretário de Estado da Cultura (D.Teresa Gouveia), responsabilizou-se pela execução do projecto que seria concluído em 12 de Julho de 1994, quando o «MNAC» renasceu com o novo nome de "MUSEU DO CHIADO", assumindo a importância axial, para as suas actividades futuras, do sítio histórico onde está implantado.
(CONTINUA)-(PRÓXIMO)-«RUA VÍTOR CORDON [ X ] - A ACADEMIA NACIONAL DE BELAS-ARTES»
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